terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Estranho

Estranho é pensar que posso seguir em frente sem você
Sem acordar com o cheirinho da sua respiração
Sem sentir o seu toque diariamente
Sem ter alguém pra quem retornar após um dia cansativo de trabalho.

Estranho é pensar em te esquecer
E ignorar todos os últimos melhores 13 meses da minha vida
Ao lado da pessoa mais atrapalhada e encantadora do mundo
E fingir que nada aconteceu durante esse tempo.

Estranho seria te ver partir
E desperdiçar cada gosta de suor, lágrimas e choros em vão
E nada disso ter valido a pena
Voltar a ser um Junior de ninguém.

Estranho seria passar por cima de tudo o que acredito
E pensar que tudo o que mudamos um pelo o outro possa não ter valido a pena
Seríamos apenas desconhecidos, seguindo cada um o seu rumo
E se entregado a uma pessoa aleatória.

Estranho seria se eu não tivesse te conhecido por acaso
Dentro de um supermercado e te amado por uma semana
E te esperado do outro lado do Atlântico por 1 mês e meio, e ter começado uma vida nova em um Natal
E te entregado meu coração, e te prometido amor eterno.

Estranho seria se eu não me apaixonasse por você!

domingo, 25 de dezembro de 2011

Pecador sem inocência

Estou sentado em um banco de rodoviária
Observo o sol distante irradiando seus primeiros e preguiçosos raios.
Nostalgia... Lágrimas... Solidão...
Entre olhares tristes e pensamentos obscuros, me perco no nada.
Impossível ficar calmo.
Coração acelerado, boca seca sentindo o amargo da culpa.
Não consigo entender em que esquina troquei nosso amor por um pedaço de frustração mal passada, servida em um prato frio de um boteco qualquer.
Cheiro de éter e esgoto... Não sei mais se sinto frio ou calor, só consigo sentir a ansiedade de ver seu rosto novamente.
Deixei familiares para me dedicar à mais uma tentativa incerta de você, sem argumentos ou julgamentos... sem arrependimentos, apenas amor...
Neste momento, meu temores me assombram e eu começo a entender letras de músicas que apenas passariam em vão, mas que agora fazem sentido.
Olho o relógio, apenas 5 minutos passaram.
Não tenho planos, nem artifícios prontos para me munir a nosso favor.
Angústia...
Me sinto aos pedaços, tentando me recompor com crenças alheias. Tento fazer essas palavras significarem algo para mais alguém além desse hedonista rapaz sem um destino, que segue por um caminho duvidoso, onde as direções se confundem e se misturam com expectativas de um futuro melhor...
Babaquisse, penso, e me viro.
Uma lágrima escorre pelo meu rosto pálido e gelado.
Fecho esse caderno, respiro fundo e espero meu ônibus.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Saudades...

Mais uma vez me pego sentado em frente a uma máquina , na qual sem saber o motivo , encontro paz e o tão sonhado companheirismo... patético. Mas enfim, aqui estou novamente para tentar colocar no “papel” tudo aquilo que não consigo falar, tudo aquilo que prendo comigo mesmo, que entristece o coração.

A manhã me acorda, naturalmente, sem o barulho do celular tocando, não mais. Todos os sonhos se foram, como a noite que passou, ficou no ontem, ficou no passado. Então a pergunta que não quer calar em minha mórbida mente: Por que estamos tão longe?

Será que o inventor da distância, não tinha com quem se preocupar? Ou se preocupou tanto que chegou ao ponto de não poder mais se ver perto da pessoa querida, e então a pôs para longe dele?

Seja qual for a resposta... nunca entenderei, porque estamos tão adeptos com a situação. Seria a distância a solução para corações partidos? Ou seria a conseqüência de uma desastrosa façanha? Não sei a resposta.

A única coisa que sei é que quanto mais me preparo para nosso encontro, mais longe sinto que fico de ti. As paranóias que me rodeiam, me fazem ser um homem inseguro, um homem sem força para dar o próximo passo, ou melhor: para dar o primeiro passo. Ainda procuro a solução da distancia a solução para dar o primeiro passo, a solução para ser uma pessoa melhor... Mas a única solução que vem a minha mente, e que a muito atormenta meu coração é o seu nome.

Mm nome tão lindo, um nome que quando falo para mim mesmo sinto com se estivesse vindo do mais fundo dos paraísos, das mais virgens e belas matas, das flores com as mais belas cores, das melodias raras dos pássaros andinos... Um nome, que não consigo descrever com palavras adeptas ao me vocabulário, um nome que apenas posso descrever com a obra prima mais perfeita de toda uma criação.

A noite cai novamente, o dia mais uma vez se torna invisível, o dia se torna o mim mais uma vez... E some. O dia, quando a noite se cai deve se sentir, como eu me sinto, um imprestável... Vendo a poderosa lua se erguer e tomar o grandioso lugar da estrela mais brilhante e mais inexplicável de todo o universo. Assim me sinto. Mas ao invés do dia, que somente a noite é a sua inimiga, a sua concorrente, possuo inúmeros concorrentes, não inimigos. Até o momento, não.

Ah... como sinto sua falta, mais uma noite, mais oitos horas que vou ficar sem o seu lindo e deslumbrante sorriso.

Nessa noite, quero sonhar que a nossa distancia foi transformada em migalhas, e que corvos venham devorá-la, assim como ela faz com nossos corações, corações tão jovens. Quero sonhar que estou muito perto de ti, tão perto que poderia confundir as batidas de nossos corações, sentir a falta de ar, e sentir que nunca mais iríamos nos separar novamente. Sonho.

Durmo agora. Durmo com intuito de acordar pensando em ti, com o intuito de viver mais um dia atordoante em meio a nossa sociedade que ao mesmo tempo é tão evoluída é também tão homens das cavernas, todo sofrimento se cala a sua beleza de tão grande magnitude. Eu te amo, mas não sei se você pode compreender o quanto.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Soneto livre de desabafo


Ciume doentio
É como uma cortina sobre a verdade
A mente distorce a realidade
E vê-se o que se quer ver.

Curar um amor ferido
Com uma noite de sexo com um desconhecido
Espero que traga alívio
E satisfação pro seu mundo pessoal.

Uma dose de tequila para amargar a alma
Uma de culpa para espantar a calma
Brindando a noite inteira... em claro.

