sábado, 26 de junho de 2010

Orgulho da Mamãe

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Fragmentos de um Diálogo

...

@JuniorTidus diz: Onde vc vai ver o jogo?
@BrunoOrtiz diz: Não sei ainda e vc?
@JuniorTidus diz: Na TV provavelmente...
@BrunoOrtiz diz: Não me diga? Oo
@JuniorTidus diz: Er... eu TRABALHO em uma emissora de TV, esqueceu?!
@BrunoOrtiz diz: Ah, eh... rs
@JuniorTidus diz: Er...

...

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sonho com ***

Noite passada eu tive um sonho...
Você estava aqui. Não na minha casa, mas na minha cidade.
Era outro lugar, não lembro onde, talvez nem o conheça.
Só me lembro de detalhes que achei que, quando acordasse, seriam apenas rabiscos e manchas nas minhas lembranças.
Havia uma janela que ficava à frente de um prédio. Era no alto, pois de onde estávamos, podíamos ver as nuvens. Além disso ventava.
A janela estava semi-aberta, o que proporcionava ao ambiente um ar melancólico de um fim de tarde fresco. O sol estava se pondo por entre as nuvens que formavam uma espécie de escudo, impedindo assim, que os raios solares tocassem os corpos nus que estavam sobre a cama.
Lembro-me de estar encostado, nem deitado, nem sentado, na cabeceira da cama, de costas para a jenela.
Você estava por entra minhas pernas, encaixado de uma forma perfeita. Os seus braços envolviam minhas costas, suas mãos na minha nuca...
Você gemia baixo, mas o suficiente para eu, que estava de olhos fechados, sentisse que o momento era especial para ambos.
O movimento era quase que ensaiado, numa velociadade constante... Nossos corpos então suavam, não o suficiente para molhar os lençóis daquela enorme cama de madeira escura, mas o bastante para que nossa pele deslizasse uma sobre a outra, deixando vestigios de nossos desejos.
Inclinei minha cabeça para trás, senti o cheiro da terra molhada. O tempo havia passado e agora, pequenas gotas de chuva tocavam suavemente o vidro da janela, produzindo aquele som melódico e nostálgico.
De fora, vinha o som dos carros. Ele não era nada perto da nossa respiração, agora mais rápida pelo ecstasy do momento.
Sua barba agora roçava meu pescoço.
Mordi sua orelha, enquanto suas unhas estavam passeando por todo o território, agora familiar, das minhas costas. Provavelmente, deixaria marcas no dia seguinte.
Em um movimento brusco, levantou minhas pernas e colocou-as sobre seus ombros.
Agora nossos beijos, acelerados, nos deixavam cada vez mais ofegantes.
De repente, percebi sua postura mudar e ao mesmo tempo, de dentro de mim, senti aquela sensação surgindo. Sem que eu pudesse controlar, senti arrepio, frio, calor... Meus olhos fecharam novamente, o ar custava a entrar nos pulmões e, na fração de segundo seguinte, sobre meu corpo jorrava aquele líquido viscoso que ambos aguardávamos-mos seu manifesto.
Não sentia mais nada. Anestesiado, ainda ofegante e gemendo, pude perceber que nossos gozos foram, como se por acordo, sincronizados.
Podia sentir que ainda estava dentro de mim. Seus braços ainda me envolviam, quando senti minha cabeça girando. Eu precisava permanecer de olhos fechados.
Agora deitados lado a lado, encostei minha cabeça no seu peito e por ali fiquei escutando seus batimentos enquanto recuperava os sentidos.
O vento agora soprava do lado de fora da janela. Havia anoitecido.
Depois de um breve tempo deitados, só me lembro de ouvir sua voz resmungando algo inaudível e eu concordando com a cabeça, ainda de olhos fechados.
E quando senti sua respiração, seu rosto frente ao meu, abri os olhos lentamente.
Você estava sobre meu corpo, inclinado de forma a ficar parado bem sobre meu rosto.
Me deu um pequeno beijo e levantou-se.
Já estava se vestindo, aquela cueca-sunga branca que eu tanto gostava.
Estava de costas pra mim, mas me olhando através do grande espelho retangular que ficava ao lado na porta.
-Pizza? Você perguntou, com o celular já nas mãos.
- Uhum... Resmunguei automaticamente, e segundos depois, mesmo sentindo minha barriga roncar, adormeci.
Quando abri os olhos novamente não senti mais sua presença.
Pela janela, mesmo estando fechada, eu percebi, pela claridade, que o sol já deveria ter nascido à algumas horas. Mas eu estava novamente deitado na minha cama, no mesmo quarto onde, neste momento escrevo estas palavras.
No escuro, sozinho... sem você.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Ensaio sobre a cegueira

