sexta-feira, 16 de dezembro de 2011
Aqui jaz um rapaz
Sua frieza me surpreende
Não me acostumo com esse seu jeito
Foda-se de ser
Queria ser tão seco
De sentimentos e pensamentos
Para que minha existência
Não passasse em vão
Pela calçadas desse lugar
Que já nem lembro mais o nome
Latidos e o ruído do ventilador
É somente isso que escuto
Meu coração está gelado
Meus olhos ardem
E não consigo pensar em outra coisa
que não seja você
Pare com esse seu disfarce de santo
sua carapuça mesquinha de ser carinhoso
Me destrua logo com suas frases prontas
Rasgue meus ouvidos apenas com um "não"
E me deixe aos prantos
Até que eu me canse de negar o inevitável
E sinta a lamina rabiscando meu corpo
O calor de meu sangue ao escorrer pelos meus dedos finos
E meu ultimo suspiro chamando o seu nome.