sexta-feira, 22 de outubro de 2010

VT CUIDADO/ALIMENTAÇÃO

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Beisebol brasileiro na mira dos gringos

Por Débora Kaoru e Orlando Olivas

Sem Barreiras

O Brasil é conhecido mundialmente como o país do futebol. Mas o que muitas pessoas não sabem é que vários esportes populares em outros países têm conquistado espaço em todo o território nacional. Um exemplo é a procura por aulas de beisebol que aumenta a cada ano, especialmente na Região do Alto Tietê. Em virtude desse avanço registrado na última década, hoje os atletas brasileiros são cobiçados por grandes clubes internacionais.

De acordo com o técnico da equipe Gecebs, Estevão Sato, ex-jogador e comandante da Seleção Brasileira de Beisebol, o interesse pelo esporte seria muito maior se houvesse ampla divulgação e investimentos privados. “Os patrocínios se concentram exclusivamente no futebol”, afirma o técnico. A equipe Gecebs nasceu em Arujá, conhecida como “Cidade do Beisebol”. O município ganhou o apelido por reunir o maior número de times na modalidade em todo o estado de São Paulo.

Apesar das dificuldades enfrentadas pelos clubes, o esporte tem se fortalecido. Depois do Pan do Rio de Janeiro, em 2007, olheiros dos Estados Unidos e Japão passaram a visitar o país com mais frequência. Esses agentes rodam o mundo atrás de novos e lucrativos talentos, como o adolescente Thiago Vieiras, de 17 anos, que atuava no Gecebs. O jovem arremessador, posição considerada a mais importante no beisebol, foi contratado na última semana para integrar uma equipe americana.

Segundo Sato, seis clubes internacionais disputavam o passe do arremessador, mas o garoto optou pelo time americano. “Torcemos pelo sucesso do Thiago. Ele é uma pessoa de origem humilde, que encontrou no esporte uma forma de crescer e ajudar sua família e a comunidade onde nasceu”, elogia o técnico, que jogou no Japão durante sete anos.


Tradição


O beisebol foi trazido para o Brasil no final do século 19 por norte-americanos que vinham trabalhar nas empresas nacionais. Contudo, a modalidade passou a ser conhecida como o esporte dos japoneses. A explicação é simples: o beisebol se desenvolveu no interior do Estado, onde a Colônia Japonesa representava grande parte da população. Na época, os torneios eram realizados nas fazendas.

A tradição é seguida até hoje pelos descendentes japoneses, que mantêm, além das equipes adultas, as categorias de base para incentivar os pequenos atletas. A Prefeitura de Arujá patrocina um projeto junto ao clube Gecebs para que as crianças conheçam um pouco da cultura regional e aprendam a jogar beisebol. “Priorizamos as categorias de base porque as crianças são o futuro do País. Temos mais de 45 alunos aprendendo, antes de qualquer coisa, valores como união e respeito. Somente assim criaremos grandes esportistas”, conclui Sato.


Regras do jogo


O esporte consiste em marcar pontos, que são chamados de “runs”. O campo é um semicírculo, com um quadrado inserido. As bases ficam posicionadas nos pontos de encontro entre o quadrado e o semicírculo. Cada uma das duas equipes possui nove jogadores.

A dinâmica do jogo funciona da seguinte forma: o “pintcher” (lançador) deve arremessar (em três chances) a bola e passar pelo “runner” (batedor). Atrás deste fica o apanhador, da mesma equipe do arremessador, chamado de “catcher”. O rebatedor deve acertar a bola e correr para as bases. Quando a bola é jogada para fora do estádio a equipe ganha um ponto. Essa jogada é conhecida como “home run”. Os interceptadores do time adversário devem pegar a bola e jogar na direção das bases para os jogadores de sua equipe, para evitar o progresso do batedor. Caso o batedor consiga percorrer todas as bases, o ponto é computado.