"De festa foi o banquete da manhã. O que estava sobre a mesa, além de ser pouco, repugnaria a qualquer apetite normal, a força dos sentimentos, como em momentos de exaltação sucede sempre, tinha ocupado o lugar da fome, mas a alegria servia-lhes de manjar, ninguém se queixou, mesmo os que ainda estavam cegos riam como se os olhos que já viam fossem os seus. Quando acabaram, a rapariga dos óculos escuros teve uma ideia, E se eu fosse pôr na porta de minha casa um papel a dizer que estou aqui, se os meus pais aparecerem poderão vir procurar-me, Leva-me contigo, quero saber o que está a acontecer lá fora, disse o velho da venda preta, E nós também saímos, disse para a mulher o que tinha sido primeiro cego, pode ser que o escritor já veja, que esteja a pensar em voltar para a casa dele, de caminho tratarei de descobrir algo que se coma. Eu farei o mesmo, disse a rapariga dos óculos escuros. Minutos depois, já sozinhos, o médico foi sentar-se ao lado da mulher, o rapazinho estrábico dormitava num canto do sofá, o cão das lágrimas, deitado, com o focinho sobre as patas dianteiras, abria e fechava os olhos de vez em quando para mostrar que continuava vigilante, pela janela aberta, apesar da altura a que estava o andar, entrava o rumor das vozes alteradas, as ruas deviam estar cheias de gente, a multidão a gritar uma só palavra, Vejo, diziam-na os que já tinham recuperado a vista, diziam-na os que de repente a recuperavam, Vejo, vejo, em verdade começa a parecer uma história doutro mundo aquela em que se disse, Estou cego. O rapazinho estrábico murmurava, devia de estar metido num sonho, talvez estivesse a ver a mãe, a perguntar-lhe, Vês-me, já me vês. A mulher do médico perguntou, E eles, e o médico disse, Este, provavelmente, estará curado quando acordar, com os outros não será diferente, o mais certo é que estejam agora mesmo a recuperar a vista, quem vai apanhar um susto, coitado, é o nosso homem da venda preta, Porquê, Por causa da catarata, depois de todo o tempo que passou desde que o examinei, deve estar como uma nuvem opaca, Vai ficar cego, Não, logo que a vida estiver normalizada, que tudo comece a funcionar, opero-o, será uma questão de semanas, Por que foi que cegámos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que vêem, cegos que, vendo, não vêem."