Amanhã será outro dia
O primeiro de muitos outros que se seguirão
Ser palhaço, é diferente de pedir perdão.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Lástima


"Abri bem os olhos
Ceguei os meus sentidos
Quando te vi passar
Do ponto do perigo
Cai do equilíbrio
Ao seu encontro sem sair do lugar
Mas já é tarde
Meu sangue agora arde
Nesse carro a me guiar
Rasgando a sua roupa sem te tocar
O vento a me cortar a pele gelada
Depois que me marcou com sua faca sem fio"

O tempo passa e eu fico na dúvida se eu quero que ele volte ou apenas
continue passando...

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Aqui jaz um rapaz


Sua frieza me surpreende
Não me acostumo com esse seu jeito
Foda-se de ser

Queria ser tão seco
De sentimentos e pensamentos
Para que minha existência
Não passasse em vão
Pela calçadas desse lugar
Que já nem lembro mais o nome

Latidos e o ruído do ventilador
É somente isso que escuto
Meu coração está gelado
Meus olhos ardem
E não consigo pensar em outra coisa
que não seja você

Pare com esse seu disfarce de santo
sua carapuça mesquinha de ser carinhoso
Me destrua logo com suas frases prontas
Rasgue meus ouvidos apenas com um "não"
E me deixe aos prantos
Até que eu me canse de negar o inevitável
E sinta a lamina rabiscando meu corpo
O calor de meu sangue ao escorrer pelos meus dedos finos
E meu ultimo suspiro chamando o seu nome.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Meu Primeiro Refrão

"Dia após dia
Me despeço de você
Engano a minha mente
Não consigo te esquecer

 Madrugada em claro
Pensando em mudar
Promessas eu faço
Para nunca mais te amar."

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Conhaque

Quero entregar a alma
Minha mente está em seu caos
Preciso me esquivar com calma
Antes que mergulhe em água e sal.

Parece até mentira,
Palavra não nos bastam mais
Inventamos outra poesia
Tentando explicar o que nos atrai.

Será que o meu mal é também o seu?
Não sei se eu estou na frente
Ou foi você quem correu
O tempo pareceu uma bebida forte demais pra nós
Subiu depressa
Mas nunca estávamos a sós.

Sinto que você se esquece
Meu silêncio te faz lembrar
Enquanto meu conhaque aquece
Vejo minha casa desmoronar

As vezes passo o dia
Falando de mim demais
Parece que eu já sabia
A nossa sincronia não sabe o que faz

sábado, 12 de novembro de 2011

"Felicidade pra mim não é carro importado ou passaporte carimbado.
É viver com quem se ama e acordar todos os dias ao seu lado."

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

We're ten thousand miles apart...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

I spoke up yesterday to shut up metal, Angélica

domingo, 18 de setembro de 2011

A noiva mais linda do mundo


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Música Relevante

"Você precisa de alguém que te dê segurança, senão você dança..."

sábado, 10 de setembro de 2011

Piscar o Olho

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Encarnado

Estava exposto e todos me olhavam.
"Para, com isso, não sou vitrine.", pensei.
Foi um susto no inicio, mas meu coração não disparou.
Eu estava intacto, por dentro inquieto tentando me mexer, mas todos os meus esforços eram em vão.
Meus olhos estavam tão fechados que parecia que tinham sido colados com "super bonder". Mas eu SENTIA que a atenção estava voltada a mim, aqueles olhares...
Também não conseguia ouvir nada além de choros e consolos. Será que eu estava perdendo minha audição?
Senti alguém se aproximar e suas lágrimas cairam sobre meu corpo com um ruido seco e sem vida.
De repente, um toque na minha mão gelada... e um "Adeus".
"Hey, Eu não quero ir. Aliás, pra onde vocês estão me levando?", tentei falar mas nenhum som saiu da minha boca.
Reconheci algumas vozes.
Um barulho e senti a escuridão tomar conta do ambiente.
Mesmo com o som abafado, senti que estava em movimento...
Ouvi passos...
TUDO PAROU.
De repente lembrei de tudo, de estar no cruzamento da Av. Andrômeda com a Rua Draco e atravessar a rua sem hesitação assim que o sinal ficou vermelho.
Em uma fração de segundos estava novamente dentro da minha nova casa.
Era fria, e calma. Pensei em como foi indolor aquele carro vermelho bater no meu corpo com tanta velocidade.
Apenas um piscar de olhos, nem houve seque um ultimo suspiro.
BRUM...
Alguma coisa caira sobre minha casa.
Talvez estivesse chovendo muito, mas não... o barulho parou.
BRUM... novamente, o que estava acontecendo?
O barulho continuou, ficando cada vez mais baixo até cessar.
Solidão! Nada mais ouvia, nem via, sentia...
Eu estava agora enterrado. E triste, afinal havia tanta coisa ainda a se fazer.
Tantos beijos para dar no meu grande amor.
Guardei dinheiro para quê?
Queria ver o meu sobrinho crescendo e entrando pra faculdade.
Queria...
Mais nada sentia. Apesar de conseguir ver uma porta à minha frente, não conseguia deixar esse corpo que um dia me pertenceu.
E pior que isso, não sabia que sentiria cada verme da terra comendo a minha carne.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Mergulho

Na primeira noite, ele sonhou que o navio começara a afundar.
As pessoas corriam desorientadas de um lado para outro no tombadilho, sem lhe dar atenção. Finalmente conseguiu segurar o braço de um marinheiro e disse que não sabia nadar. O marinheiro olhou bem para ele antes de responder, sacudindo os ombros: "Ou você aprende ou morre".
Acordou quando a água chegava a seus tornozelos.

Na segunda noite, ele sonhou que o navio continuava afundando. As pessoas corriam de outro para um lado, e depois o braço, e depois o olhar, o marinheiro repetindo que ou ele aprendia a nadar ou morria. Quando a água alcançava quase a sua cintura, ele pensou que talvez pudesse aprender a nadar. Mas acordou antes de descobrir.

