sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Tirando a Poeira

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Lenina Velloso, a jornalista geminiana da telinha mágica





Por Orlando Olivas


Não há quem a conheça e não fique encantado. Sua profissão lhe dá destaque e o seu carisma a favorece entre tantas outras. Exatamente hoje, com um blazer verde escuro impecável, me recordo da previsão do tempo apresentada com
precisão e o talento de quem faz isso naturalmente, como se fosse tão
fácil quanto escovar os dentes.

Lenina Velloso, loura, 1,68 cm, 29 anos, encara a câmera do estúdio da TV·Diário, afiliada Rede Globo, e de sua boca saem palavras que invadem os
lares de aproximadamente um milhão e meio de pessoas de todo o Alto
Tietê. Pessoas que aguardam ansiosamente por essas informações.

Há sete anos na empresa, Lenina apresenta diariamente dois dos três
principais telejornais da emissora (desconsiderando os plantões de fins de semana, que variam). Além das responsabilidades de âncora, ela também edita o material antes de ir ao ar. Seu feitiço começa com o “Olá, um bom dia para você! Agora são 8
horas e 10 minutos”. Pronto. Os olhares já estão na telinha mágica!
E isso a faz ser reconhecida por onde passa, até pedidos de autógrafos recebe. E quando chega a hora do almoço, o Diário TV primeira edição entra no ar e lá está ela de novo. Lenina, jornalista e geminiana, atributos que por si só destacam suas principais características: hiperativa e comunicativa. E quem diria que a “moça da televisão” tem medo de avião, não gosta de jiló e adora a cor roxa? Talvez, somente, os que têm o privilégio de conhecê-la como companheira de trabalho.

Faz parte do dia a dia de qualquer jornalista lidar com as adversidades da profissão, mas Lenina faz isso com classe. Mesmo quando a maquiagem borra, a lente de contato sai do lugar e o teleprompter “pifa” lá está ela firme e forte, driblando os contratempos e aguardando os comerciais para respirar tranquilamente. E como esquecer do dia que foi quase impossível segurar o riso após a exibição do VT em que o colega João Gabriel Bressam se fantasiou inesperadamente de John Lenon? Esse episódio certamente será lembrado para sempre.


Subindo Degraus



Para Lenina, o jornalismo foi uma escolha prematura. Desde a pré-adolescência ela já tinha certeza que essa seria sua profissão. No segundo ano do ensino médio, o pai percebeu sua vocação e decidiu levá-la até a redação do “Diário de Mogi” para que sentisse o jornalismo na pele. E por lá ficou dois meses, acompanhando a rotina da redação e das equipes que cobriam pautas externas. A partir daí, o jornalismo deixou de ser um mero interesse e passou a ser paixão.

Começou a faculdade de jornalismo na Universidade de Mogi das Cruzes (UMC), e iniciou um estágio no “Diário de Mogi”. Não era remunerado, mas foi lá que “foca” teve o primeiro contato com a profissão e, também, onde aprendeu a dar os primeiros passos de sua carreira. No segundo ano da faculdade, foi contratada como assistente de redação do mesmo jornal e quando estava para terminar seu curso, Lenina foi uma das “focas” finalistas do concurso do “Jornal Estadão”. A boa colocação a ajudou bastante, pois além de ganhar um computador e uma impressora, teve sua matéria publicada no jornal. Depois de formada, foi trabalhar no “Diário de Suzano” como chefe de reportagem. A experiência foi “estranha”, como ela mesma descreve, já que com 21 anos era chefe de pessoas mais velhas e com mais experiência do que ela. Ficou lá por seis meses, quando recebeu uma proposta para trabalhar como produtora na TV Diário. Mas ela queria a rua! “Jornalista que não vai para rua, não conhece o jornalismo”, afirma com convicção.

No começo foi bem difícil, já que falavam que sua voz era fina, que o seu cabelo era ruim e que ela não tinha “vídeo” para trabalhar na frente das câmeras. Somente um ano após fazer reportagens, teve uma matéria com sua voz exibida, pois, até então, eram gravadas por outros repórteres.

“Tive muita persistência, qualquer pessoa no meu lugar teria desistido pelo tanto de ‘nãos’ que eu ouvi”, desabafa enquanto relembra os fatos. Somente no ano passado é que Lenina começou a apresentar os telejornais da emissora e em seguida, iniciou o processo do “Diário dos 450” ao lado de João Gabriel Bressam.


Lenina dos Bastidores



Mas quem é a Lenina dos bastidores? Eu lhe conto, caro leitor. A defino como a simpatia em pessoa. Com seu jeito de menina, ela brinca com a toda a equipe. Ao gravar as chamadas e entradas dos jornais, basta errar que... “péééé!”, a onomatopéia de buzina surge. E do que se orgulha nossa colega de profissão? No trabalho, se orgulha do programa “Diário dos 450”. E quem melhor pra falar sobre uma Mogi das Cruzes de quase meio milênio do que a mogiana nata que decidiu aos 13 anos que queria ser jornalista. O “Diário dos 450” levou, em um ano de exibição, a história da cidade em várias perspectivas para os lares do Alto Tietê. Ouso afirmar, inclusive, que esse talvez seja o maior e mais importante registro audiovisual documentado sobre a história de Mogi.

Já na vida, ela tem orgulho de trabalhar naquilo que gosta. “É um mercado concorrido, mal remunerado e em que se trabalha muito... Mas ser jornalista é isso, querer fazer jornalismo como for. Não importa se é na televisão, no rádio, jornal, revista... Não importa por onde você faça, desde que faça”, completa.

Antes de finalizar a breve entrevista, questionei sobre os trabalhos que mais gostou de fazer na televisão. Entre as matérias preferidas, ela destaca uma feita na praça Oswaldo Cruz, onde foi gravar um assunto, mas ao chegar percebeu um grande número de pássaros cantando. Como boa jornalista, quis saber do que se tratava e durante a “verificação”, descobriu que o “canto dos pássaros” vinha de várias caixinhas de som espalhadas nos postes da praça. O disco que tocava sem interrupções ficava na base da Polícia Militar.

Para quem nunca tinha pensado em trabalhar na televisão, Lenina venceu inúmeros desafios e mostrou que nasceu preparada. Ela já chegou a entrar em mata fechada com chuva, acampando e comendo comida do exército para acompanhar o desenrolar de uma matéria. E assim segue a loura, nesse universo louco chamado jornalismo, deixando de lado os estudos, já que sobra vontade e falta tempo. Nas horas vagas, ainda escuta as suas “músicas velhas” de rock e MPB, sem deixar para trás seu som preferido: a banda Queen. Seu livro predileto é “Admirável Mundo Novo”, de Aldous Huxley, e o lugar mais bonito que conheceu foi Fernando de Noronha, onde passou sua Lua de Mel.

Conhecer Lenina Velloso é uma oportunidade para poucos, pois saber que ela tem vontade de conhecer a Europa, que adora comida japonesa e ganhar roupa de presente é uma coisa, mas poder conviver com a profissional Lenina diariamente é como estar em uma escola e ver um grande mestre explicando com toda paciência e confiança de quem sabe o que está fazendo.



E se ela tivesse descoberto antes que seu sonho era ser bailarina, o que seria do nosso telejornal de cada dia? A resposta eu não sei, mas com certeza ele não teria a mesma graça e o brilho que faz da telinha mágica, não apenas um eletrodoméstico, mas um companheiro, um educador, um formador de opinião.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Planeta Terra Festival apresenta: Músicas do século 21 com pitada de anos 90.

Por Orlando Olivas e Débora Kaoru

O Planeta Terra Festival levou milhares ao delírio misturando o eletrônico ao rock and roll, neste sábado em São Paulo. O evento, que aconteceu no parque de diversões Playcenter, reuniu 20 mil pessoas.
Em uma era onde há um forte questionamento sobre o valor pago em shows no país, em que artistas apresentam-se individualmente, festivais de música tem feito um grande sucesso, principalmente pelo fato de serem várias bandas por um preço único e acessível. O SWU, que aconteceu em outubro foi um exemplo disso. Trazendo atrações internacionais e reunindo milhares de pessoas em Itu, interior de São Paulo, e com um cunho “sustentável”, que visa divulgar propostas de melhorias com o meio ambiente.
Com uma proposta bem diferente, o Planeta Terra Festival mais uma vez surpreendeu os brasileiros. A quarta edição do evento foi marcada não pela presença dos novos sons, mas pelas já conhecidas bandas Smashing Punpkins e Pavement, nomes importantes do rock dos anos 90.
Pavement abriu o evento, com os clássicos às 23h30. Na quarta música, as lágrimas já estavam escorrendo dos olhos dos fãs devotos, provando que o bom e velho poder de suas musicas persiste até hoje.
Seguindo com os shows internacionais, Of Montreal trouxe o electro-rock para o palco. A performance encantou o público, transformando o estacionamento do parque (onde estava localizado o palco principal) em uma verdadeira festa com os dançarinos e seus trajes peculiares.
Mika, que era um dos artistas mais esperados da noite, fez um show divertido e cheio de performances teatrais. A multidão cantava em coro seus clássicos, enquanto ele ficava em seu piano, repleto de flores.
Henrique Lanute (19) é fotógrafo e foi ao evento apenas para prestigiar sua banda preferida, Smashing Punpkins, e relata que o show do Mika foi o mais animado e mais bem produzido. “O Mika animou muito mais, a presença de palco dele é impecável. Ele fazia poses e saltava”, conta.
Phoenix entrou em palco com “Lizstomania”, sua canção de trabalho mais famosa. Mesmo sendo conhecido e tendo lotado a pista, o show foi parado levando em consideração as apresentações recentes da banda. A grande decepção foi o fato da presença da banda Daft Punk (que está de volta e fazendo aparições no show da Phoenix) ter sido apenas boato.
E para fechar com chave de ouro, Smashing Pumpkins entrou em cena. Apresentaram alguns dos clássicos, mas focaram no projeto novo da banda, o que deixou os fãs com um quê de “quero mais”.
“Achei o setlist fraco! Eles deixaram muitos hits de lado para apresentar as músicas novas que ninguém conhece”, lamentou Lanute, que se sentiu realizado em ter assistido o show, já que acreditava que nunca iria assistir a banda ao vivo já que a banda está ausente da mídia. “Só não chorei porque estava exausto!”, completa.
Enquanto isso, no palco nomeado “Indie Stage”, outras bandas internacionais animaram o público. Entre elas, Passion Pit que animou o público com o rock alternativo, mas só não teve mais destaque porque tocou na mesma hora que outros grandes nomes faziam presença no palco principal.
Após o show do Phoenix no palco principal, uma correria da multidão para acompanhar o show do Hot Chip, que fez o público animar ao som agitado da banda.
O helpdesk em TI, Fábio Caldeira (19), é freqüentador de festivais de música e acredita que o Planeta Terra tenha sido, inclusive, melhor que o SWU. “Achei o evento muito bem organizado e as atrações se interligavam de certa forma”, afirma.
Música à parte, não tem quem não tenha se divertido no evento, pois quem não gostasse de uma ou outra banda, tinha à sua disposição, todos os brinquedos do parque. “Eu pulei, gritei nos shows e brinquei em tantos brinquedos, que estou em situação de S.O.S”, concliu Caldeira.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Videos interessantes...