José Saramago

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Lady GaGa em novo CD

Album duplo da cantora chega às lojas
Por Orlando Olivas

Em pleno século 21, a coisa mais difícil de ouvir é: “Nunca ouvi falar de Lady GaGa!”.
Bem ou mal, a cantora norte-americana é o assunto do momento e vem, cada vez mais, conquistando uma legião de fãs por todo o planeta.
Com seu cabelo que está a cada momento de um jeito diferente, e seu visual nada comum, ela fica no topo das paradas a cada música trabalhada. Recentemente ultrapassou a marca de quantidade de singles no topo, deixando Michael Jackson pra trás.
Devido ao sucesso do primeiro cd “The Fame”, a cantora resolveu re-lançar o album em um cd duplo com o nome “The Fame Monster”, que além de 8 novas canções, acompanha todas as faixas do primeiro cd, entre eles “Just Dance”, “Poker Face”, “Lovegame” e “Paparazzi”. Já o novo album é um disco bem temático e algumas faixas tem uma pegada mais sombria, além de um encarte recheado de fotos e letras das suas composições.
Entre as músicas novas, estão “Alejandro” (que é uma homenagem aos seus fãs gays), “Telephone” (dueto com a cantora Beyoncé) e Bad Romance, talvez a canção mais famosa da cantora, e que é considerada por alguns, o hino-pop desta década.
Outro destaque vai para a faixa “Speechless”, que em uma apresentação recente, Lady GaGa a cantou em dueto com Elthon John.
Outros fatos a serem considerados são além de seus clipes chocantes e apresentações que chegam a beirar a insanidade, ela coleciona elogios vindos de vários artistas como Cindy Lauper, Yoko Ono, Kylie Minogue e até os roqueiros da banda Kiss, Marilyn Manson e Ozzy Osbourne.
Segundo os tablóides, a cantora atingiu um nivel de fama tão alto, que pode ser considerada a Madonna dessa geração.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Rendez Vous

Rendez vous é um termo em francês que significa bagunça, bordel, prostíbulo, zona... vulgarmente, pode ser traduzido como muvuca.
Usei este termo para dar ênfase ao estado em que minha mente se encontra.
Estou em um estado de espírito em que minhas emoções se confundem com a razão gerando um choque entre elas. A confusão é tanta, que minhas crises de carência afetiva não podem ser justificadas simplesmente pelo meu transtorno de personalidade diagnosticado há alguns anos.
Na verdade, estou cansado de empurrar tudo com a barriga, a vida, meus relacionamentos.
Deixar o “tudo” pra depois e acabar não vivendo o hoje.
Cansado de concordar que todas as pessoas são promiscuas e indeferente em relação às demais. Que elas continuarão se drogando, mentindo, traindo. Cansado até mesmo de culpar os outros.
Ando mais intolerante do que nunca para o comum, dos sentimentos mundanos e tudo mais.
Tudo tem perdido cada vez mais a graça, meus hobbies me entediam. E eu sinto a constante falta de alguém.
Que pleonasmo é a minha vida, que sarcasticamente chegou a este ponto.
Hoje não consigo pensar no adiante, no amanhã em cumplicidade com alguém... solidão eterna.
E os dias passam...

terça-feira, 15 de junho de 2010

A Função Social do Fotógrafo

Por Orlando Olivas

Se uma foto vale mais do que mil palavras, como contar uma história?
É nesse princípio que se baseia certas vertentes da fotografia. Principalmente fotojornalistas sociais que querem não só ilustrar uma notícia ou mascarar a realidade com fotos produzidas, eles procuram dar um tapa na cara da sociedade com fotos cruas e com sentimento.
Desigualdade social, fome, miséria são apenas o alguns assuntos retratados. São milhares de fotos e fotógrafos com o propósito de ilustrar a vida e o cotidiano das pessoas e a simplicidade de suas vidas. Entre eles, o fotografo brasileiro Sebastião Salgado, que é um dos repórteres fotográficos contemporâneos mais respeitados no mundo e que foi nomeado Representante Especial da Unicef em 2001.
"Desejo que cada pessoa que entra numa das minhas exposições seja, ao sair, uma pessoa diferente.", comenta Sebastião Salgado.
Adepto da tradição da "fotografia engajada” , documentou em 10 livros e em várias exposições premiadas pelo mundo, fotografias das vidas dos “deserdados do mundo”. Fotografou vários eventos, entre eles guerras, movimentos e acontecimentos importantes em diversos pontos do planeta, recebendo praticamente todos os principais prémios de fotografia do mundo como reconhecimento por seu trabalho.
"Creio que toda a gente pode ajudar, não necessariamente dando bem materiais, mas também tomando parte do debate e preocupando-se pelo que sucede no mundo.", completa Sebastião.