Na terceira noite, o navio afundou.

domingo, 4 de setembro de 2011

Adultério


Adultério é um assunto a se pensar, concorda?
Pense bem, é uma técnica milenar de manipulação humana com o propósito de beneficiar um sentimento pobre e mesquinho de prazer ilícito.
Porra, acabei de criar uma definição técnica da palavra.
Enfim... Valores. E os valores com isso?
Eu lhe digo, não há valor algum.
Nem religioso, filosófico, nem caralho nenhum. (não disse no post anterior que usaria palavras chulas?)
Valor de cú é rola!

Uma pessoa pode olhar nos seus olhos, estar casada, dividir tarefas, afazeres, alegrias, tristezas e experiências com você e mesmo assim te foder pelas costas.
Sim, foder LITERALMENTE!
Na primeira viagem a trabalho ou até mesmo nas escapadas do dia a dia, ela se vai por algumas horas com algum desconhecido.
E a cara lavada? E as mentiras? Essa é a discução que abrirei aqui em duas crônicas diferentes: "traição" e "traído".

Aguarde os futuros posts.

sábado, 3 de setembro de 2011

Doce Ilusão

Dois meses. Foi o tempo que fiquei sem escrever neste humilde blog.
Humilde não pela sua estrutura e essência, mas por essa meia dúzia de palavras vazias e sem fundamento.
Palavras que talvez só façam sentido para quem vos escreve.

Dois meses foi o tempo necessário para tamanha transformação na minha vida. Momentos angustiantes e gloriosos.
Miscelania de sentimentos e novas sensações.
Agora de decisão tomada, lhes afirmo: Estou de volta!

De volta para esse mundo digital alienado.
Vomitarei por algum tempo todas as minhas máguas e pensamentos obscuros.
Farei rimas pobres e usarei linguagem chula, como de costume.
E proporcionarei a todos vocês (cerca de um leitor por mês), o teatro de horrores de minha própria alma, doa a quem doer.

e_njoy ;)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Uma Fábula Chatinha

Sentado à beira do caminho, o homem cansado ficou quieto, espiando a vida que passava.
Era uma vez um homem cansado que ia indo por um caminho. Tinha passado do meio-dia, a tarde estava ficando muito quente. No ar azul e claro não soprava nenhum vento, O homem procurou a sombra de uma árvore, sentou e ficou ali, quieto.
Até que passou um surfista. Ia de moto, sem camisa, a bermuda colorida, a prancha amarrada na garupa da moto. Abanou para o homem sentado, mas ele não se mexeu.
“Coitado” — pensou o homem. — “Vai indo assim todo animado. Parece que não sabe que vai morrer um dia.”
Remexeu a areia com um pedacinho de pau, mas sem prestar atenção. Então passou uma velhinha que parecia saída de um livro de histórias infantis. Usava um vestido escuro, comprido, e carregava no ombro uma dessas latas de metal, cheia de leite. Caminhava muito depressa.
“Coitada” — pensou o homem. — “Velha desse jeito, pra que tanta pressa? A morte vai chegar logo — e aí?”
Acendeu um cigarro, ficou soltando anéis de fumaça contra o céu cada vez mais azul. Aí passaram duas moças de braço dado. Parecia que recém tinham tomado banho, tão fresquinhas estavam. Os cabelos ainda molhados brilhavam ao sol. Cochichavam e riam muito, olhando o homem sentado, que nem olhava para elas.
“Coitadas” — o homem pensou. — “Tão assanhadinhas. Ah, se elas soubessem que a morte existe e pode chegar a qualquer momento...”
Ficou um rastro de perfume no ar, mas ele nem respirou mais fundo nem nada. De repente um passarinho começou a cantar, no galho bem acima dele. Ouviu um pouco, depois cuspiu de lado.
“Coitado” — o homem pensou. — “Esse idiotinha fica cantando à toa, de repente vem um moleque, joga uma pedra e pronto, acabou.”
Estendeu as pernas, mas logo as recolheu assustado. De longe, vinha um barulho forte como o de um exército em marcha. O homem fixou bem os olhos na curva da estrada. Até que apontou um elefante lá longe. Depois vieram tigres, macacos, camelos, mágicos, equilibristas: era um circo passando. Os palhaços fizeram micagens especiais para ele, mas o homem não deu atenção. A bailarina, equilibrada num pé só sobre o pônei branco, jogou uma rosa vermelha de tule a seus pés, mas ele não apanhou.
“Coitados” — pensou o homem. — “Quanta ilusão. Um dia o circo pega fogo, a morte chega e de que serviu essa alegria toda?”
Com a ponta do pé, empurrou para longe a rosa vermelha. Nesse momento, ia passando um casal de namorados. O rapaz pegou a rosa, sacudiu para afastar a poeira, depois colocou-a nos cabelos da moça. Ela sorriu, e agradeceu com um beijo. Ele respondeu com outro, ela com outro — e assim foram indo, aos beijos, até sumirem.
“Coitados” — pensou o homem. — “Amor, amor: não tem besteira maior. Casam, têm filhos, ficam velhos, doentes. Um dia morrem e pronto.”
A tarde quase já tinha virado noite, quando um vulto encapuzado veio se aproximando. Ele precisou apertar os olhos para ver melhor. Mesmo assim, não via direito a cara do vulto que se aproximava cada vez mais, até parar bem na frente dele.
— Quem é você? — o homem perguntou. A figura afastou o capuz, mostrou os dentes arreganhados e disse:
— Sou a Morte. Posso sentar ao seu lado?
O homem deu um pulo.
— Não — ele disse. — Já está ficando tarde e eu ainda tenho muito o que fazer.
Virou as costas e saiu correndo, sem olhar para trás.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011


No ponto entre a curiosidade e a conclusão decepcionante! Ou paro agora e perdoo sem ir a fundo, ou mergulho tão profundamente sem volta.

domingo, 28 de agosto de 2011

Eu poderia ter te amado pra sempre


segunda-feira, 4 de julho de 2011

A primeira matéria de um foca

O gravador parou. Minha mente trabalhava na velocidade da luz. A mão,
por sua vez, tentava incansavelmente seguir o pensamento. Sabe aquele
frio na barriga? Aquele que acompanha seus maiores sonhos? Ele estava
ali. Da mesma forma que o dicionário de português sobre a mesa, o
manual do foca, o Google, o café com aquele típico odor viciante e
toda a minha transpiração por escrever uma matéria que emplacasse na
mídia.