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segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Prefeitura inicia plano de manejo

Por Orlando Olivas e Débora Kaoru

O Parque Municipal da Mogi das Cruzes Francisco Affonso de Mello, conhecido como “Parque do Itapeti”, é um dos mais antigos da região, além de ser um dos mais ricos em espécies de animais e vegetais. Pouco tempo após sua inauguração, o parque se transformou na principal área de lazer dos moradores do Alto Tietê, que passaram a contar com um espaço próprio para a realização de piqueniques ao ar livre, passeios de pedalinho e trilhas.
Hoje, essas atividades ficaram apenas na memória. O parque, que antes recebia cerca de 500 mil pessoas por final de semana, atualmente é um local calmo com vegetação intensa e mata cerrada. Isso porque, desde 2008 o parque está fechado para visitas devido à implantação do projeto de remanejamento, que visa catalogar todas as formas de vida existentes na mata e elaborar normas de utilização da área.
O “Parque do Itapeti” foi fechado pela primeira vez em 1987 para o primeiro plano de manejo, mas, na época, ainda recebia pequenos grupos agendados. Somente no ano passado, o local foi reaberto, com uma limitação: agora, todas as visitas são monitoradas.
“A função do plano de manejo é conservar a biodiversidade e em seguida, incentivar a recreação, turismo e as pesquisas científicas”, afirma Diego Gonzáles, engenheiro ambiental.
O plano foi elaborado porque desde sua abertura, o parque era aberto à visitação, o que causou um impacto ambiental negativo devido à má utilização do espaço. “Como os visitantes tinham total liberdade para andar pela área, inclusive no meio da mata, o local foi ficando cheio de lixo”, explica Gonzáles.
Além disso, houve prática de caça de animais, depredação, extração ilegal de madeira, roubos e assaltos. Essas ações impulsionaram a Prefeitura de Mogi das Cruzes a fechar o parque.
Nos dias atuais, com vegetação secundária (estado avançado de regeneração da mata) de 325 hectares, o “Parque do Itapeti” compõe as áreas de preservação do município. A cidade possui mais de 65% de seu território situado em áreas de preservação ambiental que abrigam espécies raras da fauna e flora.
“O plano é importante porque vai estabelecer diretrizes e normas de uso do parque”, afirma Pedro Luiz Tomasulo, biólogo responsável pela vegetação.
Pedro, que atualmente trabalha no plano de manejo, encontrou uma nova espécie de árvore que está sendo catalogada no México, mas que habita o parque há mais de 50 anos.
A função dos biólogos é catalogar cada espécie identificada. Rodnei Iartelli, profissional especializado em aves, acredita que somente nessa área, existam entre 135 a 200 espécies diferentes.
Entre as novas regras, além de visitas monitoradas, haverá uma palestra de educação ambiental para os visitantes, explicando a importância da preservação das áreas verdes para a sociedade e, principalmente, para o planeta.
A diretora de Meio Ambiente de Mogi das Cruzes, Lucila Manzatti, enfatiza que o “plano de manejo é o principal instrumento normativo de uma unidade de preservação”. De acordo com ela, o remanejamento inclui a implantação de corredores ecológicos e, além disso, o parque receberá algumas espécies de animais que ficaram isoladas e ameaçadas de extinção no Taboão da Serra, após a construção de novas rodovias.
O último estudo do Parque Municipal foi realizado há 15 anos e, mesmo assim, o local é ponto de referência para a comunidade científica.
“O Parque Municipal é, na verdade, uma atração ecológica onde as pessoas podem visitar, não como opção de lazer, mas com a intenção de conhecer mais sobre a natureza”, conclui a diretora.

Recordações


As aventuras vividas no “Parque do Itapeti” estão nas lembranças de muitas pessoas que frequentavam o local há 30 anos atrás. Entre elas, a aposentada Maria José Melo, que já foi uma das responsáveis pelo funcionamento do pedalinho do Parque Municipal. “Meu marido e eu começamos a trabalhar no parque antes mesmo da sua inauguração”, relembra com emoção Maria José, que trabalhou no parque durante 14 anos.
Segundo ela, naquela época, a área contava uma infraestrutura completa: lago, brinquedos para as crianças, espaço para piqueniques e, até mesmo, churrasqueiras. “Nós começamos com dois pedalinhos, mas chegamos a ter 14. A fila era tão grande, que a gente tinha que alugar por 15 minutos, senão saía até briga”, diverti-se.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Uma revolução não vale a pena se não se pode dançar...

Lembrai, lembrai o 5 de novembro. A pólvora, a traição e o ardil.
Por isso eu não vejo o porque esquecer uma traição de pólvora tão vil.
Mas e quanto ao homem??
Pedem para que nos lembremos da idéia e não do homem, pq um homem pode falhar, ele pode ser apanhado, pode ser morto e esquecido, mas 400 anos depois uma idéia ainda pode mudar o mundo.
Eu testemunhei em primeira mão o poder das idéias. Eu vi pessoas matarem em nome delas e morrerem defendendo-as.
Mas não se pode beijar uma idéia, você não pode tocá-la ou abraçá-la, idéias não sangram elas não sentem dor, elas não amam. E não é de uma idéia que sinto falta, é de um homem.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Da solidão

Amigos me contam... não dou atenção.
Não compreendo.
Acho tudo fútil,tolo.
Ou no fim, eles nem confiam em mim?
No fundo não tenho amigos, vivo sozinho mesmo.
E na internet, com milhares de pessoas nas redes sociais... mas que na verdade, não são pessoas, são páginas e perfis.
É, eu estou sozinho mesmo.

O mundo é uma grande solidão redonda.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

VT CUIDADO/ALIMENTAÇÃO

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Beisebol brasileiro na mira dos gringos

Por Débora Kaoru e Orlando Olivas

Sem Barreiras

O Brasil é conhecido mundialmente como o país do futebol. Mas o que muitas pessoas não sabem é que vários esportes populares em outros países têm conquistado espaço em todo o território nacional. Um exemplo é a procura por aulas de beisebol que aumenta a cada ano, especialmente na Região do Alto Tietê. Em virtude desse avanço registrado na última década, hoje os atletas brasileiros são cobiçados por grandes clubes internacionais.

De acordo com o técnico da equipe Gecebs, Estevão Sato, ex-jogador e comandante da Seleção Brasileira de Beisebol, o interesse pelo esporte seria muito maior se houvesse ampla divulgação e investimentos privados. “Os patrocínios se concentram exclusivamente no futebol”, afirma o técnico. A equipe Gecebs nasceu em Arujá, conhecida como “Cidade do Beisebol”. O município ganhou o apelido por reunir o maior número de times na modalidade em todo o estado de São Paulo.

Apesar das dificuldades enfrentadas pelos clubes, o esporte tem se fortalecido. Depois do Pan do Rio de Janeiro, em 2007, olheiros dos Estados Unidos e Japão passaram a visitar o país com mais frequência. Esses agentes rodam o mundo atrás de novos e lucrativos talentos, como o adolescente Thiago Vieiras, de 17 anos, que atuava no Gecebs. O jovem arremessador, posição considerada a mais importante no beisebol, foi contratado na última semana para integrar uma equipe americana.

Segundo Sato, seis clubes internacionais disputavam o passe do arremessador, mas o garoto optou pelo time americano. “Torcemos pelo sucesso do Thiago. Ele é uma pessoa de origem humilde, que encontrou no esporte uma forma de crescer e ajudar sua família e a comunidade onde nasceu”, elogia o técnico, que jogou no Japão durante sete anos.


Tradição


O beisebol foi trazido para o Brasil no final do século 19 por norte-americanos que vinham trabalhar nas empresas nacionais. Contudo, a modalidade passou a ser conhecida como o esporte dos japoneses. A explicação é simples: o beisebol se desenvolveu no interior do Estado, onde a Colônia Japonesa representava grande parte da população. Na época, os torneios eram realizados nas fazendas.

A tradição é seguida até hoje pelos descendentes japoneses, que mantêm, além das equipes adultas, as categorias de base para incentivar os pequenos atletas. A Prefeitura de Arujá patrocina um projeto junto ao clube Gecebs para que as crianças conheçam um pouco da cultura regional e aprendam a jogar beisebol. “Priorizamos as categorias de base porque as crianças são o futuro do País. Temos mais de 45 alunos aprendendo, antes de qualquer coisa, valores como união e respeito. Somente assim criaremos grandes esportistas”, conclui Sato.


Regras do jogo


O esporte consiste em marcar pontos, que são chamados de “runs”. O campo é um semicírculo, com um quadrado inserido. As bases ficam posicionadas nos pontos de encontro entre o quadrado e o semicírculo. Cada uma das duas equipes possui nove jogadores.

A dinâmica do jogo funciona da seguinte forma: o “pintcher” (lançador) deve arremessar (em três chances) a bola e passar pelo “runner” (batedor). Atrás deste fica o apanhador, da mesma equipe do arremessador, chamado de “catcher”. O rebatedor deve acertar a bola e correr para as bases. Quando a bola é jogada para fora do estádio a equipe ganha um ponto. Essa jogada é conhecida como “home run”. Os interceptadores do time adversário devem pegar a bola e jogar na direção das bases para os jogadores de sua equipe, para evitar o progresso do batedor. Caso o batedor consiga percorrer todas as bases, o ponto é computado.

O jogo inteiro é composto de nove turnos (ataque e defesa alternados). Cada turno termina quando os três batedores são substituídos. Isso ocorre, quando o ponto não é marcado.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

02:38

Insônia.
Amargo da madrugada.
Nem calor, nem frio.
Nada. Isso o que eu sinto.
Escuto a chuva caindo lá fora, as gotas batendo na janela... som chato.
Pior que isso é minha barriga roncando.
E eu me reviro pra não sair da cama, vontade não tenho mesmo.
Preguiça.
Preguiça de pensar em algo... Ah pra quê? Vai mudar algo?
As pessoas botam mais fé em mim do que eu mesmo.
Eu sou uma farça.
Prefiro ficar aqui. Não vou ficar lamentando.
Vou descrever o vazio da noite, o vazio no peito, a solidão amiga que preenche o leito ao meu lado.
Por que de repente tudo perde sentido? Vontade de ficar aqui pra sempre até o fim.
Mas por quê?
Eu não entendo esse sentimento.
Tenho mais medo da velhice do que da morte. Morte é rápida, nos leva e tudo acabou. A velhice persiste. O pensamento de solidão se intensifica, a sensação... As horas... O tempo para, o pouco que lhe resta lhe esgota e o que sobre é aguardar a morte, que você nunca saberá quando virá, somente que a ânsia por ela é maior do que o medo.
O que a falta de um namorado e dinheiro mesclado com coisas demais na cabeça me fazem escrever... Maldito horário de verão!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Contra a Bipolaridade

A ocorrência de segundo turno costuma ser saudada como oportunidade para debater melhor os temas e conhecer melhor os candidatos. Mas isso só é verdade até certo ponto – e para chegar até esse ponto seria necessário que os candidatos fossem questionados a fundo e respondessem sem fugir. Logo, dificilmente estas semanas adicionais poderão mudar alguma coisa, seja para qual lado for. Se mudarem, não será porque o debate foi melhor e os temas foram aprofundados, mas por alguma eventualidade de impacto, também remota nesse prazo. Há quem diga que a falta de ideias da atual campanha é fruto de amadurecimento da sociedade, mas nem a sociedade está madura assim nem os candidatos parecem ter mais que uma ou duas ideias.