Confira alguns trabalhos de Sebastião Salgado:














segunda-feira, 14 de junho de 2010

Da cultura, etc

Danuza Leão

SEMPRE TIVE implicância com algumas palavras, sobretudo com o peso dado a elas, um peso que tema ver quase com o sagrado. A principal delas é cultura, que envolve arte e literatura, entre muitas outras coisas. É perigoso falar desses assuntos, mas esse sentimento existe tão forte dentro de mim que evitá-los seria quase hipocrisia.

Vamos à primeira: cultura. O que é uma pessoa culta? É a que leu todos os livros, esteve em todos os museus, sabe falar, com palavras bonitas - e se forem difíceis, melhor ainda -, sobre os movimentos culturais do passado, do presente e até os que ainda vêm por aí. Sabe tudo sobre história em geral, a Grécia antiga, os romanos etc.; só que para falar sobre essas coisas e passar uma bela impressão de cultura é preciso ter também uma memória privilegiada.

Não adianta um vasto conhecimento sobre todos os assuntos que fazem parte do que se chama cultura, se não tiver memória. Por ter alguma experiência de vida, também implico muito com os "espaços" culturais, talvez por ter visto tanta gente que só tem uma ambição na vida: dirigir um deles. Eles pulam de um para outro e passam a vida às custas da cultura, seja lá isso o que for; são os gigolôs da cultura.Aliás, quem decide o que é e o que não é cultura?

E quem decidiu que esses têm o poder de decretar o que é e o que não é?Há alguma coisa mais vaga do que um centro cultural? E quantos devem existir no Rio e em São Paulo?

Centenas, com toda certeza. Vamos agora à palavra arte; artes plásticas, mais precisamente. Existem, nos dias de hoje, artistas que vendem suas criações por milhares de dólares, e fico feliz por eles. Já outros passam a vida sem conseguir vender um único quadro - olha o exemplo de Van Gogh - e um belo dia passam a ser considerados os melhores da história do mundo.

Eu, que confesso sem nenhuma vergonha não ter um bom olho para a pintura, às vezes gosto do quadro de um pintor famoso, às vezes não; às vezes gosto do quadro de um desconhecido, às vezes não. Mas me recuso a TER QUE gostar de artistas consagrados porque alguns alguéns decretaram que eles são talentosíssimos. Odeio instalações, e me dou ao direito - que todos temos, aliás - de gostar do que eu gosto, sem ir pela cabeça dos críticos.

Agora, a literatura. Escrever, bem ou mal, não dá a ninguém o direito de se achar parte do sagrado mundo literário, e eu gostaria de saber por que razão os críticos da palavra têm o poder de dizer que uma determinada obra é um primor de literatura, ou não. Qual o critério de poder julgar o trabalho dos outros e dizer, do alto de sua sabedoria, o que é bom e o que não é?

Cansei de tentar ler livros altamente considerados como obras-primas e largar nas primeiras páginas, tal o tédio que senti. Aliás, quem quiser se passar por culto é só decorar algumas frases de autores famosos e de vez em quando dizê-las, assim como quem não quer nada, no meio de uma conversa.

Quem decreta que A é um bom pintor, que B é cultíssimo, que o livro C é bom ou ruim? Quem consagraou destrói quem ousa penetrar nesse misterioso mundo da cultura?Quem tem o direito de falar sobre a qualidade do trabalho de um pintor?

Penso que somos, todos nós, únicos, com nossos gostos e preferências, e que devemos olhar para tudo o que é feito em nome da cultura com nossos próprios olhos, e não pelos daqueles que são considerados - não sei por quem - os únicos que sabem.