Lembro-me bem das críticas construtivas de grandes mestres que tive o
prazer de chamar de professor. Lembro-me também dos puxões de orelha,
dos textos mal escritos e das teimosas vírgulas que se espalhavam
erroneamente nas frases. Em suma, todo aquele árduo trabalho de
aperfeiçoamento valeu o esforço. Sou jornalista.

Envolto em pensamentos, a caneta corre, a mão corre, a mente divaga na
melhor sobreposição de ideias e léxicos simples. Será que estou sendo
conciso e claro o suficiente? A borracha entra em ação. Engraçado
estar sentado ali, sob o olhar dos jornalistas veteranos. Vê-los
escrever me transporta para um mundo em preto e branco, jamais brando,
jamais neutro, mas quase perfeito. Alguém me cutuca: “Foca, o chefe me
pediu para avisá-lo sobre o seu deadline, ele está mais apertado.
Talvez seja necessário um pescoção”. Um sorriso nervoso e teimoso se
fixa em minha face, tal como o pensamento “pseudopositivo”: um
pescoção e um voto de confiança do diretor ou o meu próprio pescoço em
uma bandeja de garçom.

Lembro-me dos prazos da faculdade, dos trabalhos em grupo e
individuais. De Max Webber, Karl Marx, João Batista Natali, José
Hamilton Ribeiro, entre tantos outros grandes mitos do jornalismo. E
quanto a mim? Será que, num futuro próximo, estarei estampado em algum
best-seller do tipo: “A História de um Foca de Sucesso”, “As
Peripécias de um (des)focado” ou “O Foca de Neve e os Narizes de
Cera”? Continuo escrevendo a matéria, envolto em pensamentos.

É engraçado observar certas particularidades do mundo da comunicação.
Estamos em constante rotatividade no mercado e, sinceramente, ele
exige do jornalista cada vez mais e, infelizmente, paga cada vez
menos. O que sobra de tudo isso é o amor à profissão que não exige
diploma. Assessoria, impresso, web, telejornalismo. Todos nós lutamos
por um mundo melhor, utópico para os veteranos, mas para mim isso
ainda continua muito latente.

Desta vez o telefone toca: “Foca, pois não?”. Uma voz conhecida do
outro lado da linha: “Oi, querido, consegui o telefone pela editoria
de cultura. Comeu direitinho?”.

Era a senhora minha mãe.

Após fingir se tratar de um assunto de extrema importância, desliguei.
Dessa vez o meu pescoço quase caiu, ruborizado. Lembrei-me do filme
“Jogue a mamãe do trem”. Sorri. Continuei escrevendo.

Brincadeiras à parte, cafés à parte, suadouro de todo e qualquer
novato em sua primeira matéria: lá estava ela. Com um formato limpo,
claro, desenrolado. Um corpo lindo de matar. Era a musa da minha vida
e melhor, quase pronta para ir à sala do Revisor. Uma pincelada aqui,
um bordado ali, uma costurada na fala de fulano e, pronto! Paixão
avassaladora. Mal podia acreditar que depois de todo um expediente
puxado resultasse uma matéria tão bem escrita. Quase fui aos prantos.
É sério.

Já na sala do Diretor, sentei-me em sua frente e não consegui segurar
os pequenos espasmos imperceptíveis e calafrios microscópicos. Na sala
éramos três: eu, o Diretor e o maldito frio na barriga. O seu olhar
compenetrado sobre a matéria durava uma eternidade, maior até que o
tempo que tive para escrevê-la.

Por fim, o feedback:

— Foca, a matéria está linda! Sublime! Vamos publicar, sim. Parabéns,
garoto, você vai longe.

Fechei os olhos por um instante e nesse pequeno espaço de tempo, entre
o fechar e o abrir dos olhos, senti o frio na barriga se esvaindo de
mim e deixando apenas o gosto de missão cumprida. A saliva pesava na
boca da mesma forma que a palavra “sublime” latejava em minha mente. A
matéria seria publicada.

Desde então, meu gravador jamais parou.




Por Ana Paula Guedes

*Foca, em linguagem jornalística, é o jornalista bem no início de
carreira, recém-saído da faculdade.

**Pescoção, no universo das redações, é a jornada dupla de
sexta-feira, quando, além do jornal do sábado, os jornalistas também
precisam finalizar a edição de domingo. O expediente normalmente se
estica longamente madrugada adentro, daí a expressão.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

(I CAN’T GET NO) SATISFACTION

Como explicar essa sensação? Esse vazio no peito? Essa sensação que sua vida está incompleta?
Dia após dia, você acorda, vê os mesmos rostos, faz as mesmas coisas, do mesmo jeito, frequenta os mesmos lugares.
Não que não esteja feliz, felicidade é outra coisa. Mas o que eu quero lhe dizer, caro leitor, é de satisfação.
De que está fazendo a coisa certa, de conseguir algo... tudo caiu em rotina.
Minha vida é uma eterna rotina.
É tão errado assim ansiar por essa agitação de querer deixar essa valsa mais rock n’ roll?
Sempre tive essa ambição. Ambição por satisfação.

(pausa no texto, estava escutando “Rolling Stones” agora... rs)

Continuando... Não sei mais o que escrever por hoje! Talvez seja apenas tédio, talvez não.

Pronto, é isso!
FIM.

sábado, 18 de junho de 2011

Pop Up

O PROGRAMA POP UP É UM PROJETO PILOTO DE TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DE ORLANDO OLIVAS (@juniortidus) E DÉBORA KAORU (@dekaoru), ESTUDANTES DE JORNALISMO DA UNIVERSIDADE BRAZ CUBAS



Neste bloco apresentamos o Centro Cultural de Suzano (onde todo o programa foi gravado), abordaremos a influência da internet na vida dos jovens (com opinião deles e de uma psicóloga) e também sobre a fama instantânea na internet (entrevista com a banda 2ois e com Phelipe Cruz, jornalista por trás do blog Papel Pop). Além disso, uma entrevista exclusiva com a webstar Ximbica.



Já neste bloco abordamos a internet e o cenário alternativo. Entrevista com Asuka (do blog Roxy Style) e a apresentadora Marimoon. Também ouvimos a opinião da galera sobre o tema, falamos de YOUPIX e apresentamos a agente cultural do Pop Up. De quebra, uma entrevista exclusiva com a cantora Megh Stock.