Basta ver o que causou o segundo turno, numa pontual mudança de rumos tão súbita que os institutos de pesquisa não souberam – embora devessem – captar. Não se tratou substancialmente de uma ascensão da oposição, nem mesmo de Marina Silva; tratou-se do medo de um setor da sociedade, os evangélicos (que praticamente dobraram sua representação política nestas eleições), a respeito da posição da ex-marxista Dilma Rousseff sobre o aborto. A candidata da situação já vinha perdendo alguns votos, por causa de revelações sobre o ministério que ocupou até o início do ano, e Marina já tinha subido do patamar de 10%, inclusive entre as pessoas mais instruídas, simplesmente por não ser nem PT nem PSDB e soar menos artificial. Mas a inflexão que impediu a vitória em primeiro turno não veio da onda verde, mas da onda vestal.

Isso criou um problema para Dilma, claro, pois ela sempre evitou ou foi ambígua no tema, certamente por orientação de companheiros como o presidente Lula, que conhece bem o conservadorismo brasileiro. De nada adianta, agora, esperar que o tema seja discutido a sério, apesar de suas implicações sociais. A equação já está montada: se Dilma disser que é a favor, perderá muitos votos; se disser que é contra, não ganhará quase nenhum. Daí a dizer que isso poderá levar José Serra a arrebatar mais de 80% dos votos de Marina e virar o placar no segundo turno, o que seria virada raríssima na história, vai uma distância gigantesca. Só os bajuladores podem ter certeza de que os tucanos saibam reverter tantos votos em grotões aonde nunca chegaram. E, se Lula foi useiro em desmentir afirmações do passado, por que ela faria diferente?

Não ter vencido no primeiro turno, ainda assim, poderia trazer lições para Dilma, sua equipe e seu futuro. Ela poderia entender que a arrogância do “já ganhou” também a atrapalhou; até Marta Suplicy, quem diria, recomendou a ela que vista “sandálias da humildade”. Melhor ainda, poderia pôr em dúvida o poder que os membros do governo atribuem a seu “líder espiritual” de adivinhar e comandar os desejos do povo. Pouco mais da metade dos quase 80% de aprovação de Lula foi transferida para sua candidata. E muitos dos votos que definiram o segundo turno não vieram da “zelite”, mas da classe C, a que mais cresceu nos oito anos de governo Lula – uma ironia que dá o que pensar.

O Brasil não está dividido em dois, mas em muitos; tem uma complexidade que não cabe em pesquisas de opinião (que refletem o momento da economia, mais do que qualquer virtude pessoal) e mapas eleitorais bicolores (há muita gente que vota em situação e oposição ao mesmo tempo; há até quem escolhe um partido diferente para cada cargo). A maior tolice é querer qualificar essa votação com recortes ideológicos nítidos: uns dizem que há mais pobres votando em Dilma porque Lula “governou para os pobres” (Eike Batista entre eles?), outros porque seriam os menos instruídos (e aí não há como explicar que os “desenvolvidos” paulistas tenham eleito Tiririca com 1,4 milhão de votos). Por trás da polarização precária, há o desentendimento da atualidade brasileira.

Como já escrevo aqui há tanto tempo, não se explica a popularidade de Lula apenas pelo Bolsa Família (como alega a suposta “esquerda”, como a que dirige institutos como o Ipea) ou por seu carisma quase religioso ou autoritário (como diz a suposta “direita”, acompanhada por alguns ex-lulistas que se sentiram traídos). Ela vem do fato de que ele, contrariando a expectativa de muitos, continuou e aprimorou a política econômica de FHC: manteve o tripé fiscal, cambial e monetário; não reverteu nenhuma privatização, colhendo frutos como a densidade telefônica, que saiu de 10% em 1995 e chegou a 100% em 2010; ampliou os programas sociais, multiplicando o orçamento do Bolsa Família para R$ 12 bilhões, e as reservas financeiras, para aplauso do mercado internacional; e expandiu o crédito, talvez a mais importante política que adotou, beneficiando muito aquela classe C.

Se a agenda da sociedade toda, e não apenas da classe política, não estivesse amarrada a essa leitura bipolar da realidade, a atual campanha poderia ter usado mais tempo para falar de desafios em vez de legados. Os dois governos, afinal, nem sequer enfrentaram questões fundamentais: aumentaram os impostos, mas pouco melhoraram educação e infraestrutura; fizeram alianças com velhas oligarquias, mas se comportaram como elas, fomentando a corrupção; deixaram saneamento básico, sustentabilidade ambiental e inovação tecnológica em quinto plano, etc. O atraso mental, em outros termos, reforça o atraso social. Não são três semanas a mais de uma campanha anódina – a qual só ganhou algum tempero por fatores circunstanciais – que vão mexer sensivelmente com isso. O debate deveria melhorar, sobretudo depois das urnas apuradas.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Não Acredito

Não acredito quando o Lula diz que não sabia
Não acredito que o Fernando Henrique não fazia
Não acredito em tucano
Não acredito em petista
Não acredito em quem sonha o sonho socialista

Não acredito que agora brasileiro lê e come
Que o Garotinho fosse morrer de fome
Não acredito na elite, porque eu não sou otário
Mas não acredito em alguém só porque foi operário

Toda informação já chega manipulada
Pra que prestar atenção? Não acredito em mais nada!

Não acredito em censura, não acredito na imprensa
Não acredito em gente burra, não acredito em quem pensa
Não acredito em cheques, não acredito em cartões
Não acredito em 12 suaves prestações

Não acredito no banco que me oferece dinheiro
Nem que desodorante age o dia inteiro
Não acredito em anúncio, não acredito em TV
Não acredito em mim, vou acreditar em você?

Foi tanta exposição a essa conversa fiada
Que eu já perdi a noção, não acredito em mais nada

Só vejo corrupção, só vejo gente enrolada,
É tanta maquinação, tanta mentira contada
É tanta informação chegando manipulada
É tanta enrolação, tanta conversa fiada

Que eu não acredito em governo e nem em oposição,
Não acredito em polícia, não acredito em ladrão
Não acredito em ação, e menos em intenção
Não acredito em artista, não acredito em canção

Eu não acredito!

domingo, 10 de outubro de 2010

Musicalmente

Deixo tudo assim, não me acanho em ver vaidade em mim. Eu digo o que condiz. Eu gosto é do estrago.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Vse ravno

Cansei de tentar, eu não vou mudar o mundo mesmo.
Meu sonho era ser astronauta e deu no que deu, sou jornalista.

sábado, 25 de setembro de 2010

Kosmos

Talvez a coisa mais triste, é a solidão da noite.
Incrível que mesmo estando cercado de pessoas pelos corredores da faculdade, tudo é vazio. Até mesmo as pessoas são vazias... Seus rostos inexpressivos, seus olhos vagos e sem vida, seus sorrisos sem sinceridade, sem verdade, sem vida.
As noites de primavera, quase no verão, quase no fim do ano... As ruas molhadas.
Escuto os meus passos quando ando por elas. O ruído vaga pela minha mente despertando sentimentos que há tempos povoa minhas lembranças.
Ah, solidão. Solidão das noites... Solidão do fim de ano, das festas e do natal.
Logo menos essas ruas molhadas e vazias, estarão refletindo a iluminação dos enfeites de natal. Tanta beleza em vão...
Não sei se queria que fosse diferente. Isso me faz sentir vivo.
Quando estou naqueles meus breves momentos de alegria momentânea, eu me perco. Fico sem foco, sem direção... Meu caminho se distorce em ilusão.
Acho que eu gosto dessa solidão, convivo bem com a tristeza... e esse gostinho de “assim ta bom, obrigado”.
Nostalgia. Até o cheiro da estação é diferente.
A solidão no ar.
Ano após ano a mesma coisa.
Logo estarei de férias, minhas noites de faculdade serão substituídas por noites furtivas em meu próprio planeta, fico afastado da loucura alheia.
Preso nas minhas próprias fantasias.
Não sei mais o que estou escrevendo.
Acho melhor parar por aqui.

Feliz natal!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Comércio virtual cresce e vira alternativa de empreendedorismo

Por Débora Kaoru e Orlando Olivas

Fatores como a expansão do plano de acesso à banda larga no Brasil e o aumento de crédito proporcionado pelo governo no último ano fizeram com que as compras pela internet ficassem cada vez mais fáceis. Por isso, o e-commerce, nome dado a plataforma de negócios virtuais, tende a crescer dia após dia. De acordo com o site especializado em compras on line EBit, hoje aproximadamente 23 milhões de brasileiros são e-consumidores e o faturamento estimado do comércio eletrônico para 2010 é de R$ 13,60 bilhões. Um crescimento de 30% em comparação ao ano anterior.

A comerciante Jacqueline Fioschi, 19, trabalha nas ondas da rede há dois anos e conta que a expansão do mercado virtual é um reflexo do perfil dos consumidores modernos. Segundo ela, a variedade e a comodidade oferecidas nessas transações são os itens que mais colaboram para o aumento das compras on line. “As vendas melhoram a cada dia por causa da divulgação, qualidade, variedade e claro segurança. Comprar virtualmente é tão fácil e cômodo, que as pessoas deixam o medo de lado”, explica Jacqueline.

Para a jovem empreendedora, a insegurança dos clientes deve ser driblada com transparência na negociação e respeito. “Antes os consumidores tinham receio de comprar pelos sites, mas no meu caso disponibilizei tópicos e comunidades em redes sociais de pessoas que compraram e aprovaram. Ou seja, utilizo essas ferramentas como recomendação aos futuros clientes”, afirma a comerciante. Um estudo, divulgado no mês de agosto, pelo TNT Research International mostra que a infinidade de opções geradas pelos sites de buscas transforma os consumidores em clientes seletivos e aponta a influência do público no processo de compra.

A pesquisa aplicada nas capitais de São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Rio de Janeiro e Recife, com mil usuários de ambos os sexos - idades entre 16 e 35 anos-, revelou que 76% dos entrevistados procuram informações em fóruns ou blogs antes de decidir onde gastar, 50% já mudaram de opinião sobre uma compra ao encontrarem recomendações negativas e 28% fecharam a negociação baseados no relato de outros consumidores.

Produtos para todos os gostos e bolsos

O fotógrafo Ricardo Arishima, 25, é adepto do e-commerce há mais de 5 anos e disse que usa as vitrines virtuais para “encher o guarda roupa” e também para adquirir “produtos eletrônicos”. As lentes da câmera que usa para trabalhar foram compradas em um site americano. “Gosto muito de comprar pela internet. No universo on line, você consegue adquirir produtos de qualquer país com facilidade e preço justo”, afirma o fotógrafo.

Além da quebra de barreiras, as lojas virtuais oferecem ainda produtos para todos os segmentos. A redatora Caroline Vasconcelos, que escreve sobre comércio eletrônico e empreendedorismo para o site de uma empresa do ramo, enfatiza que apesar da variedade de objetos divulgados nos sites de venda, atualmente, “os produtos mais vendidos são os eletroeletrônicos e livros”. Ela conta também, que 80% dos e-consumidores encontram-se na faixa entre 25 e 59 anos. Enquanto, apenas, 66% dos consumidores do varejo tradicional representam a mesma faixa etária.