O jogo inteiro é composto de nove turnos (ataque e defesa alternados). Cada turno termina quando os três batedores são substituídos. Isso ocorre, quando o ponto não é marcado.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

02:38

Insônia.
Amargo da madrugada.
Nem calor, nem frio.
Nada. Isso o que eu sinto.
Escuto a chuva caindo lá fora, as gotas batendo na janela... som chato.
Pior que isso é minha barriga roncando.
E eu me reviro pra não sair da cama, vontade não tenho mesmo.
Preguiça.
Preguiça de pensar em algo... Ah pra quê? Vai mudar algo?
As pessoas botam mais fé em mim do que eu mesmo.
Eu sou uma farça.
Prefiro ficar aqui. Não vou ficar lamentando.
Vou descrever o vazio da noite, o vazio no peito, a solidão amiga que preenche o leito ao meu lado.
Por que de repente tudo perde sentido? Vontade de ficar aqui pra sempre até o fim.
Mas por quê?
Eu não entendo esse sentimento.
Tenho mais medo da velhice do que da morte. Morte é rápida, nos leva e tudo acabou. A velhice persiste. O pensamento de solidão se intensifica, a sensação... As horas... O tempo para, o pouco que lhe resta lhe esgota e o que sobre é aguardar a morte, que você nunca saberá quando virá, somente que a ânsia por ela é maior do que o medo.
O que a falta de um namorado e dinheiro mesclado com coisas demais na cabeça me fazem escrever... Maldito horário de verão!

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Contra a Bipolaridade

A ocorrência de segundo turno costuma ser saudada como oportunidade para debater melhor os temas e conhecer melhor os candidatos. Mas isso só é verdade até certo ponto – e para chegar até esse ponto seria necessário que os candidatos fossem questionados a fundo e respondessem sem fugir. Logo, dificilmente estas semanas adicionais poderão mudar alguma coisa, seja para qual lado for. Se mudarem, não será porque o debate foi melhor e os temas foram aprofundados, mas por alguma eventualidade de impacto, também remota nesse prazo. Há quem diga que a falta de ideias da atual campanha é fruto de amadurecimento da sociedade, mas nem a sociedade está madura assim nem os candidatos parecem ter mais que uma ou duas ideias.

Basta ver o que causou o segundo turno, numa pontual mudança de rumos tão súbita que os institutos de pesquisa não souberam – embora devessem – captar. Não se tratou substancialmente de uma ascensão da oposição, nem mesmo de Marina Silva; tratou-se do medo de um setor da sociedade, os evangélicos (que praticamente dobraram sua representação política nestas eleições), a respeito da posição da ex-marxista Dilma Rousseff sobre o aborto. A candidata da situação já vinha perdendo alguns votos, por causa de revelações sobre o ministério que ocupou até o início do ano, e Marina já tinha subido do patamar de 10%, inclusive entre as pessoas mais instruídas, simplesmente por não ser nem PT nem PSDB e soar menos artificial. Mas a inflexão que impediu a vitória em primeiro turno não veio da onda verde, mas da onda vestal.

Isso criou um problema para Dilma, claro, pois ela sempre evitou ou foi ambígua no tema, certamente por orientação de companheiros como o presidente Lula, que conhece bem o conservadorismo brasileiro. De nada adianta, agora, esperar que o tema seja discutido a sério, apesar de suas implicações sociais. A equação já está montada: se Dilma disser que é a favor, perderá muitos votos; se disser que é contra, não ganhará quase nenhum. Daí a dizer que isso poderá levar José Serra a arrebatar mais de 80% dos votos de Marina e virar o placar no segundo turno, o que seria virada raríssima na história, vai uma distância gigantesca. Só os bajuladores podem ter certeza de que os tucanos saibam reverter tantos votos em grotões aonde nunca chegaram. E, se Lula foi useiro em desmentir afirmações do passado, por que ela faria diferente?

Não ter vencido no primeiro turno, ainda assim, poderia trazer lições para Dilma, sua equipe e seu futuro. Ela poderia entender que a arrogância do “já ganhou” também a atrapalhou; até Marta Suplicy, quem diria, recomendou a ela que vista “sandálias da humildade”. Melhor ainda, poderia pôr em dúvida o poder que os membros do governo atribuem a seu “líder espiritual” de adivinhar e comandar os desejos do povo. Pouco mais da metade dos quase 80% de aprovação de Lula foi transferida para sua candidata. E muitos dos votos que definiram o segundo turno não vieram da “zelite”, mas da classe C, a que mais cresceu nos oito anos de governo Lula – uma ironia que dá o que pensar.