[Artigo publicado no caderno Cotidiano da Folha de S. Paulo, edição de 23/05/2010.]

domingo, 13 de junho de 2010

FATO

O conformismo é o "morno" da vida... Depois dele, vem o tédio, o mal-estar e em seguida, a morte!

sábado, 12 de junho de 2010

O Tempo (Reloaded)

O tempo é uma coisa tão estranha!
Ele muda, esquenta, esfria... Ao mesmo tempo passa, demora pra passar, passa voando... Mas por que o tempo simplesmente não pára?
Ou volta?
Assim seria mais fácil entender o tempo.
O mesmo tempo de uma partida é o tempo da pipoca ficar pronta. Tudo é relativo.
Mas e o tempo? O que isso tem a ver?
Não sei. Acho que estou mesmo é perdendo tempo mesmo escrevendo asneiras a essas horas da madrugada, mas é que sempre quando me pego pensando nele...

Tempos passados... Tempos modernos!
Mesmo se o relógio parar, o tempo continua correndo.
Quando tento pensar no “tempo” do meu fim de semana, penso na relatividade dele.
No tempo, gasto em voltas em shoppings, tempos perdidos no trem e no metrô, tempo gasto pensando em você, tempo de espera na fila da montanha russa, e tempo andando na mesma.

Tempo em que as pessoas olham nos olhos das outras, tempo em que apenas uma palavra faria diferença, tempo em que abro a porta e apenas uma respiração compensa horas de conversas...
Tempos em que sinto raiva, ciúmes, aversão, e principalmente, o tempo nulo que cada emoção que sinto demora a mudar para o seu oposto.
Será que existe tempo para se sentir algo? Ou tempo para deixar de sentir?
Tempo de crescer? Tempo das pessoas pararem de fingir que tudo esta bem?

Vou passar um tempo fora...
Mas esse “tempo” pré-requisitado será um tempo para mim, um tempo de reflexão, maturidade, adaptação... Tempo egoísta por assim dizer.
Todo mundo deveria ter seu tempo, porque, realmente, o tempo é uma coisa muito estranha!

Espero que o tempo passe...
E que venham bons tempos, tempos de paz.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Mal Estar

Como faze-lo passar?
Esse sentimento, essa vontade de sair gritando?
Por que somos seres que dependemos tanto de afeto para nos completarmos?
Que tipo de ser vivo tem uma fraqueza desse tipo e consegue ser o topo da cadeira alimentar?
Não entendo como isso me afetar tanto.
Ahhhhhhhhhhhhhh...

quarta-feira, 9 de junho de 2010

terça-feira, 8 de junho de 2010

Das noites insones...

Acordo quando as pessoas já estão almoçando,
Me pergunto o que estão pensando,
Logo levanto e planejo o que será das horas que se seguem,
Mesmo sabendo que será um déjà-vu do dia anteior.

Não sei como suportar, esse eterno sofrimento,
Que não me deixa livre por um momento,
Sem sair do lugar, minha imaginação quer me enganar.


Manipulado, alienado, assim estou condenado,
Nessa eterna súplica por uma mudança...
Um sonho que não será realizado.

As horas se vão, a noite cai,
Eu penso em sair e ver pessoas,
Mas do que adianta ve-las, se permaneço nessa profunda solidão,
Onde esperança é apenas uma lembrança...
Distante...
Destro de uma gaveta de meias, escondida ao lado de um sabonete de cheiro.

As madrugadas enfim,
Trazem o tédio pra mim,
E são longas noites sem fim...