Para atender as necessidades desse público tão exigente e ganhar a dianteira frente à concorrência, os lojistas têm investido em ferramentas que facilitem as compras, de acordo com Caroline. “Os comerciantes investem no inusitado, como oferecer novas formas de parcelamento, o que ajuda na compra de produtos com maior valor agregado. A loja virtual que tiver o maior número de vantagens a oferecer, com certeza sairá na frente na disputa por clientes”, finaliza a redatora.




Cuidado na hora de encher o carrinho


O especialista em relações de consumo Dori Boucault dá dicas de como comprar pela internet, sem correr o risco de ser lesado:

- É importante observar os procedimentos e recursos adotados para garantir a segurança e a confidencialidade da transação eletrônica e de seus dados (pessoais, de consumo e financeiros).

- Busque referências sobre o site que pretende contratar. A escolha criteriosa do fornecedor não despende tempo e pode ser decisiva para garantir que suas expectativas sejam atendidas.

- Anote dados que permitam identificar e localizar a sede do fornecedor, como CNPJ e endereço físico. Caso seja necessário formalizar reclamação junto ao órgão de defesa do consumidor ou recorrer ao Poder Judiciário, você precisará dessas informações.

- Confira todas as características do produto ou serviço ofertado: preços, valores de fretes, despesas adicionais, prazo de entrega ou execução, condições de pagamento. Na compra de produto, avalie se o custo total compensa a comodidade da contratação à distância.

- Em caso de dúvidas, utilize os telefones e endereços eletrônicos para obter esclarecimentos adicionais sobre o produto ou serviço que pretende contratar.

- Verifique se o fornecedor apresentará nota fiscal e se há condições de garantia contratual adicionais e sob quais condições.

- Verifique se há assistência técnica brasileira e acessível autorizada para o exercício da garantia.
- Acesse sites de fabricantes, de avaliadores independentes ou com opiniões de outros consumidores; se possível, solicite demonstração como forma de conhecer melhor o produto.

- Fique atento à política de trocas e aos procedimentos que devem ser adotados em caso de problemas.
- Ao confirmar a contratação, não deixe de imprimir ou guardar, se possível sob a forma eletrônica, todos os documentos que atestam a relação, como número da compra, confirmação do pedido, comprovante de pagamento, contrato ou anúncios.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

TV UBC

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Eleição de Cu é Rola

00 - confirmo!

Pronto, anulei minha opinião.

FIM

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

пустой

As preocupações parecem amenizar o vazio... apenas parecem. No fim do dia, deito na minha cama e ele ta aqui comigo, pronto pro dia seguinte.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

A Paráfrase se faz desnecessária...

Natural é as pessoas se encontrarem e se perderem.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Resenha premiada.

Resenha que fiz pro "Cultura News" do site da Livraria Cultura e ganhei um CD autografado do Vive la Fête!

http://www.culturanews.com.br/culturaminhacasadetalhe.aspx?textoid=120



"Talvez o mais badalado album do duo belga Vive la Fête, "Grand Prix" pode ser considerado um clássico do electro rock. Rechedas com os vocais de Els e dos riffs da guitarra de Danny, as faixas hipnotizam e encantam toda uma legião de fãs ao redor do mundo. O album foi gravado em 2005 e possui 15 faixas com a mesma essência dos albuns anteriores. Contém uma das músicas mais conhecidas e adoradas da banda, “La Vérité” . Outros destaques são as faixas “Hot Shot”, “Liberté” e “Machine Sublime”."

domingo, 15 de agosto de 2010

Dar as mãos...

As vezes me pego pensando nos relacionamentos interpessoais. Principalmente nos dias de hoje, as pessoas só querem saber de sexo.
Incrível!
Independente de onde você vá, verá pessoas sedentas de sexo. E nada mais.
Sinto falta de uma coisa que eu gosto, de carinho. Principalmente daras mãos.
Como é bom dar as mãos pra pessoa que você está junto. Sentir o calor do corpo, a pulsação, a pressão de não querer deixar-te ir embora, a segurança, a cumplicidade.
Dar as mãos significa tanto, porque as pessoas não fazem mais isso? =/
Reflita.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Elsangel

sábado, 31 de julho de 2010

Mais uma...

Chorar por tudo que se perdeu, por tudo que apenas ameaçou e não chegou a ser, pelo que perdi de mim, pelo ontem morto, pelo hoje sujo, pelo amanhã que não existe, pelo muito que amei e não me amaram, pelo que tentei ser correto e não foram comigo. Meu coração sangra com uma dor que não consigo comunicar a ninguém, recuso todos os toques e ignoro todas tentativas de aproximação. Tenho vergonha de gritar que esta dor é só minha, de pedir que me deixem em paz e só com ela, como um cão com seu osso.
A única magia que existe é estarmos vivos e não entendermos nada disso. A única magia que existe é a nossa incompreensão.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Verdade Inerente

Fiquei tão só, aos poucos. Fui afastando essas gentes assim menores, e não ficaram muitas outras. Às vezes, nos fins de semana principalmente, tiro o fone do gancho e escuto, para ver se não foi cortado. Não foi.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Dignidade de cú é rola!

Aiai... o que dizer dessa geração?
Na verdade se alguém pensasse em definir 99% das pessoas nascidas nos ano 90 em diante, todos os adjetivos que denotam futulidade estariam inclusos na definição.
Incrível como as pessoas vivem para todo o público "virtual" jurando que são famosos!
Aff... povinho, cai na real!
NINGUÉM acolhe os seus tweets como "conselhos pra vida". Ninguém checa CADA foto nova no seu orkut porque admiram você como pessoa... e você NÃO é famoso e NADA que você fale faz de você diferente dos demais 78753458359735793953795395393293975987 milhões de pessoas que também utilizam redes sociais. Você é apenas mais um, que utiliza ferramentas tecnológicas que funcionam como se você falasse alto no meio de várias pessoas, que olham pra sua cara com cara de "que bom!" e continuam a viver.
E você continua sozinho...
É tão difícil entender isso?
Fico abismado cara... enfim, não quero escrever mais nada.

Até porque escrevi um tweet aleatório com o título desse post e teve gente que vestiu a carapuça! hahaha... fui;p

terça-feira, 27 de julho de 2010

Flyer [18]

domingo, 18 de julho de 2010

Eu prefiro assim

Perdi a fé em suas palavras
Independente do que for falar

Nem sei por onde eu andava
Uma estrada sem asfalto ou cor
E uma explosão...

...Revelou o lado bom de uma tragédia
Não mostrar sofrer e esquecer as rédias
Quem me dera ser assim

Eu não sirvo para festas
Gosto de promessas
Sei que eu não sou normal
Mas eu prefiro assim
Assim, assim...

Estou ficando sem tempo
E quero só um segundo
Pra mostrar o que eu tenho aqui
Sem mais delongas

Corro em meu caminho
Quase sempre sozinho
Esquecendo o quanto é bom sorrir
Sem me preocupar

Eu lamento se já me deu a sua hora
Se quiser me ver, estarei lá fora
Lá fora.

Eu não deixo a porta aberta
Olho pela fresta
Esperando um dia alguém olhar de volta pra mim
Eu não sirvo para festas
Gosto de promessas
Sei que eu não sou normal
Mas eu prefiro assim
Assim, assim.

Eu prefiro assim
Embora esteja só no fim
Agora que eu te vi
E vi você olhando pra mim.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Parada Gay de c* é rola!

A parada gay é um evento anual que acontece em várias cidades ao redor do mundo reunindo milhões de pessoas em um objetivo em comum.
Só no Brasil, o evento acontece em várias cidades como Campinas, Curitiba,Santo André, Rio de Janeiros e a maior delas, na verdade, a maior do mundo, a parada gay de São Paulo.
Em sua décima quarta edição, o evento reuniu cerca de 3 milhões de pessoas na Avenida Paulista, ponto turístico da cidade.
A questão está no objetivo do evento. A parada gay surgiu com a função de ser uma manifestação pelos direitos dos homossexuais, que são uma classe reprimida, além de vitimas de violências verbais e físicas provenientes de uma sociedade preconceituosa.
A idéia é dar um tapa na cara da sociedade machista para que entendam que são pessoas com os mesmos direitos (e deveres) e merecem o devido respeito, como rege a constituição.
Entretanto, acredito que ela falha fatalmente em sua missão. Não no quesito organização do evento em si, mas na preparação de uma opinião pública com ideologias relevantes a si próprios, sobre um próspero futuro em longo prazo, repleto de aceitação e um bom convívio com todos.
O orgulho gay mostrado pelas mídias é o mesmo carimbado na mente da população: o gay é promíscuo.
Mesmo com a evolução da sociedade, o surgimento e aumento gradativo do mercado GLBT (outra coisa escrota que acontece nesse mundo colorido, briga por siglas...), enfim, mesmo com essa infinidade de revistas, canais, sites e até mesmo segmentos turísticos voltados à este público, os próprios gays insistem nesse “oba-oba” de desinteresse pelo todo. Essas atitudes hedonistas e mundanas só despertam o desprezo dos conservadores e/ou homofóbicos.
O engraçado é que esta atitude só está presente no nosso país, o país do futebol, do carnaval, da caipirinha e do povo que não desiste nunca.
Nossa cultura é castrada de opiniões e nossa geração, ausente de heróis.
Onde estão os caras pintadas? Por que não uma parada gay para enviar na cabeça “deles” que homossexualidade é orientação, você já nasce assim, é uma coisa inata, e não opção como muito pensam?
Eu lhes respondo com toda a tristeza no peito: preguiça.
Temos preguiça de pensar! Tudo vem tão mastigo pelos veículos de comunicação, que nosso cérebro quase não tem trabalho a ser feito.
Não só os gays, mas heterossexuais e todos os brasileiros usamos estes momentos de falsa-alegria-patriota como copa do mundo e carnaval, como desculpa da nossa angústia; usamos como máscara para a insatisfação de um país repleto de diferenças sociais e corrupções políticas.
É, Brasil, um país de todos.

sábado, 3 de julho de 2010

Roupa Íntima

Não leve a mal, eu poderia escrever sobre qualquer outra peça de roupa. Talvez alguma mais vistosa aos nossos olhos, que enche o olhar com mil detalhes da última moda. Mas nenhum outro item seria tão íntimo como o pijama. Falo daquele traje que é só seu, de se usar em casa nas horas mais preguiçosas do dia.
Às vezes, sobra tão pouco dessas horas que esquecemos dele guardado no fundo de uma gaveta junto com nossas peças menos usáveis. Mas é só uma folga chegar, uma crise afundar ou um namoro acabar que lá vai nosso fiel escudeiro de volta ao trabalho e, em questão de segundos, nos tira de um meio público onde vestimos as roupas pelo intuito de nos apresentar à sociedade, e então entramos numa zona de conforto só nossa, num universo que só cabe a nós.
Qual outra roupa te deixaria tão confortável diante destas situações desmerecidas da vida? Um terno pode trazer mais segurança nas horas de se apresentar em público, e um vestido de festa arrasador certamente nos trará mais confiança naquela ocasião importantíssima. Mas quem disse que confiança remete conforto? Na hora do aperto mesmo nada como aquele bom e velho pijaminha.
Velho, fora de moda, talvez já um pouco esgarçado e com aquele furinho debaixo do braço. Jogar fora? Impossível. Certamente ele já foi parar na pilha de "roupas para doar", numa atitude mais rebelde de nossas mães, mas corremos para resgatá-lo, quase como um final de filme esperançoso de amor.
Tenho uma pequena equipe desses, que me acompanha há um bom tempo. Criamos uma espécie de relação confidencial e eles percebem quando estou com frio, calor... Com saudades do namorado (aquele moleton dele antigo, mas tão protetor!), com vontade de me cobrir inteira pelo edredom e não sair mesmo se o mundo acabar (os mais confortáveis do mundo - sim, de algodão!), e aqueles que acompanham os dias que não quero fazer simplesmente nada, só ficar em casa de pijama o dia todo. Porque ficar de pijama o dia todo significa o máximo de descomprometimento com o mundo, e talvez essa seja a nossa única oferta anti-stress natural na atualidade. E acredito na máxima que tempo é a melhor qualidade de vida que podemos ter. Ou não, pois, me desculpem, mas tenho que tirar o pijama e colocar uma roupa mais apropriada para começar essa manhã de sábado.