No último bloco, uma entrevista com a vocalista da banda belga Vive la Fête, Els Pynoo. Quadro "Vai Com Fé" com Eduardo Zugaib, Lady GaGa e X-Men Primeira Classe. E pra fechar com chave de ouro, uma palinha da música nova de Megh Stock, "Em Voz Alta", especialmente pra o Pop Up.


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ATUALIZAÇÃO DIA 22/06: DIVULGADA A NOTA DO TCC = 10

domingo, 12 de junho de 2011

Apresentando o Pop Up

Vídeo de apresentação do Piloto do Programa Pop Up com embasamento de vários profissionais e pesquisa de campo. Entrevista com os jornalistas Orlando Olivas, Débora Kaoru, Soninha Francine, Lenina Velloso e o historiador Leandro Bassini.





Produção: Orlando Olivas e Débora Kaoru
Narração: Mirielly de Castro
Texto e Edição: Orlando Olivas e Débora Kaoru
Revisão: Saulo Tiossi
Edição de Imagem: William Pacheco
Arte: Marcelo Carloni

sábado, 4 de junho de 2011

Making Of do TCC *_*

quinta-feira, 2 de junho de 2011

3%







segunda-feira, 23 de maio de 2011

Vídeo Institucional



Video Institucional do Parque Municipal de Mogi das Cruzes que eu produzi (Eu como integrante da Equipe "Boigy" trabalho acadêmico da Universidade Braz Cubas que foi doado para a Prefeitura Municipal de Mogi das Cruzes)

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Em disparada

O amor é uma coisa estranha. E os relacionamentos, mais complexos.
Nada é como parece ser, ou melhor, nada NUNCA é como a gente espera.
É sempre mais gostoso do que você acredita que será e o mesmo tempo, é infinitamente mais dificil do que você jamais esperou.
É como se você entrasse em um taxi com alguém aleatório e deixar o taxista levar onde ele bem entender. A gente só vai, acompanha.
A pessoa? Bom, quando você propoe "Vc quer?" e ela aceita, ela está ciente do risco. A gente não sabe onde o taxi vai parar.
E assim começa...
Esse taxista é um louco! Ele corre demais... já ultrapassamos outros veículos, passamos por muitos obstáculos e furamos vários semáforos.
Há carros na contra mão e pedestres tentando nos desviar do caminho, ou mandando a gente descer do carro. As vezes nós dois, as vezes um só... Tem até gente querendo subir no nosso taxi.
O nosso destino é uma incógnita, já que as vezes, são tantas placas e o perigo tão eminente que a gente chega a pensar em desistir. As vezes também ficamos na dúvida se vale mesmo tanto a pena assim se arrsicar tanto.
Até então, ambos sabíamos onde queríamos ir.... demos as mesmas coordenadas pro taxista... mas a gente sempre esquece, o louco faz seu próprio caminho. Importante é que ele chegue né? pelo menos é o que a gente espera.
De repente a gente percebeu que, por estarmos em alta velocidade, nosso carro entrou na contra mão...

terça-feira, 17 de maio de 2011

Fofa



Megh Stock *_*

sexta-feira, 13 de maio de 2011

A teoria do cheetos bolinha sabor queijo

O ser humano não é movido pela razão. Não é a lógica que nos leva a
pensar, tomar decisões ou agir, tudo é muito mais subjetivo do que
pensamos. Até seus desejos são frutos da subjetividade e da
aleatoriedade. Até o sucesso é assim. É tudo aleatório, nem dá vontade
de sair de casa.
A web reproduz essa realidade do mundo humano, e real, igualzinha, sem
clicar nem pôr. Em qualquer tela que você olhe, vai ver gente sem
talento fazendo sucesso, expressões idiotas virando moda, vídeos
estúpidos viralizando e assuntos 100% nada a ver nos Trending Topics
Brasil. Por quê?
A resposta pode estar no efeito Cheetos bolinha sabor queijo que você
certamente já deve ter comido. O salgadinho é tudo de fake, tudo de
ruim, tudo de absurdo. É totalmente artificial, solta pozinho que
gruda nos dedos e nos dentes, tem cor de mexerica, textura de isopor,
aroma de todas as meias dos jogadores de um time inteiro de basquete.
Alguns consumidores já teorizaram sobre a possibilidade dos
funcionários peidarem nos saquinhos, fato que nunca foi comprovado. E,
claro, contém gordura, glutamato de sódio, muito sal e coisas que
certamente não vão compor uma refeição nutritiva. A gente sabe de tudo
isso. Está escrito no saquinho. E, no entanto, a gente come. Por quê?
Porque é gostoso. Porque a gente começa e cai no vício. Porque existe.
Porque está logo ali na mão. Porque vende. Porque sim. Mas, sobretudo,
porque não é uma questão de lógica, mas uma questão de afeto.Bolinha é
uma coisa fofa. Todo mundo brincou com bola e bolinha, a gente tem
memória afetiva. E queijo é uma coisa deliciosa, mesmo que seja só uma
palavra, uma ideia, muito longe de estar presente no salgadinho. E tem
o barulhinho, aquele monte de crock, crack, creck que vai distraindo a
pessoa enquanto ela vai mastigando. E o cheiro ruim, bem, é tão ruim
que acaba sendo bom. E, mesmo que não faça bem, ah, sei lá, é lúdico
ficar com os dedos cor de laranja. Dá vontade de chupar os dedos e
continuar até o final do saquinho. E quando acaba a gente ainda come o
resto do pozinho, improvisando um deep-and-lick na cara dura.
Sim, senhoras e senhores membros do conselho, a gente sabe de tudo.
Mas informação não muda comportamento. Saber não basta pra fazer ou
deixar de fazer. E é por isso que as pessoas continuam clicando em
links que não devem, abrindo arquivos que contaminam, jogando lixo no
chão e dando forward em PPT com musiquinha midi. Na vida on e offline
agimos por motivos ilógicos.
Tenha sempre isso em mente quando você estiver numa rede social. As
pessoas estão lá por razões diversas, agem como agem por motivos
incompreensíveis e a única forma de sobreviver é não usar muito a
lógica. Deixe a lógica pra outra ocasião, digamos, pra sua próxima
refeição. Certeza que você vai trocar o próximo pacote de salgadinho
por uma carambola. NOT.

