domingo, 25 de dezembro de 2011

Pecador sem inocência

Estou sentado em um banco de rodoviária
Observo o sol distante irradiando seus primeiros e preguiçosos raios.
Nostalgia... Lágrimas... Solidão...
Entre olhares tristes e pensamentos obscuros, me perco no nada.
Impossível ficar calmo.
Coração acelerado, boca seca sentindo o amargo da culpa.
Não consigo entender em que esquina troquei nosso amor por um pedaço de frustração mal passada, servida em um prato frio de um boteco qualquer.
Cheiro de éter e esgoto... Não sei mais se sinto frio ou calor, só consigo sentir a ansiedade de ver seu rosto novamente.
Deixei familiares para me dedicar à mais uma tentativa incerta de você, sem argumentos ou julgamentos... sem arrependimentos, apenas amor...
Neste momento, meu temores me assombram e eu começo a entender letras de músicas que apenas passariam em vão, mas que agora fazem sentido.
Olho o relógio, apenas 5 minutos passaram.
Não tenho planos, nem artifícios prontos para me munir a nosso favor.
Angústia...
Me sinto aos pedaços, tentando me recompor com crenças alheias. Tento fazer essas palavras significarem algo para mais alguém além desse hedonista rapaz sem um destino, que segue por um caminho duvidoso, onde as direções se confundem e se misturam com expectativas de um futuro melhor...
Babaquisse, penso, e me viro.
Uma lágrima escorre pelo meu rosto pálido e gelado.
Fecho esse caderno, respiro fundo e espero meu ônibus.