Por Élita de Caria

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A Via Láctea: viagem pelo tempo/espaço

Devaneios que vão de solidão ao ciúme doentio
Por Orlando Olivas



O filme de Lina Chamie, “A Via Láctea” (2007), narra um drama de professor de literatura, paulistano e apaixonado.
Logo na primeira cena do filme, percebe-se a presença de efeitos sonoros incomuns que vão de “Tom e Jerry” a “Requiem” de Mozart. E a lógica não linear do filme nos faz ter a sensação que estamos assistindo a um sonho.
O filme começa com o estressado professor Heitor (Marcos Ricca) em uma rua. Após uma cena de atropelamento se inicia uma seqüência de cenas que acompanham o enredo do filme, que acontece sob o trânsito caótico da cidade de São Paulo.
Cheio de narrações, diálogos simples, citações literárias, e imagens fortes do dia-a-dia do personagem, o filme mostra fielmente o panorama paulistano, com as características sociais, econômicas, culturais de uma cidade grande: o trânsito, mendigos, as condições humanas, etc.
São Paulo deixa de ser cenário e passa a ser personagem, e suas características influenciam diretamente o enredo e o humor de Heitor, que tem uma briga com sua amada, a atriz e veterinária Júlia (Alice Braga), e entra no carro com o objetivo de ir à casa dela para se reconciliarem e evitar uma possível traição.
A angústia presente no filme se segue devido a ansiedade de se chegar ao destino. Enquanto isso, Heitor conversa com seu subconsciente através da personificação do rádio, da menina do semáforo, do ladrão, do menino que sai em fuga... Até mesmo o cachorro que ele atropela tem uma função importante no desenrolar da história.
A narrativa também menciona vários escritores, como Shakespeare, Machado de Assis, Mario de Andrade, Manoel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade.
Além disso, nota-se a melodia presente a cada cena, as peças de teatro, a cena épica da biblioteca, a dança, a figura da mãe e a mudança de época, e claro, a intimidade do casal.
O final, surpreendente e surreal, fecha com simplicidade a principal realidade da vida, o amor. E como diria Tom Jobim: “É impossível ser feliz sozinho”.

sábado, 26 de junho de 2010

Orgulho da Mamãe

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Fragmentos de um Diálogo

...

@JuniorTidus diz: Onde vc vai ver o jogo?
@BrunoOrtiz diz: Não sei ainda e vc?
@JuniorTidus diz: Na TV provavelmente...
@BrunoOrtiz diz: Não me diga? Oo
@JuniorTidus diz: Er... eu TRABALHO em uma emissora de TV, esqueceu?!
@BrunoOrtiz diz: Ah, eh... rs
@JuniorTidus diz: Er...

...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sonho com ***

Noite passada eu tive um sonho...
Você estava aqui. Não na minha casa, mas na minha cidade.
Era outro lugar, não lembro onde, talvez nem o conheça.
Só me lembro de detalhes que achei que, quando acordasse, seriam apenas rabiscos e manchas nas minhas lembranças.
Havia uma janela que ficava à frente de um prédio. Era no alto, pois de onde estávamos, podíamos ver as nuvens. Além disso ventava.
A janela estava semi-aberta, o que proporcionava ao ambiente um ar melancólico de um fim de tarde fresco. O sol estava se pondo por entre as nuvens que formavam uma espécie de escudo, impedindo assim, que os raios solares tocassem os corpos nus que estavam sobre a cama.
Lembro-me de estar encostado, nem deitado, nem sentado, na cabeceira da cama, de costas para a jenela.
Você estava por entra minhas pernas, encaixado de uma forma perfeita. Os seus braços envolviam minhas costas, suas mãos na minha nuca...
Você gemia baixo, mas o suficiente para eu, que estava de olhos fechados, sentisse que o momento era especial para ambos.
O movimento era quase que ensaiado, numa velociadade constante... Nossos corpos então suavam, não o suficiente para molhar os lençóis daquela enorme cama de madeira escura, mas o bastante para que nossa pele deslizasse uma sobre a outra, deixando vestigios de nossos desejos.
Inclinei minha cabeça para trás, senti o cheiro da terra molhada. O tempo havia passado e agora, pequenas gotas de chuva tocavam suavemente o vidro da janela, produzindo aquele som melódico e nostálgico.
De fora, vinha o som dos carros. Ele não era nada perto da nossa respiração, agora mais rápida pelo ecstasy do momento.
Sua barba agora roçava meu pescoço.
Mordi sua orelha, enquanto suas unhas estavam passeando por todo o território, agora familiar, das minhas costas. Provavelmente, deixaria marcas no dia seguinte.
Em um movimento brusco, levantou minhas pernas e colocou-as sobre seus ombros.
Agora nossos beijos, acelerados, nos deixavam cada vez mais ofegantes.
De repente, percebi sua postura mudar e ao mesmo tempo, de dentro de mim, senti aquela sensação surgindo. Sem que eu pudesse controlar, senti arrepio, frio, calor... Meus olhos fecharam novamente, o ar custava a entrar nos pulmões e, na fração de segundo seguinte, sobre meu corpo jorrava aquele líquido viscoso que ambos aguardávamos-mos seu manifesto.
Não sentia mais nada. Anestesiado, ainda ofegante e gemendo, pude perceber que nossos gozos foram, como se por acordo, sincronizados.
Podia sentir que ainda estava dentro de mim. Seus braços ainda me envolviam, quando senti minha cabeça girando. Eu precisava permanecer de olhos fechados.
Agora deitados lado a lado, encostei minha cabeça no seu peito e por ali fiquei escutando seus batimentos enquanto recuperava os sentidos.
O vento agora soprava do lado de fora da janela. Havia anoitecido.
Depois de um breve tempo deitados, só me lembro de ouvir sua voz resmungando algo inaudível e eu concordando com a cabeça, ainda de olhos fechados.
E quando senti sua respiração, seu rosto frente ao meu, abri os olhos lentamente.
Você estava sobre meu corpo, inclinado de forma a ficar parado bem sobre meu rosto.
Me deu um pequeno beijo e levantou-se.
Já estava se vestindo, aquela cueca-sunga branca que eu tanto gostava.
Estava de costas pra mim, mas me olhando através do grande espelho retangular que ficava ao lado na porta.
-Pizza? Você perguntou, com o celular já nas mãos.
- Uhum... Resmunguei automaticamente, e segundos depois, mesmo sentindo minha barriga roncar, adormeci.
Quando abri os olhos novamente não senti mais sua presença.
Pela janela, mesmo estando fechada, eu percebi, pela claridade, que o sol já deveria ter nascido à algumas horas. Mas eu estava novamente deitado na minha cama, no mesmo quarto onde, neste momento escrevo estas palavras.
No escuro, sozinho... sem você.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Ensaio sobre a cegueira

"De festa foi o banquete da manhã. O que estava sobre a mesa, além de ser pouco, repugnaria a qualquer apetite normal, a força dos sentimentos, como em momentos de exaltação sucede sempre, tinha ocupado o lugar da fome, mas a alegria servia-lhes de manjar, ninguém se queixou, mesmo os que ainda estavam cegos riam como se os olhos que já viam fossem os seus. Quando acabaram, a rapariga dos óculos escuros teve uma ideia, E se eu fosse pôr na porta de minha casa um papel a dizer que estou aqui, se os meus pais aparecerem poderão vir procurar-me, Leva-me contigo, quero saber o que está a acontecer lá fora, disse o velho da venda preta, E nós também saímos, disse para a mulher o que tinha sido primeiro cego, pode ser que o escritor já veja, que esteja a pensar em voltar para a casa dele, de caminho tratarei de descobrir algo que se coma. Eu farei o mesmo, disse a rapariga dos óculos escuros. Minutos depois, já sozinhos, o médico foi sentar-se ao lado da mulher, o rapazinho estrábico dormitava num canto do sofá, o cão das lágrimas, deitado, com o focinho sobre as patas dianteiras, abria e fechava os olhos de vez em quando para mostrar que continuava vigilante, pela janela aberta, apesar da altura a que estava o andar, entrava o rumor das vozes alteradas, as ruas deviam estar cheias de gente, a multidão a gritar uma só palavra, Vejo, diziam-na os que já tinham recuperado a vista, diziam-na os que de repente a recuperavam, Vejo, vejo, em verdade começa a parecer uma história doutro mundo aquela em que se disse, Estou cego. O rapazinho estrábico murmurava, devia de estar metido num sonho, talvez estivesse a ver a mãe, a perguntar-lhe, Vês-me, já me vês. A mulher do médico perguntou, E eles, e o médico disse, Este, provavelmente, estará curado quando acordar, com os outros não será diferente, o mais certo é que estejam agora mesmo a recuperar a vista, quem vai apanhar um susto, coitado, é o nosso homem da venda preta, Porquê, Por causa da catarata, depois de todo o tempo que passou desde que o examinei, deve estar como uma nuvem opaca, Vai ficar cego, Não, logo que a vida estiver normalizada, que tudo comece a funcionar, opero-o, será uma questão de semanas, Por que foi que cegámos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que vêem, cegos que, vendo, não vêem."