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Carência

Andei pensando a respeito disso. Carência.
Todo mundo tem, não o tempo todo, mas ninguém no mundo pode falar que nunca foi carente nem que fosse por um breve momento.
Carente de amigo, de carinho, atenção... Carente de amor, de sexo.
Agora vai a teoria do mês de junho.
O mês de junho em minha opinião é o pior mês do ano!
O pior dos piores, seguido por Julho, inferno astral.
Continuando...
O mês de junho consegue nos alterar de uma forma que nenhum outro mês consegue.
Primeiro porque é o mês dos namorados. Portanto, se você é do tipo “encalhado” como eu, só se ferra.
Por onde andar, por onde for, você vai ser bombardeado por milhões de mensagens sobre a data. Vai ver seus amigos mais felizes que você trocando presentes, promessas e juras eternas que vão durar mais alguns meses, mas ele tem alguem.
E você? Bom, você vai ler, ouvir, assistir e consumir toda uma infinidade de signos pejorativos que vão te deixar pra baixo, na merda.
Você no fim, fica se sentindo como um lixo, e acaba comprando aquele livro da promoção e dando de presente pra você mesmo, só pra preencher o vazio.
Segundo, porque é o inverno.
Vai chegando junho, começa o frio, você come mais, dorme mais... As pessoas sentem necessidade de ter outra. De dormir juntinho... E mais uma vez, você se sente um bosta.
O cupido parece que tira férias, e os desapegados acabam se encontrando. Muita gente se relaciona pra passar um tempo junto, apenas por pura casualidade... Flecha de cupido? Que nada, isso tá mais pra patada de urso polar.
É só pra esquentar, eu penso. Nada mais. Bah...
Mas o que faz de junho tão abominável é a eterna sensação de falta algo. Que sua vida é incompleta.
E o que pensar nesses momentos? Pra quem pedir conselhos? O que fazer?
É nessas horas que eu paro, e começo a escrever, e quando dou por mim, são 3h48 da manhã, eu já estou com dor nas costas de ficar deitado e escrevendo no notebook de uma forma nada ergonomica, e caio na real: eu continuo sozinho e o pior, carente.

domingo, 6 de junho de 2010

Brilho eterno de uma mente sem lembranças

"Abençoados sejam os esquecidos, pois tiram o melhor de seus equívocos" - Nietzsche

sábado, 5 de junho de 2010

Fotografia na Sociedade

Por Orlando Olivas

Hoje em dia, quando pensamos em fotografia, não pensamos apenas em campanhas publicitárias bem produzidas, com modelos perfeitos, cenários e objetos impecavelmente organizados, casamentos e eventos. A fotografia é necessária, pois ela conta a história de uma epoca.
A fotografia surgiu através do princípio das técnicas da pintura, de experiências realizadas para colocar no papel a imagem obtida através da luz e processos físicos e químicos.
Independentemente do motivo usado para se fotografar, sejam recordações de família, amizades, férias, a fotografia tem a válida função de congelar os momentos da nossa história para que sejam lembrados no futuro.
Atualmente, as pessoas passaram a ter uma nova visão sobre a fotografia. Começaram então a caputar imagens visando mostrar a condição humana, seja denunciando a sociedade ou registrando a história. Exemplos disso são fotografias de manifestações políticas, movimentos como Diretas Já, as copas do mundo etc. Para este tipo de fotografia e a sua função na sociedade, denominamos fotojornalismo.
Já a área publicitária, como já citada, ela tem a função essencial de tentar representar fielmente o produto e despertar no cliente o desejo de possui-lo. Exemplos são fotos de modelos com as roupas de uma determinada marca, veículos, entre outros recursos como banners, folders etc.
Com os avanços tecnológicos, a fotografia passou a ser utilizada em áreas como educação e até mesmo, saúde. Na medicina é possivel fazer imagens para identificar doenças, assim como, na biologia, estudar vegetais e outros seres. Ela é uma forma de conservar informações e características do objeto captado durante a ação do tempo.
Dentro da sociedade existem ainda diversas funções da fotografia além dessas citadas. Portanto, independente da função pretendida, o importante é saber fazer uso da imagem e desta forma colaborar para o despontamento de novos rumos para a fotografia.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Lápide de Carrie

"...Now I wish I could write you a melody so plain
That could hold you dear lady from going insane
That could ease you and cool you
And cease the pain
Of your useless and pointless knowledge..."