Por Rosana Hermann

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Bolsonaro é a essência do machão parado no tempo

Recentemente tenho me deparado com centenas de informações sobre os
homossexuais.
A mídia ta em cima. Ser gay, flar de gay (bem ou mal) é a moda, o
assunto do momento.
Na época em que a união homoafetiva foi aprovada pelo Supremo Tribunal
Federal, vemos atitudes de políticos que são contrário, com argumentos
infundados, preconceituosos e homofóbicos, não é Sr. Bolsonaro?

Ontem, assistindo o "Jornal da Globo", me deparei com o papelzinho
ridículo do político citado acima. Como se não bastasse fazer parte da
quadrilha de um dos maiores esquemas de corrupção do nosso país,
interfere em uma entrevista de outro político se comportando como um
verdadeiro animal.

e para fechar o ciclo de conversa, uma crônica do Jabor.



Que mundo é esse que a intolerância reina sobre a sociedade? Em que um
presidente babaca se acha dono do mundo, mata quem quer pra ser
reeleito e ser respeitado por uma nação mais babaca ainda? Que mundo é
esse em que as pessoas só se preocupam com o próprio umbigo e não
percebem que se não abrirem os olhos, isso tudo vai acabar... O mundo
está acabando. A lenda de 2012 e do calendário Maia não é infundado!
Não será Deus quem vai patrocinar o Apocalipse, vai ser o próprio
homem.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Lady Gaga

Uma das artistas conteporaneas que mais me surpreende é a Lady GaGa.
Performista, cantora, multiintrumentista e muito, muito inteligente.
Entrou na mídia como qualquer outra cantora pop.
Fiz uma imagem, vendeu canções bobas. Conquistou aquele espaço... de
mais uma. Mas foi esperta, aproveitou uma dependência do mercado...
Não fonográfico em si. Mas uma carência na cultura pop!
Ela criou, ousou, copiou, mesclou... Fez um coquetel de videos,
musica, batidas, imagem, moda... a definiria como Multi-Cultural.
Mais um clichê? Discordo.
Ela pderia ter feito como as outras, mas não... Polêmica, sim,
bastante e obrigado.
Quanto mais popularidade, melhor.
Acredito inclusive, que não exista ser nenhum humano vivo provido de
qualquer meio de comunicação que não a conheça... ou tenha ouvido
falar.
Cheia de contatos, conquistou amor e/ou ódio de todos os demais. Esse
mercado saturado, tem uma opinião. Não há pessoas apáticas a respeito
dela... ou gostam, ou não. E isso sim é ser esperta, é passar pela
fama e escrever seu nome, não em uma calçada, mas na história e na
mente de todos que viveram aquela geração.

Segue um ensaio em que ela participou recentemente e eu acho muito legal.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Será que com a morte de Bin Laden o mundo estará mais seguro e tranqüilo?

A notícia da morte de Bin Laden por uma tropa de elite americana pegou o mundo de surpresa, na manhã desta segunda feira, 2 de maio de 2011.
Uma onda de boatos e especulações sobre a lendária figura e suas ações terroristas, espetaculosas contra alvos americanos, varreu o globo.
A mais emblemática e celebre foi o ataque as torres gêmeas em 11 de setembro de 2001.
Dez anos depois do maior revés sofrido pelos americanos, nesta guerra diuturna contra o terrorismo, a forra veio como uma vingança tardia.
O alivio no mundo acidental foi evidente. As bolsas subiram, o dólar subiu, o preço do petróleo caiu, e as comemorações populares nos EUA não pareciam adequadas e condizente com o respeito que se deve aos mortos, mesmo se considerarmos que se referia ao maior líder terrorista destes nossos conturbados tempos.
Afinal diz o ditado que não se chuta cachorro morto, e sugere o bom senso que não devemos tripudiar sobre um defunto, ou quente ou frio.
A reação da sociedade americana, partindo principalmente de jovens, que ainda eram crianças quando o Império contra atacou, tem uma explicação simples e razoável.
Mostrou como a ação planejada e comandada por Bin Laden permaneceu como osso atravessado na garganta dos americanos, por uma década, menos pelas mortes de conterrâneos, e mais como um humilhante e fatal golpe no orgulho yankee.
Enquanto isto o mito Bin Laden crescia. De um lado, ao não ser alcançado pelo braço longo e justiceiro do tio Sam, e do lado mulçumano, o do homem que havia imposto o mais duro golpe que se tem noticia ao ?grande satã?.
A capacidade de Bin Laden escapar por tanto tempo de todas as investidas dos Estados Unidos da America, consolidou a idéia da sua incolumidade. Só poderia, segundo a visão mulçumana, estar sobre a proteção de Alá.
Entre os boatos, apareceu, a possibilidade de uma farsa criada pelos americanos para por fim a sua incompetência.
Aquela teoria antiga de que o onze de setembro foi uma farsa também voltou com força. Nunca a levei a serio. Apenas porque ela não faz nenhum sentido. Porque criar-se uma dramaturgia tão cara e dolorosa ao povo americano a pretexto de justificar a invasão do Afeganistão, se nós sabemos que os EUA não precisam de pretexto ou de maiores justificativas para invadir, com seu formidável arsenal tecnológico quase todos os países do mundo.
Digo quase, por que ele não se arriscaria contra uma China ou uma Rússia, por exemplo, mesmo se tivesse todos os motivos do mundo.
Falam que Bin Laden não foi morto, alegando que não era justificável se livrar do corpo assim tão rapidamente.
Neste sentido podemos também fazer nossas especulações. E se ele foi morto e não jogado ao mar, mas congelado num freezer para defuntos?
A afirmação de que jogaram o corpo ao mar, teria neste caso o objetivo de se evitar sua tentativa de resgate, e da possibilidade de transformar seu corpo num motivo de peregrinação.
Para os Estados Unidos o mito do homem cruel e invencível esta morto, e neste sentido qualquer sujeito que aparecer a partir da notícia de sua morte, se identificando como Bin Laden, será apenas mais um sósia maluco.
A vingança ou a justiça, como queiram foi levada a termo e lavou a honra americana. Mas para o povo mulçumano será que o mito morreu? Ou será que nasceu um novo profeta para bradar aos quatro ventos, pela guerra santa contra o grande satã?
Quem sabe se uma voz soprada pelos ventos do deserto, não levará aos povos sofridos do oriente médio, a proposta de, não sete, mas cem virgens, como prêmio pela morte honrosa.
O corpo de Bin Laden neste caso, ou jogado ao mar, ou congelado num freezer, estará como um fantasma barbudo e vestes mulçumanas, a comandar agora uma tropa, não de terroristas, mas de fanáticos religiosos armados até dentes com seu ódio milenar, e todos os tipos de armas conhecidas, convencionais ou não. Até mesmo algum missel nuclear contrabandeado e destinado a levar a sua guerra santa para a era da mais alta tecnologia.
Ou talvez não. Que pode saber?

