terça-feira, 19 de outubro de 2010

02:38

Insônia.
Amargo da madrugada.
Nem calor, nem frio.
Nada. Isso o que eu sinto.
Escuto a chuva caindo lá fora, as gotas batendo na janela... som chato.
Pior que isso é minha barriga roncando.
E eu me reviro pra não sair da cama, vontade não tenho mesmo.
Preguiça.
Preguiça de pensar em algo... Ah pra quê? Vai mudar algo?
As pessoas botam mais fé em mim do que eu mesmo.
Eu sou uma farça.
Prefiro ficar aqui. Não vou ficar lamentando.
Vou descrever o vazio da noite, o vazio no peito, a solidão amiga que preenche o leito ao meu lado.
Por que de repente tudo perde sentido? Vontade de ficar aqui pra sempre até o fim.
Mas por quê?
Eu não entendo esse sentimento.
Tenho mais medo da velhice do que da morte. Morte é rápida, nos leva e tudo acabou. A velhice persiste. O pensamento de solidão se intensifica, a sensação... As horas... O tempo para, o pouco que lhe resta lhe esgota e o que sobre é aguardar a morte, que você nunca saberá quando virá, somente que a ânsia por ela é maior do que o medo.
O que a falta de um namorado e dinheiro mesclado com coisas demais na cabeça me fazem escrever... Maldito horário de verão!