terça-feira, 8 de junho de 2010

Das noites insones...

Acordo quando as pessoas já estão almoçando,
Me pergunto o que estão pensando,
Logo levanto e planejo o que será das horas que se seguem,
Mesmo sabendo que será um déjà-vu do dia anteior.

Não sei como suportar, esse eterno sofrimento,
Que não me deixa livre por um momento,
Sem sair do lugar, minha imaginação quer me enganar.


Manipulado, alienado, assim estou condenado,
Nessa eterna súplica por uma mudança...
Um sonho que não será realizado.

As horas se vão, a noite cai,
Eu penso em sair e ver pessoas,
Mas do que adianta ve-las, se permaneço nessa profunda solidão,
Onde esperança é apenas uma lembrança...
Distante...
Destro de uma gaveta de meias, escondida ao lado de um sabonete de cheiro.

As madrugadas enfim,
Trazem o tédio pra mim,
E são longas noites sem fim...