José Saramago

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Lady GaGa em novo CD

Album duplo da cantora chega às lojas
Por Orlando Olivas

Em pleno século 21, a coisa mais difícil de ouvir é: “Nunca ouvi falar de Lady GaGa!”.
Bem ou mal, a cantora norte-americana é o assunto do momento e vem, cada vez mais, conquistando uma legião de fãs por todo o planeta.
Com seu cabelo que está a cada momento de um jeito diferente, e seu visual nada comum, ela fica no topo das paradas a cada música trabalhada. Recentemente ultrapassou a marca de quantidade de singles no topo, deixando Michael Jackson pra trás.
Devido ao sucesso do primeiro cd “The Fame”, a cantora resolveu re-lançar o album em um cd duplo com o nome “The Fame Monster”, que além de 8 novas canções, acompanha todas as faixas do primeiro cd, entre eles “Just Dance”, “Poker Face”, “Lovegame” e “Paparazzi”. Já o novo album é um disco bem temático e algumas faixas tem uma pegada mais sombria, além de um encarte recheado de fotos e letras das suas composições.
Entre as músicas novas, estão “Alejandro” (que é uma homenagem aos seus fãs gays), “Telephone” (dueto com a cantora Beyoncé) e Bad Romance, talvez a canção mais famosa da cantora, e que é considerada por alguns, o hino-pop desta década.
Outro destaque vai para a faixa “Speechless”, que em uma apresentação recente, Lady GaGa a cantou em dueto com Elthon John.
Outros fatos a serem considerados são além de seus clipes chocantes e apresentações que chegam a beirar a insanidade, ela coleciona elogios vindos de vários artistas como Cindy Lauper, Yoko Ono, Kylie Minogue e até os roqueiros da banda Kiss, Marilyn Manson e Ozzy Osbourne.
Segundo os tablóides, a cantora atingiu um nivel de fama tão alto, que pode ser considerada a Madonna dessa geração.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Rendez Vous

Rendez vous é um termo em francês que significa bagunça, bordel, prostíbulo, zona... vulgarmente, pode ser traduzido como muvuca.
Usei este termo para dar ênfase ao estado em que minha mente se encontra.
Estou em um estado de espírito em que minhas emoções se confundem com a razão gerando um choque entre elas. A confusão é tanta, que minhas crises de carência afetiva não podem ser justificadas simplesmente pelo meu transtorno de personalidade diagnosticado há alguns anos.
Na verdade, estou cansado de empurrar tudo com a barriga, a vida, meus relacionamentos.
Deixar o “tudo” pra depois e acabar não vivendo o hoje.
Cansado de concordar que todas as pessoas são promiscuas e indeferente em relação às demais. Que elas continuarão se drogando, mentindo, traindo. Cansado até mesmo de culpar os outros.
Ando mais intolerante do que nunca para o comum, dos sentimentos mundanos e tudo mais.
Tudo tem perdido cada vez mais a graça, meus hobbies me entediam. E eu sinto a constante falta de alguém.
Que pleonasmo é a minha vida, que sarcasticamente chegou a este ponto.
Hoje não consigo pensar no adiante, no amanhã em cumplicidade com alguém... solidão eterna.
E os dias passam...

terça-feira, 15 de junho de 2010

A Função Social do Fotógrafo

Por Orlando Olivas

Se uma foto vale mais do que mil palavras, como contar uma história?
É nesse princípio que se baseia certas vertentes da fotografia. Principalmente fotojornalistas sociais que querem não só ilustrar uma notícia ou mascarar a realidade com fotos produzidas, eles procuram dar um tapa na cara da sociedade com fotos cruas e com sentimento.
Desigualdade social, fome, miséria são apenas o alguns assuntos retratados. São milhares de fotos e fotógrafos com o propósito de ilustrar a vida e o cotidiano das pessoas e a simplicidade de suas vidas. Entre eles, o fotografo brasileiro Sebastião Salgado, que é um dos repórteres fotográficos contemporâneos mais respeitados no mundo e que foi nomeado Representante Especial da Unicef em 2001.
"Desejo que cada pessoa que entra numa das minhas exposições seja, ao sair, uma pessoa diferente.", comenta Sebastião Salgado.
Adepto da tradição da "fotografia engajada” , documentou em 10 livros e em várias exposições premiadas pelo mundo, fotografias das vidas dos “deserdados do mundo”. Fotografou vários eventos, entre eles guerras, movimentos e acontecimentos importantes em diversos pontos do planeta, recebendo praticamente todos os principais prémios de fotografia do mundo como reconhecimento por seu trabalho.
"Creio que toda a gente pode ajudar, não necessariamente dando bem materiais, mas também tomando parte do debate e preocupando-se pelo que sucede no mundo.", completa Sebastião.

Confira alguns trabalhos de Sebastião Salgado:














segunda-feira, 14 de junho de 2010

Da cultura, etc

Danuza Leão

SEMPRE TIVE implicância com algumas palavras, sobretudo com o peso dado a elas, um peso que tema ver quase com o sagrado. A principal delas é cultura, que envolve arte e literatura, entre muitas outras coisas. É perigoso falar desses assuntos, mas esse sentimento existe tão forte dentro de mim que evitá-los seria quase hipocrisia.

Vamos à primeira: cultura. O que é uma pessoa culta? É a que leu todos os livros, esteve em todos os museus, sabe falar, com palavras bonitas - e se forem difíceis, melhor ainda -, sobre os movimentos culturais do passado, do presente e até os que ainda vêm por aí. Sabe tudo sobre história em geral, a Grécia antiga, os romanos etc.; só que para falar sobre essas coisas e passar uma bela impressão de cultura é preciso ter também uma memória privilegiada.

Não adianta um vasto conhecimento sobre todos os assuntos que fazem parte do que se chama cultura, se não tiver memória. Por ter alguma experiência de vida, também implico muito com os "espaços" culturais, talvez por ter visto tanta gente que só tem uma ambição na vida: dirigir um deles. Eles pulam de um para outro e passam a vida às custas da cultura, seja lá isso o que for; são os gigolôs da cultura.Aliás, quem decide o que é e o que não é cultura?

E quem decidiu que esses têm o poder de decretar o que é e o que não é?Há alguma coisa mais vaga do que um centro cultural? E quantos devem existir no Rio e em São Paulo?

Centenas, com toda certeza. Vamos agora à palavra arte; artes plásticas, mais precisamente. Existem, nos dias de hoje, artistas que vendem suas criações por milhares de dólares, e fico feliz por eles. Já outros passam a vida sem conseguir vender um único quadro - olha o exemplo de Van Gogh - e um belo dia passam a ser considerados os melhores da história do mundo.

Eu, que confesso sem nenhuma vergonha não ter um bom olho para a pintura, às vezes gosto do quadro de um pintor famoso, às vezes não; às vezes gosto do quadro de um desconhecido, às vezes não. Mas me recuso a TER QUE gostar de artistas consagrados porque alguns alguéns decretaram que eles são talentosíssimos. Odeio instalações, e me dou ao direito - que todos temos, aliás - de gostar do que eu gosto, sem ir pela cabeça dos críticos.

Agora, a literatura. Escrever, bem ou mal, não dá a ninguém o direito de se achar parte do sagrado mundo literário, e eu gostaria de saber por que razão os críticos da palavra têm o poder de dizer que uma determinada obra é um primor de literatura, ou não. Qual o critério de poder julgar o trabalho dos outros e dizer, do alto de sua sabedoria, o que é bom e o que não é?

Cansei de tentar ler livros altamente considerados como obras-primas e largar nas primeiras páginas, tal o tédio que senti. Aliás, quem quiser se passar por culto é só decorar algumas frases de autores famosos e de vez em quando dizê-las, assim como quem não quer nada, no meio de uma conversa.

Quem decreta que A é um bom pintor, que B é cultíssimo, que o livro C é bom ou ruim? Quem consagraou destrói quem ousa penetrar nesse misterioso mundo da cultura?Quem tem o direito de falar sobre a qualidade do trabalho de um pintor?

Penso que somos, todos nós, únicos, com nossos gostos e preferências, e que devemos olhar para tudo o que é feito em nome da cultura com nossos próprios olhos, e não pelos daqueles que são considerados - não sei por quem - os únicos que sabem.


[Artigo publicado no caderno Cotidiano da Folha de S. Paulo, edição de 23/05/2010.]

domingo, 13 de junho de 2010

FATO

O conformismo é o "morno" da vida... Depois dele, vem o tédio, o mal-estar e em seguida, a morte!

sábado, 12 de junho de 2010

O Tempo (Reloaded)

O tempo é uma coisa tão estranha!
Ele muda, esquenta, esfria... Ao mesmo tempo passa, demora pra passar, passa voando... Mas por que o tempo simplesmente não pára?
Ou volta?
Assim seria mais fácil entender o tempo.
O mesmo tempo de uma partida é o tempo da pipoca ficar pronta. Tudo é relativo.
Mas e o tempo? O que isso tem a ver?
Não sei. Acho que estou mesmo é perdendo tempo mesmo escrevendo asneiras a essas horas da madrugada, mas é que sempre quando me pego pensando nele...

Tempos passados... Tempos modernos!
Mesmo se o relógio parar, o tempo continua correndo.
Quando tento pensar no “tempo” do meu fim de semana, penso na relatividade dele.
No tempo, gasto em voltas em shoppings, tempos perdidos no trem e no metrô, tempo gasto pensando em você, tempo de espera na fila da montanha russa, e tempo andando na mesma.

Tempo em que as pessoas olham nos olhos das outras, tempo em que apenas uma palavra faria diferença, tempo em que abro a porta e apenas uma respiração compensa horas de conversas...
Tempos em que sinto raiva, ciúmes, aversão, e principalmente, o tempo nulo que cada emoção que sinto demora a mudar para o seu oposto.
Será que existe tempo para se sentir algo? Ou tempo para deixar de sentir?
Tempo de crescer? Tempo das pessoas pararem de fingir que tudo esta bem?

Vou passar um tempo fora...
Mas esse “tempo” pré-requisitado será um tempo para mim, um tempo de reflexão, maturidade, adaptação... Tempo egoísta por assim dizer.
Todo mundo deveria ter seu tempo, porque, realmente, o tempo é uma coisa muito estranha!

Espero que o tempo passe...
E que venham bons tempos, tempos de paz.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Mal Estar

Como faze-lo passar?
Esse sentimento, essa vontade de sair gritando?
Por que somos seres que dependemos tanto de afeto para nos completarmos?
Que tipo de ser vivo tem uma fraqueza desse tipo e consegue ser o topo da cadeira alimentar?
Não entendo como isso me afetar tanto.
Ahhhhhhhhhhhhhh...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

terça-feira, 8 de junho de 2010

Das noites insones...

Acordo quando as pessoas já estão almoçando,
Me pergunto o que estão pensando,
Logo levanto e planejo o que será das horas que se seguem,
Mesmo sabendo que será um déjà-vu do dia anteior.

Não sei como suportar, esse eterno sofrimento,
Que não me deixa livre por um momento,
Sem sair do lugar, minha imaginação quer me enganar.


Manipulado, alienado, assim estou condenado,
Nessa eterna súplica por uma mudança...
Um sonho que não será realizado.

As horas se vão, a noite cai,
Eu penso em sair e ver pessoas,
Mas do que adianta ve-las, se permaneço nessa profunda solidão,
Onde esperança é apenas uma lembrança...
Distante...
Destro de uma gaveta de meias, escondida ao lado de um sabonete de cheiro.

As madrugadas enfim,
Trazem o tédio pra mim,
E são longas noites sem fim...

