segunda-feira, 7 de junho de 2010

Carência

Andei pensando a respeito disso. Carência.
Todo mundo tem, não o tempo todo, mas ninguém no mundo pode falar que nunca foi carente nem que fosse por um breve momento.
Carente de amigo, de carinho, atenção... Carente de amor, de sexo.
Agora vai a teoria do mês de junho.
O mês de junho em minha opinião é o pior mês do ano!
O pior dos piores, seguido por Julho, inferno astral.
Continuando...
O mês de junho consegue nos alterar de uma forma que nenhum outro mês consegue.
Primeiro porque é o mês dos namorados. Portanto, se você é do tipo “encalhado” como eu, só se ferra.
Por onde andar, por onde for, você vai ser bombardeado por milhões de mensagens sobre a data. Vai ver seus amigos mais felizes que você trocando presentes, promessas e juras eternas que vão durar mais alguns meses, mas ele tem alguem.
E você? Bom, você vai ler, ouvir, assistir e consumir toda uma infinidade de signos pejorativos que vão te deixar pra baixo, na merda.
Você no fim, fica se sentindo como um lixo, e acaba comprando aquele livro da promoção e dando de presente pra você mesmo, só pra preencher o vazio.
Segundo, porque é o inverno.
Vai chegando junho, começa o frio, você come mais, dorme mais... As pessoas sentem necessidade de ter outra. De dormir juntinho... E mais uma vez, você se sente um bosta.
O cupido parece que tira férias, e os desapegados acabam se encontrando. Muita gente se relaciona pra passar um tempo junto, apenas por pura casualidade... Flecha de cupido? Que nada, isso tá mais pra patada de urso polar.
É só pra esquentar, eu penso. Nada mais. Bah...
Mas o que faz de junho tão abominável é a eterna sensação de falta algo. Que sua vida é incompleta.
E o que pensar nesses momentos? Pra quem pedir conselhos? O que fazer?
É nessas horas que eu paro, e começo a escrever, e quando dou por mim, são 3h48 da manhã, eu já estou com dor nas costas de ficar deitado e escrevendo no notebook de uma forma nada ergonomica, e caio na real: eu continuo sozinho e o pior, carente.