fonte: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2011/05/490289.shtml

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Imprudência

Acho que devo ser muito careta!
Ou devo valorizar demais minha vida e os meses que passei "estudando" e esperando minha habilitação ficar pronta, as aulas e as tantas vezes que tive que voltar na auto-escola pra ficar passando a digital (porque o sistema do DETRAN é uma merda!)...
Ontem, voltando do litoral para Mogi das Cruzes, fiquei no ponto esperando o onibus.
Eis que surge do meio do nada uma daquelas vans brancas fretadas.
Eu até pensei em responder que não ia pra minha cidade por medo(primeira coisa que pensei foi: eles vão me largar no meio do nada, me assaltar e no pior das hipóteses, me dar um tiro), mas como estava acompanhado, a pessoa respondeu "sim".
Acabei entrando.
Ai começou a série de imprudencias!
Primeiro o cara (motorista), para burlar e não passar pelo posto de guarda, fez um retorno sentido Riviera e voltou para a Mogi-Bertioga... pelo acostamento!
Isso porque a velocidade máxima permitida era 40km/h e ele já estava a 90.
Depois disso, uma série de eventos ocorreram.
Música alta, contra mão, curvas acentuadas, excesso de velocidade, celular na mão, bebida alcooólica, ultrapassagens pelos acostamentos e pela direita, ausência de cinto de segurança... daria pra ele levar uns 70 pontos na CNH!
Não sei como as pessoas podem usar esse tipo de transporte, sendo que o custo-benefício acaba saindo caro demais.
Tá que chegamos BEM mais cedo do que se tivéssemos vindo de ônibus, mas será que vale REALMENTE a pena economizar esse "tempo" e alguns R$3 ou R$4 no máximo e colocar a vida em risco?

terça-feira, 22 de março de 2011

Festas, metrô e pornôs

Quando eu tinha dez anos de idade, minha mãe não me deixava fazer nada, alegando que eu era muito novo; não via a hora de completar doze anos; era esse o meu limite de maioridade. Também tinha uma vontade doida de experimentar um cigarro, quando andava a na rua e tinha alguém fumando, até respirava mais fundo!

Mas foi aí que eu fiz os tão esperados doze anos de vida e percebi que ainda não podia fazer tudo o que queria, não podia ir pra festas, não podia pegar o metrô sozinho e nem podia alugar vídeo pornô na locadora. Foi aí que eu entendi que a meta era os quinze e não os doze anos, todos os meus primo de quinze, já pegavam metro, iam a festas e alugavam pornôs.

Depois de muito me lascar na vida, de muito chorar por não poder ir as tão sonhadas festas com os meus primos, eu fiz TREZE anos; a idade nunca passa no momento certo.

Aí eu fui desencanando deste assunto, percebendo que a vida era mais que isso, quando do nada o quinze me bate na porta e eu percebo que já podia fazer tudo o que sempre sonhei, alugar pornô, ir a festas e pegar o metrô.

Mas aí eu não fui em muitas festas, não tinha graça nenhuma em andar de metrô sozinho e em alugar filme pornô eu nem pensava mais, as pornografias da internet já tinham me consumido por completo, o cigarro eu experimentei e foi vício a primeira tragada, mas não era tudo que imaginei aos dez anos de idade, esperava mais, que ele me deixasse forte, mais lúbrico. Mas nada aconteceu, só que não vivo mais sem ele.

Agora estou com vinte e um anos de idade e quero voltar a ter dez, quero não me preocupar com a faculdade, quero assistir desenho de manhã e não ter que trabalhar pra ganhar dinheiro; quero voltar a ser criança e continuar a sonhar, com as festas, metrô e pornôs!


Por Maurício Bueno

segunda-feira, 21 de março de 2011

Gordura e Flacidez



Acordei.
Olhei pelo espelho do banheiro procurando fazer a cara mais apresentável possível.
Com meu café da manhã tomado e dentes escovados, comecei a pensar na roupa pra ser usada.
Minha calça jeans preferida... apertada!
Tive que colocar uma outra velha, surrada e quem nem gosto mais.
Minha camiseta “retrô” que tanto curto... apertada. Uma básica mesmo então, não é mesmo?
Até minhas cuecas andam me incomodando recentemente...

Mais uma vez no espelho e vejo o que? Gordura e flacidez.
Oh, não! Como se não bastassem os fantasmas do passado, as terapias, as bulimias e minha adolescência toda numa incansável busca do corpo perfeito, e agora estou assim... tudo em vão!
Que injustiça! Batalhei tanto, entrei em academias, utilizei WHEYs, BCAAs e até cheguei a comprar creatina. E os shakes? Ah, foram tantos.
Anorexia talvez?
Que nada! Minhas calças estão apertadas, os zíperes abrem sozinhos todas as vezes que ando ou sento. As camisetas delineiam as protuberâncias da dobras da minha pele.
As pessoas falam que eu cresci, estou maior no sentido de mais adulto, mas na verdade, no fundo elas querem dizer: GORDO!
E é assim. Vivemos em um mundo em que o modelo de beleza é ter aquele abdômen definido em gominhos...
Confesso que com meus 23 eu já cheguei até a pensar em intervenções cirúrgicas.
Enquanto escrevia esse texto, me dei conta que comi uma barra de chocolate “Suflair” e agora vou correr pra academia só pra me sentir menos culpado.

Vida cruel.

sábado, 19 de março de 2011

Cismei que quero comprar uma bota...