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Carência

Andei pensando a respeito disso. Carência.
Todo mundo tem, não o tempo todo, mas ninguém no mundo pode falar que nunca foi carente nem que fosse por um breve momento.
Carente de amigo, de carinho, atenção... Carente de amor, de sexo.
Agora vai a teoria do mês de junho.
O mês de junho em minha opinião é o pior mês do ano!
O pior dos piores, seguido por Julho, inferno astral.
Continuando...
O mês de junho consegue nos alterar de uma forma que nenhum outro mês consegue.
Primeiro porque é o mês dos namorados. Portanto, se você é do tipo “encalhado” como eu, só se ferra.
Por onde andar, por onde for, você vai ser bombardeado por milhões de mensagens sobre a data. Vai ver seus amigos mais felizes que você trocando presentes, promessas e juras eternas que vão durar mais alguns meses, mas ele tem alguem.
E você? Bom, você vai ler, ouvir, assistir e consumir toda uma infinidade de signos pejorativos que vão te deixar pra baixo, na merda.
Você no fim, fica se sentindo como um lixo, e acaba comprando aquele livro da promoção e dando de presente pra você mesmo, só pra preencher o vazio.
Segundo, porque é o inverno.
Vai chegando junho, começa o frio, você come mais, dorme mais... As pessoas sentem necessidade de ter outra. De dormir juntinho... E mais uma vez, você se sente um bosta.
O cupido parece que tira férias, e os desapegados acabam se encontrando. Muita gente se relaciona pra passar um tempo junto, apenas por pura casualidade... Flecha de cupido? Que nada, isso tá mais pra patada de urso polar.
É só pra esquentar, eu penso. Nada mais. Bah...
Mas o que faz de junho tão abominável é a eterna sensação de falta algo. Que sua vida é incompleta.
E o que pensar nesses momentos? Pra quem pedir conselhos? O que fazer?
É nessas horas que eu paro, e começo a escrever, e quando dou por mim, são 3h48 da manhã, eu já estou com dor nas costas de ficar deitado e escrevendo no notebook de uma forma nada ergonomica, e caio na real: eu continuo sozinho e o pior, carente.

domingo, 6 de junho de 2010

Brilho eterno de uma mente sem lembranças

"Abençoados sejam os esquecidos, pois tiram o melhor de seus equívocos" - Nietzsche

sábado, 5 de junho de 2010

Fotografia na Sociedade

Por Orlando Olivas

Hoje em dia, quando pensamos em fotografia, não pensamos apenas em campanhas publicitárias bem produzidas, com modelos perfeitos, cenários e objetos impecavelmente organizados, casamentos e eventos. A fotografia é necessária, pois ela conta a história de uma epoca.
A fotografia surgiu através do princípio das técnicas da pintura, de experiências realizadas para colocar no papel a imagem obtida através da luz e processos físicos e químicos.
Independentemente do motivo usado para se fotografar, sejam recordações de família, amizades, férias, a fotografia tem a válida função de congelar os momentos da nossa história para que sejam lembrados no futuro.
Atualmente, as pessoas passaram a ter uma nova visão sobre a fotografia. Começaram então a caputar imagens visando mostrar a condição humana, seja denunciando a sociedade ou registrando a história. Exemplos disso são fotografias de manifestações políticas, movimentos como Diretas Já, as copas do mundo etc. Para este tipo de fotografia e a sua função na sociedade, denominamos fotojornalismo.
Já a área publicitária, como já citada, ela tem a função essencial de tentar representar fielmente o produto e despertar no cliente o desejo de possui-lo. Exemplos são fotos de modelos com as roupas de uma determinada marca, veículos, entre outros recursos como banners, folders etc.
Com os avanços tecnológicos, a fotografia passou a ser utilizada em áreas como educação e até mesmo, saúde. Na medicina é possivel fazer imagens para identificar doenças, assim como, na biologia, estudar vegetais e outros seres. Ela é uma forma de conservar informações e características do objeto captado durante a ação do tempo.
Dentro da sociedade existem ainda diversas funções da fotografia além dessas citadas. Portanto, independente da função pretendida, o importante é saber fazer uso da imagem e desta forma colaborar para o despontamento de novos rumos para a fotografia.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Lápide de Carrie

"...Now I wish I could write you a melody so plain
That could hold you dear lady from going insane
That could ease you and cool you
And cease the pain
Of your useless and pointless knowledge..."


("Tombstone Blues" - Bob Dylan)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Os Espelhos

Clarice Lispector

O que é um espelho? Não existe a palavra espelho - só espelhos, pois um único é uma infinidade de espelhos. - Em algum lugar do mundo deve haver uma mina de espelhos? Não são precisos muitos para se ter a mina faiscante e sonambólica: bastam dois, e um reflete o reflexo do que o outro refletiu, num tremor que se transmite em mensagem intensa e insistente "ad infinitum", liquidez em que se pode mergulhar a mão fascinada e retirá-la escorrendo de reflexos, os reflexos dessa dura água.

O que é um espelho? Como a bola de cristal dos videntes, ele me arrasta para o vazio que no vidente é o seu campo de meditação, e em mim o campo de silêncios e silêncios. - Esse vazio cristalizado que tem dentro de si espaço para se ir para sempre em frente sem parar: pois espelho é o espaço mais fundo que existe. - E é coisa mágica: quem tem um pedaço quebrado já poderia ir com ele meditar no deserto. De onde também voltaria vazio, iluminado e translúcido, e com o mesmo silêncio vibrante de um espelho. - A sua forma não importa: nenhuma forma consegue circunscrevê-lo e alterá-lo, não existe espelho quadrangular ou circular: um pedaço mínimo é sempre o espelho todo: tira-se a sua moldura e ele cresce assim como água se derrama.

O que é um espelho? É o único material inventado que é natural. Quem olha um espelho conseguindo ao mesmo tempo isenção de si mesmo, quem consegue vê-lo sem se ver, quem entende que a sua profundidade é ele ser vazio, quem caminha para dentro de seu espaço transparente sem deixar nele o vestí­gio da própria imagem - então percebeu o seu mistério. Para isso há-de se surpreendê-lo sozinho, quando pendurado num quarto vazio, sem esquecer que a mais tênue agulha diante dele poderia transformá-lo em simples imagem de uma agulha.

Devo ter precisado de minha própria delicadeza para não atravessá-lo com a própria imagem, pois espelho que eu me vejo sou eu, mas espelho vazio é que é espelho vivo. Só uma pessoa muito delicada pode entrar num quarto vazio onde há um espelho vazio, e com tal leveza, com tal ausência de si mesma, que a imagem não marca. Como prêmio, essa pessoa delicada terá então penetrado num dos segredos invioláveis das coisas: Vi o espelho propriamente dito.E descobri os enormes espaços gelados que ele tem em si, apenas interrompidos por um ou outro alto bloco de gelo.

Em outro instante, este muito raro - e é preciso ficar de espreita dias e noites, em jejum de si mesmo, para poder captar esse instante - nesse instante consegui surpreender a sucessão de escuridões que há dentro dele. Depois, apenas com preto e branco, recapturei sua luminosidade arco-irisada e trêmula. Com o mesmo preto e branco recapturei também, num arrepio de frio, uma de suas verdades mais difí­ceis: o seu gélido silêncio sem cor. É preciso entender a violenta ausência de cor de um espelho para poder recriá-lo, assim como se recriasse a violenta ausência de gosto da água.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Imperecível

Com você eu fico livre até pra deixar que a minha fragilidade apareça
Tantos anos se passaram e seus olhos não me mostram mais tanta certeza

Por isso eu resolvi encerrar o nosso prazo
Pra ver você sorrindo sem ter que invadir o seu espaço

Com você tudo tomou uma forma estranha com cara de insegurança
Alguns minutos se passaram
Mas eu carreguei comigo uma espécie de mudança

Por isso eu resolvi desfazer o nosso laço
Pra não deixar o tempo pôr as suas mãos no nosso frasco lacrado

Entre você e eu ficou quase tudo intocado
Mesmo que a nossa casa caia de repente
Você vai continuar, aqui, intacto
Na minha vida
Na minha cabeça confusa
A sua vida imprevisível
Deixou a nossa validade invisível
E o meu amor imperecível

terça-feira, 1 de junho de 2010

Uma frase...

"Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."

segunda-feira, 31 de maio de 2010

A cidade é suja e só e isso eu não eu preciso mais ser...

Houve um tempo em que tudo girava ao meu redor
Dos meus desejos e vontades
E todo mundo ria de tudo que eu dizia
E eu dizia um monte de bobagens
Eu achava que tinha de tudo para sempre
Que eu tinha amigos de verdade
Mas a verdade sempre vem bater à porta
A gente tenha ou não vontade

E aquelas pessoas que andavam ao meu redor
Hoje escolheram uma menina
Que por enquanto acredita em tudo que eles dizem
É a mesma história toda vida
O que eu sei eu sei que ela só vai descobrir
Quando ela sair de moda
Um tropeço ensina mais do que o sucesso
E é tudo bem mais claro agora

domingo, 30 de maio de 2010

"Amor é bossa nova, sexo é carnaval"

Por Orlando Olivas

Essa famosa frase da canção “Amor e Sexo” da Rita Lee expressa realmente a diferença entre as duas coisas.
Amor é o maior sentimento de aprovação em relação à uma pessoa, e o sexo é a conseqüência disso... Ou não?
Acontece que, ultimamente, o sexo se tornou uma coisa banal para a maioria das pessoas. A própria mídia exibe em massa assuntos voltados à sexualidade em todos os lugares e horários, sem restrições. Não há mais um tabu, apenas apelo sexual; “Use camisinha!”, acabou se tornando um clichê.
A opinião pública é influenciada e catequizada por esses meios, e a massa acaba acatando para si própria estas informações. Muitas vezes essas informações não são corretas, e muita coisa passa despercebido.
“Acho que o apelo sexual é um meio fácil de obter a atenção do público, que com a carência de cultura, acaba se deixando levar por algo que não necessita de produção ou qualquer criatividade” afirma Cleysa Louise Monteiro, 20 anos.
Os jovens são impulsionados a transar mais cedo a cada dia, e com isso, o número de gravidez não planejada e a propagação de doenças sexualmente transmissíveis são mais freqüentes, já que a preocupação acaba se resumindo em ter a relação.
“Na minha primeira vez, acabei esquecendo de tudo, e acabou não tendo tesão sobre aquilo, apenas o ‘Eu não sou mais virgem’”, relata Matheus F., de 21 anos.
Já os pais, cada vez mais distantes dos filhos, acabam sem ter diálogo com eles.
O sexo se tornou um produto mercadológico, onde o que importa é a embalagem. Modelos perfeitamente torneados, exibem seus corpos semi-nus em propagandas de lingeries e seus rostos que denotam desejo sexual, estão estampados em outdoors por todo os lugares que olhamos, o que acarreta um maior número de pessoas inseguras e depressivas, por se sentirem inferiorizadas pelos seus corpos, e até mesmo, incapazes de se relacionarem, deixando assim, de vivenciar momentos que deveria ser considerados bons para ele.
Matheus completa: “O ato sexual não resume em apenas sentir tesão, ou a quantidade de relações em um pequeno espaço de tempo, e sim na perfeição da relação, a amizade e o amor entre os parceiros.”