O Brasil não está dividido em dois, mas em muitos; tem uma complexidade que não cabe em pesquisas de opinião (que refletem o momento da economia, mais do que qualquer virtude pessoal) e mapas eleitorais bicolores (há muita gente que vota em situação e oposição ao mesmo tempo; há até quem escolhe um partido diferente para cada cargo). A maior tolice é querer qualificar essa votação com recortes ideológicos nítidos: uns dizem que há mais pobres votando em Dilma porque Lula “governou para os pobres” (Eike Batista entre eles?), outros porque seriam os menos instruídos (e aí não há como explicar que os “desenvolvidos” paulistas tenham eleito Tiririca com 1,4 milhão de votos). Por trás da polarização precária, há o desentendimento da atualidade brasileira.

Como já escrevo aqui há tanto tempo, não se explica a popularidade de Lula apenas pelo Bolsa Família (como alega a suposta “esquerda”, como a que dirige institutos como o Ipea) ou por seu carisma quase religioso ou autoritário (como diz a suposta “direita”, acompanhada por alguns ex-lulistas que se sentiram traídos). Ela vem do fato de que ele, contrariando a expectativa de muitos, continuou e aprimorou a política econômica de FHC: manteve o tripé fiscal, cambial e monetário; não reverteu nenhuma privatização, colhendo frutos como a densidade telefônica, que saiu de 10% em 1995 e chegou a 100% em 2010; ampliou os programas sociais, multiplicando o orçamento do Bolsa Família para R$ 12 bilhões, e as reservas financeiras, para aplauso do mercado internacional; e expandiu o crédito, talvez a mais importante política que adotou, beneficiando muito aquela classe C.

Se a agenda da sociedade toda, e não apenas da classe política, não estivesse amarrada a essa leitura bipolar da realidade, a atual campanha poderia ter usado mais tempo para falar de desafios em vez de legados. Os dois governos, afinal, nem sequer enfrentaram questões fundamentais: aumentaram os impostos, mas pouco melhoraram educação e infraestrutura; fizeram alianças com velhas oligarquias, mas se comportaram como elas, fomentando a corrupção; deixaram saneamento básico, sustentabilidade ambiental e inovação tecnológica em quinto plano, etc. O atraso mental, em outros termos, reforça o atraso social. Não são três semanas a mais de uma campanha anódina – a qual só ganhou algum tempero por fatores circunstanciais – que vão mexer sensivelmente com isso. O debate deveria melhorar, sobretudo depois das urnas apuradas.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Não Acredito

Não acredito quando o Lula diz que não sabia
Não acredito que o Fernando Henrique não fazia
Não acredito em tucano
Não acredito em petista
Não acredito em quem sonha o sonho socialista

Não acredito que agora brasileiro lê e come
Que o Garotinho fosse morrer de fome
Não acredito na elite, porque eu não sou otário
Mas não acredito em alguém só porque foi operário

Toda informação já chega manipulada
Pra que prestar atenção? Não acredito em mais nada!

Não acredito em censura, não acredito na imprensa
Não acredito em gente burra, não acredito em quem pensa
Não acredito em cheques, não acredito em cartões
Não acredito em 12 suaves prestações

Não acredito no banco que me oferece dinheiro
Nem que desodorante age o dia inteiro
Não acredito em anúncio, não acredito em TV
Não acredito em mim, vou acreditar em você?

Foi tanta exposição a essa conversa fiada
Que eu já perdi a noção, não acredito em mais nada

Só vejo corrupção, só vejo gente enrolada,
É tanta maquinação, tanta mentira contada
É tanta informação chegando manipulada
É tanta enrolação, tanta conversa fiada

Que eu não acredito em governo e nem em oposição,
Não acredito em polícia, não acredito em ladrão
Não acredito em ação, e menos em intenção
Não acredito em artista, não acredito em canção

Eu não acredito!

domingo, 10 de outubro de 2010

Musicalmente

Deixo tudo assim, não me acanho em ver vaidade em mim. Eu digo o que condiz. Eu gosto é do estrago.