Tudo começou quando recebi uma revista de uma famosa rede de loja do ramo de calçados, com a Camila Pitanga na capa. Revista bem produzida, material bom e bem embalada (digo iso levando em consideração de que moro em uma cidade chuvosa)...
Guardei a revista e só fui ve-la durante a noite.
Pra quê? Pra sentir menos peso na consciência antes de joga-la fora.
Então eu cismei que queria comprar uma bota!
Eu nem sei porque, nem gosto de botas.
mais uma vez o meu lado consumista está despertando esse desejo descontrolado de comprar, e comprar e comprar de novo...
Será que isso não tem fim? Essa vontade de TER as coisas desesperadamente?
Será que nunca vou pensar: Ah, não quero comprar nada? Ai meu salário que sobrar das contas e deveres, ser direcionado apenas à poupança?
Não, isso não existe! O lance é gastar!
E que venha a bota nova...

segunda-feira, 7 de março de 2011

Hoje eu acordei pegando fogo... (6)

sábado, 5 de março de 2011

Indicação de Vídeos

Sobre o Carnaval...




Sobre o Governo...




Sobre os Bancos...












E esse sobre... e esse porque eu gosto mesmo! rs...
























quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Saudades de certas amizades...

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

No meio da sala

Eu estava ali, no meio da sala. Tinha tanta gente!!! Amigos, família e algumas pessoas que eu nunca vi, curiosos? Talvez. Ou seria alguém que encontrei pela vida, um dia qualquer e nem me lembro. Bom, nessa altura nem interessa mais, sejam todos bem vindos.

O importante é estar bem, cabelo escovado, unha feita e um batonzinho para disfarçar a cara pálida. Aliás, essa é a última vez que vão me ver e não adianta falar que essa lembrança é a que menos importa. Nãooooooo, essa imagem é a que fica. Alguns vão dizer: Ela está passando uma paz. Outros, nossa parece que está sorrindo. Que nada!!! Estou ali e pronto! Estranho, tem gente que chega, olha, coloca a mão, pra quê?

São horas naquela mesma posição, o tempo não passa, nem pra mim e nem pra quem precisa estar ali. É sempre assim, alguns ficam por obrigação, consideração e poucos por amor eterno.

Agora preciso ir, deu a hora!!! Para os mais próximos, é difícil. Para a maioria tudo volta ao normal: o sol continua brilhando, as pessoas trabalhando, meus programas preferidos continuam sendo exibidos na TV, nas rádios as paradas de sucesso, os alunos na escola, e os professores e os bares lotados, as baladas...

MdeC

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Existo, logo penso.

Penso que todo dia deveria ser sexta-feira
Toda geladeira deveria ter cerveja.
Toda casa deveria ter café e um bom livro.
Toda pessoa deveria ter amor ao próximo.
Toda amizade deveria ser verdadeira.
Todo beijo deveria ser especial.

A lua deveria ser maior.
O cancêr só um signo do zodíaco.
O vinho um pouco mais barato.
As aulas bem mais curtas.

As férias mais longas.
A saudade deveria não existir.
A morte apenas por uns dias.
Minha escova de dentes deveria ser rosa!

Os animais deveriam ser mais respeitados.
Os idosos mais valorizados.
Os abraços mais apertados.
E eu deveria fumar mais baseados!

Eu deveria estar acostumado.
Não é a primeira nem última decepção.

Deveria te abraçar, ou te espancar...
Deveria te procurar, ou nunca mais na tua lata olhar?

Deveria engolir o choro e a raiva.
Ou não.


Por Anna Júlia Bitelli

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Convivência

Convivência é uma coisa estranha.
Não se pode impor à alguém que se conviva e fim.
Acredito que para se conviver com alguém tem que existir mais do que cumplicidade, e sim amor verdadeiro entre as partes.
Convivência é um conjunto de contas e planos, é a divisão de atividades, multiplicação dos gastos, soma de coisas a se fazer e subtração da privacidade.
Convivência talvez é o ponto crucial para se amar mais ou a menos.
É nela que podemos brigar por que conhecemos demais a pessoa, ou a que temos certeza que é a pessoa certa.
Mas e quando você vive no meio do fogo cruzado?
Quando nada é certo, e você não sabe como agir.
As vezes sinto a vontade de sair correndo... as vezes é tudo perfeito... demais.
Não sobra tempo pra pensar em mim, quando se vive na primeira pessoa do plural.
Tudo isso é muito novo, será que é uma fase, ou é algo definitivo? Queria que ambas fosse verdade, e dependendo do momento, queria mais uma do que a outra... no momento seguinte, o contrário.
Será que é esse o mal das pessoas que se casam? Aprendem que pessoas diferentes fazem coisas que te irritam e isso te tira o “tesão” de morar com ela?
Porque, pelo menos por mim, o amor só aumenta. O sexo é cada vez melhor e mais freqüente.
Se o único combustível de um relacionamento fosse amor, estaria tudo perfeito. Mas não é.
Respeito, doação mútua, confiança e principalmente paciência, fazem parte do pacote.
E é vivendo que se aprende, pois na teoria a coisa não funciona muito bem.
O “viveram felizes para sempre” das histórias da Disney não se aplica no mundo real.
A Branca de Neve deve estar cheia de cozinhar e limpar a casa enquanto o Príncipe Encantado fica no sofá vendo futebol. Esse por sua vez, está exausto depois de um dia longo de trabalho e fica com os olhos na tv enquanto pensa nas coisas que tem que fazer no dia seguinte, nas contas a pagar, IPTU, IPVA, os planos de saúde e afins.
O ser humano é uma coisa muito bizarra, a gente ama e odeia ao mesmo tempo.
Mas acredito que isso que nos diferencie dos demais animais, esse sentimento “capitalista” de vida e essa inconstância de sentimentos.
Enquanto escrevo essas frases, observo a terceira pessoa do singular pela qual meu coração bate mais forte e chego à seguinte conclusão: vou sair desse computador agora e fazer algo que faça da minha vida mais do que um conto de fadas, pois não estou brincando de casinha e pensar em um modo de fazer o salário do próximo mês durar um pouco mais de 3 minutos.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Jobei ;)


Preciso voltar a escrever...
Minhas férias acabaram e eu to curtindo minha nova vida de comprometido, por isso me ausentei tanto tempo.
Mas minha cabeça anda uma loucura, não consigo parar pra ler, escrever...
Mas vou separar um tempo pra mim.
Enfim, depois desse breve desabafo, segue uma fotinha pra não ficar parado aqui.
Jobei ;)