Sexo sem pudor

Com a banalização do sexo, fantasias ficaram mais comuns.
Sex’s shops estão mais presentes no mercado, como a indústria de filmes eróticos e pornôs, sites de relacionamentos voltados à captação de pessoas para “encontros”, e uma infinidade de serviços para este segmento. Até a procura de garotos e garotas de programas está aumentando.
T.P.V. de 19 anos manifesta “As pessoas têm que se realizarem em todos os sentidos. Eu vejo fantasias sexuais como realização de desejos ou complemento para pessoas que convivem muito tempo juntas e precisam de algo novo para sair da rotina, é essencial”.
Uma segmentação que conquistou um lugar considerável na mercado, são as chamadas “Casas de Swing”, que consiste em uma boate comum, com seus apetrechos. O clima é mais quente, e o forte é a troca de casais. Algumas mais requintadas, investem em outras práticas sexuais, como o sado-masoquismo, salas somente para voyers, Ménage a Trois, e salas livres para sexo grupal. Há também lugares como estes voltados para o público GLS, como saunas e clubes.
“Um homem só pode dizer com certeza absoluta que ele gosta de mulher, depois do dia em que ele ficar (pelo menos uma vez) com outro homem. A minha sorte foi que, ao experimentar outro homem, descobri que é deles que eu REALMENTE gosto. E encontrei minha cara-metade, e convivo com ele á quase 2 anos e meio.”, anuncia André Achileu Montaldi, 24 anos.
Em baladas, há lugares os chamados "dark-rooms", onde lá tudo é permitido.
Com o avanço da tecnologia, já existe o “sexo virtual”. Pessoas se adicionam em programas de mensagens instantâneas, como o MSN Messenger, e ficam se excitando por palavras e as vezes, por webcam.

Em salas de bate papo, por exemplo, a maior procura de parceiros são de pessoas casadas.
Segundo psicólogos, realizar fantasias sexuais é completamente saudável, porém a preocupação está no numero de parceiros e na ausência de preservativos.
“Hoje o mundo anda muito conturbado, para as pessoas pararem e prestarem atenção em algo, ou tem que ser muito interessante ou apelativo, ou seja, acho normal porem imoral”, declara T.P.V.


Solte a imaginação, mas com segurança!


Bareback

O termo “bareback” (ao pé da letra “traseiro careca”, traduzido também como “cavalgada sem sela”) ficou mundialmente conhecido como prática sexual sem camisinha. Surgiu nos Estados Unidos com casais gays que, apesar de toda a campanha contra a AIDS, insistiam em querer fazer sexo sem preservativo, como uma forma de protesto. Hoje em dia é praticado como “esporte” sexual, uma espécie de roleta russa, onde você corre o risco de ser contaminado ou não pelo vírus da AIDS. Para alguns, é um grupo de pessoas em busca do sexo livre, que realiza festas e promove encontros via Internet para fazer sexo sem camisinha, e se tratam de suicidas. Já para boa parte dos gays, eles significam “um retrocesso das conquistas feitas durante os anos mais duros da epidemia, quando os homossexuais foram os mais atingidos e estigmatizados”.
André confessa “Já pratiquei sim, mas não recomendo, a menos que você conheça a pessoa a ponto de saber que ela não tem uma DST.” Já Cleysa contexta “Nunca fiz, mas já presenciei algumas em baladas GLS, esse tipo de coisa rola com freqüência”.
A mídia vem jogando isso em massa para a sociedade com uma abordagem preconceituosa de promiscuidade de homossexuais, porem, na mídia segmentada para eles, trata-se como um assunto mais sério, mostrando o lado negativo e o positivo, este com glamour, muitas vezes incentivando a prática.

sábado, 29 de maio de 2010

Heroes, a série fora de seu tempo


fonte: http://heroes.seriestv.com.br/viewforum.php?f=5


Heroes foi criada por Tim Kring, transmitida e produzida pela rede americana NBC. Teve sua estréia no dia 25 de setembro de 2006. Naquele ano, a série causou frisson nos amantes de seriados e chegou a ser dito que seria o sucessor natural de Lost devido a trama bem construída e as resoluções do enredo acontecendo gradativamente.


O slogan "pessoas ordinárias, com habilidades extraordinárias" exemplificava com perfeição do que se tratava a série, pessoas comuns ao redor do mundo descobriam possuir habilidades sobre-humanas. Pessoas que têm super-força, outras que lêem as mentes, outros capazes de fazer fogo com as mãos e ainda tinha aqueles agraciados que podiam imitar todas as habilidades daqueles com quem tinham contato. Mas, os poderes eram meros gracejos. O foco e o destaque mesmo daquela promissora série era mostrar como os "super-herois" lidavam com seus problemas corriqueiros.


Exemplos?! Claro! Um deles só se preocupava em se eleger como senador e evitar o fim de seu casamento. O outro tentava conciliar seu emprego e a atenção à esposa. Tinha aquela que se preocupava com a educação de seu filho e fugir dos "mafiosos" com quem seu ex-marido tinha se envolvido. O seriado apresentou ainda assuntos mais "fantásticos" como um filho que buscava desvendar o assassinato do pai, um enfermeiro que tentava entender suas mutações e ajudar os outros e o, provavelmente, destaque de todas as temporadas de Heroes,serial killer em cima do muro. Conflitante com seu passado dramático, indeciso se era um vilão ou mocinho, levando ao máximo as nuances da personalidade humana. Complexo, rico e instigante. Apesar de todos torcermos para que ele fosse derrotado, sempre queríamos que aparecesse mais.


Heroes teve um outro ingrediente para seu sucesso em 2006, o uso de uma mídia que pouco tinha a ver com o "palco" principal que era a TV. A internet foi usada de uma forma diferente, completamente imersiva e que ajudava a completar a experiência do seriado, só que interativo. Vídeos eram liberados, blogs e sites paralelos que ajudavam a desvendar segredos para os mais afincos, os inovadores "websódios" que contavam a história de personagens secundários e claro, quadrinhos.

Depois do desfecho interessante da primeira temporada, os ganchos deixados para a segunda não foram suficientes para salvar a série de sua descida desenfreada rumo ao fracasso. A antes promissora série, substituta de Lost, começava a cair em decadência com a falta de criatividade dos roteiristas. Clichês e mais clichês copiados descaradamente dos quadrinhos, mídia que indiscutivelmente serviu de inspiração para a criação do seriado, não funcionaram para a série. A inserção de novos personagens, praticamente todos sem carisma algum, contribuiu para a queda da audincia. Mas, os maiores erros foram matar a musa forçuda da série e tirar os poderes do personagem mais cativante. Os fãs continuaram acreditando e dando "desculpas" para os erros da equipe de criação, mas, um golpe acabou contribuindo para o desfecho insosso de "Generations"(nome dado a segunda temporada). Em 2007 uma greve de roteiristas assolou Hollywood, os responsáveis pelas histórias de filmes e séries pediam reajustes salariais e diversas séries foram canceladas outras abruptamente tiveram que parar as produções. O caso de Heroes foi este.

A esperança era a terceira temporada. Ah! Esta vã esperança...

Mas, aí não teve jeito. Foi aqui que a série se perdeu de vez. Zilhões de personagens novos. Todos. T-O-D-O-S sem carisma algum. Deram os poderes de volta para o vilão que todos amam odiar, mas, não adiantou. Transformaram nossa musa em uma dama de gelo, um clone, não era a personagem que todos se identificaram na primeira temporada. A líder de torcida que sofria de "crises existenciais" desde a segunda temporada, não quis saber de amadurecer. Colocaram o bom moço supremo, o "Control C, Control V", como uma espécie de vilão, quase sendo capaz de matar e tudo. Nem a simpatia do japonês conseguiu dar certo. As audiências caindo vertiginosamente. E o que importa para quem produz é a audîência. Ela traz os anunciantes que pagam o programa.

Eis que se descobriu o "problema", Heroes diminuía temporada à temporada sua audiência... na TV. A série era sucesso total na internet. Milhares faziam e fazem downloads dos episódios principais, dos spin-offs, dos quadrinhos...Ufa! A série não é um fracasso. É um sucesso... Da Internet. Ainda que sua qualidade tenha decaído com o passar das temporadas, as pessoas continuavam assistindo Heroes. No entanto, como disse acima, o que paga os programas televisivos são os anunciantes. E a internet ainda é um bebê neste sentido. Está crescendo rápido é verdade. Mas, ainda não chegou ao ponto que os investimentos irão "pagar" a produção dos programas.

O tema inovador para uma série televisiva, a interatividade com os telespectadores e "internetespectadores", os quadrinhos, os websódios, os downloads... Foi um sucesso. Contráditório, mas, Peter, Nikki, Claire, Hiro, Noah, Sylar e até mesmo Mr. Muggles foram sucesso.

Heroes, afirmo, depois desta análise que divido com vocês, é a série fora de seu tempo.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Fechem os olhos e abram as mentes

Por Débora Kaoru


Notícias que convém apenas a quem as publica e publicidade de “visão” transformam o público em meros espectadores. Vale tudo na briga pela audiência?



Vemos na mídia de hoje diversas coisas que não acrescentam em nada no quesito informação. As emissoras de TV , por exemplo, transformam a busca por audiência em um ringue de vale-tudo. Não existe mais os padrões éticos e consequentemente o respeito com o público que, nesse caso, não passa de um alvo. Compromisso com a verdade, levar informações de relevância e “não fazer um circo sobre as tragédias” são alguns deveres da mídia. No entanto, não é isso que vemos, ouvimos e lemos diariamente.

A história da TV brasileira conta com episódios que demonstram a mais pura falta de ética. Um deles aconteceu no dia 7 de setembro de 2003, durante o programa Domingo Legal, do SBT. Na ocasião, o apresentador Gugu Liberato, levou ao ar uma entrevista com dois homens encapuzados que afirmavam pertencer ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Os dois elementos fizeram ameaças contra autoridades do estado de São Paulo e apresentadores de programas jornalísticos, do gênero investigativo, das emissoras concorrentes. Uma semana depois, a Polícia Civil de São Paulo abriu inquérito para apurar a autenticidade da entrevista. No dia 17 de outubro, foi descoberto que a matéria havia sido forjada.

Recentemente uma frase do jornalista Boris Casoy, âncora do Jornal da Band, que vazou durante o programa do dia 31 de dezembro de 2009, desencadeou uma polêmica acerca dos princípios e deveres dos comunicadores. “Que merda: dois lixeiros desejando felicidades do alto da suas vassouras. O mais baixo na escala do trabalho.” Apesar de Boris assumir o seu erro, suas palavras serão lembradas por gerações.

Casos como esse, não são exclusividade das emissoras de TV. A publicidade por vezes nos mostra que a verdadeira ética fica bem longe de suas agência de criação. O Grupo Schincariol promoveu o lançamento da cerveja Devassa Bem Gelada no Carnaval de 2010 e exibiu uma propaganda durante todo o feriado com a socialite Paris Hilton. Após os festejos, a propaganda foi tirada do ar pelo Conselho de Autorregulamentação Publicitária (CONAR). Segundo o órgão, o comercial tinha excessivo apelo sexual. A proibição gerou questionamentos, afinal, não é novidade alguma para os brasileiros o “conceito sensual pós – moderno tupiniquim”. Todas as marcas de cerveja do Brasil utilizam ou já utilizaram desse artifício para vender.

O que devemos ter em mente é que, a mídia em geral deve trazer algo que agregue cultura, seja ela histórica, de entretenimento, entre outras. Precisamos de informações de relevância e conteúdos interessantes. Chega de alienação. O público precisa abrir os olhos, ouvidos e, o principal, a mente.