("Tombstone Blues" - Bob Dylan)

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Os Espelhos

Clarice Lispector

O que é um espelho? Não existe a palavra espelho - só espelhos, pois um único é uma infinidade de espelhos. - Em algum lugar do mundo deve haver uma mina de espelhos? Não são precisos muitos para se ter a mina faiscante e sonambólica: bastam dois, e um reflete o reflexo do que o outro refletiu, num tremor que se transmite em mensagem intensa e insistente "ad infinitum", liquidez em que se pode mergulhar a mão fascinada e retirá-la escorrendo de reflexos, os reflexos dessa dura água.

O que é um espelho? Como a bola de cristal dos videntes, ele me arrasta para o vazio que no vidente é o seu campo de meditação, e em mim o campo de silêncios e silêncios. - Esse vazio cristalizado que tem dentro de si espaço para se ir para sempre em frente sem parar: pois espelho é o espaço mais fundo que existe. - E é coisa mágica: quem tem um pedaço quebrado já poderia ir com ele meditar no deserto. De onde também voltaria vazio, iluminado e translúcido, e com o mesmo silêncio vibrante de um espelho. - A sua forma não importa: nenhuma forma consegue circunscrevê-lo e alterá-lo, não existe espelho quadrangular ou circular: um pedaço mínimo é sempre o espelho todo: tira-se a sua moldura e ele cresce assim como água se derrama.

O que é um espelho? É o único material inventado que é natural. Quem olha um espelho conseguindo ao mesmo tempo isenção de si mesmo, quem consegue vê-lo sem se ver, quem entende que a sua profundidade é ele ser vazio, quem caminha para dentro de seu espaço transparente sem deixar nele o vestí­gio da própria imagem - então percebeu o seu mistério. Para isso há-de se surpreendê-lo sozinho, quando pendurado num quarto vazio, sem esquecer que a mais tênue agulha diante dele poderia transformá-lo em simples imagem de uma agulha.

Devo ter precisado de minha própria delicadeza para não atravessá-lo com a própria imagem, pois espelho que eu me vejo sou eu, mas espelho vazio é que é espelho vivo. Só uma pessoa muito delicada pode entrar num quarto vazio onde há um espelho vazio, e com tal leveza, com tal ausência de si mesma, que a imagem não marca. Como prêmio, essa pessoa delicada terá então penetrado num dos segredos invioláveis das coisas: Vi o espelho propriamente dito.E descobri os enormes espaços gelados que ele tem em si, apenas interrompidos por um ou outro alto bloco de gelo.

Em outro instante, este muito raro - e é preciso ficar de espreita dias e noites, em jejum de si mesmo, para poder captar esse instante - nesse instante consegui surpreender a sucessão de escuridões que há dentro dele. Depois, apenas com preto e branco, recapturei sua luminosidade arco-irisada e trêmula. Com o mesmo preto e branco recapturei também, num arrepio de frio, uma de suas verdades mais difí­ceis: o seu gélido silêncio sem cor. É preciso entender a violenta ausência de cor de um espelho para poder recriá-lo, assim como se recriasse a violenta ausência de gosto da água.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Imperecível

Com você eu fico livre até pra deixar que a minha fragilidade apareça
Tantos anos se passaram e seus olhos não me mostram mais tanta certeza

Por isso eu resolvi encerrar o nosso prazo
Pra ver você sorrindo sem ter que invadir o seu espaço

Com você tudo tomou uma forma estranha com cara de insegurança
Alguns minutos se passaram
Mas eu carreguei comigo uma espécie de mudança

Por isso eu resolvi desfazer o nosso laço
Pra não deixar o tempo pôr as suas mãos no nosso frasco lacrado

Entre você e eu ficou quase tudo intocado
Mesmo que a nossa casa caia de repente
Você vai continuar, aqui, intacto
Na minha vida
Na minha cabeça confusa
A sua vida imprevisível
Deixou a nossa validade invisível
E o meu amor imperecível

terça-feira, 1 de junho de 2010

Uma frase...

"Minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite."