terça-feira, 28 de agosto de 2012

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Empty Boy

Sem encontrar as palavras, os gestos ou olhares, só restava ao garoto usar palavras de outros e dançar fingindo que nada estava acontecendo dentro dele… A mesma reação de sempre, escolheu a máscara mais bonita e desencanada para vestir e esconder os arranhões e sangramentos presentes no corpo real.


Chorava baixinho para que apenas as pessoas perdidas pudessem ouvir ...


Era o vazio tomando conta de tudo novamente, assim ele sentia e assim se realizava o sentimento. Mais uma vez as pessoas escorriam pela sua mão feito areia molhada pela água do mar, não restava um pingo da famigerada esperança para o rapaz… Na verdade só restava fingir que tudo estava bem como antes, não daria o luxo dos outros verem o quão machucado ficou.
Durante dias, noites, meses e anos ele se deitou na cama e chorou silenciosamente todas as suas perdas, chorava baixinho para não acordar as outras pessoas da casa ou do prédio… Chorava baixinho para que apenas as pessoas perdidas pudessem ouvir e aí elas saberiam o quanto ele as queria bem e o quanto ele gostaria de ter tido força para lutar por elas… Porém força não era uma qualidade dele, era do irmão ou da irmã… Mas não dele, a qualidade dele era a de dissimular as realidades, dissimular a própria realidade e transformar tudo num enorme seriado de tv no qual os tempos tristes passariam num átimo.
Nesse dia ele se levantou, estava mais triste que o normal… Havia perdido mais uma vez, sua coleção de potes vazios ganhava mais uma aquisição. Não conseguia pensar muito bem nos acontecimentos, havia muita confusão, melancolia e angustia dentro da cabeça do garoto. Tinha vaga noção de ter perdido algo importante e que novamente não conseguiria recuperar, mesmo querendo não perder com todas as forças ele não conseguiria. Se acostumara a ser o elo mais fraco da corrente e assim seria mais uma vez.

Olhou o céu, fitou a lua mais prateada que nunca e desejou com tudo o que podia não perder daquela vez… Apenas daquela vez gostaria de não perder… Em vão, tudo se foi como se nunca tivesse existido e aumentando o vazio e as desilusões do rapaz… E aí ele começou a sumir, palidecer e virar nada igual a antes.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

(Sem Título)

O orgulho é uma doença terrível, destrutiva, que te afasta das pessoas e as magoa. O pai do orgulho é o egoísmo, quando não se pode sustentar sozinho situações difíceis, mas não se tem humildade nem coragem de pedir ajuda. O pior de tudo, é que isso adoece também quem está a sua volta.

domingo, 19 de agosto de 2012

Inutilmente

Era uma vez um garoto que se apaixonou,
Sua vida toda pelo outro, dedicou
Mudou de cidade, faculdade terminou
Ingenuidade pra sempre ali reinou.
Um dia foi traído e pro inferno foi e voltou
E de ali pra frente relacionamento ruinou
Insistiu porque nele acreditou
Mas no fim, nada adiantou.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Sinta a vontade de ficar

Fique à vontade meu bem
Sinta vontade de ficar
Não tenha pressa
Quem sabe aqui é seu lugar
Mas se tiver de ida
Vê se não vai assim sem mim
Deixa a dor pra depois
Vamos nos aventurar nesse nosso tempo
Após prantos sem chorar

Me mostra tua coragem
Vai leve tudo de mim
Apague os passos da estrada
Tente nem se quer lembrar
Daquele nosso tempo
O qual era tão fácil amar

Diz que quando eu for embora
Sempre vai me procurar
Não que eu não queira
Sempre eu vou te amar
E em cada estação
Em que não puder estar
Levo essa saudade
Enquanto não posso te levar
E no fim desse sufoco
Espero contar com a sorte
Se ela existe,
Que só a morte possa nos separar.