segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Ansiedade

As horas passam, o coração aperta.
Vontade de correr daqui
e só voltar na hora certa

Por onde ando isso me atormenta
Feito pedra no sapato
A cada passo a dor aumenta

Minha mente voa em todas as direções
em busca de respostas pra minhas confusões
Mesmo já tendo tomado tantas decisões
O tempo não ameniza minhas emoções

E como controlar tanta saudade
Que sei que sentirei dessa cidade?
Mesmo sem responder essa frase,
não consigo conter essa maldita ansiedade!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Navegar é preciso

Me peguei pensando nessa frase e conclui que mais uma etapa da minha vida chegou ao fim. Vou sentir saudades infinitas dessas ruas, no Douro, do verão portuense, das pessoas daqui, das pessoas de lá que moram aqui, dos Aliados, da Ponte Don Luis, do café, dos autocarros, do metro, da francesinha, alheira, vinhos, sangria, somersby, da vodka preta, do continente, pingo doce e mini preço; licor beirão, pastel de nata, da Foz, da Praia de Matosinhos, do sotaque português (principalmente o tripeiro), do São João do Porto, da rua Santa Catarina, da baixa, da ribeira, jantares, da vida daqui... É tanta coisa que quanto mais eu penso, mais saudade dá! Nem fui e já sei a saudade que sinto, e o vazio que fica no peito.
O choro chega enquanto escrevo, e reflito as palavras do Fernando Pessoa.
O Porto é um daqueles lugares onde você chega e se apaixona a primeira vista, e o amor fica pra vida toda. A luz da cidade reflete na alma de cada pessoa que por aqui passa... É incrível como a gente percebe a magia que esse lugar tem! É um lugar pra se chamar de casa, onde a rotina é passar por lugares maravilhosos e ser grato apenas por estar aqui. Mas, infelizmente, chegou a hora de partir. 
A idéia era escrever um texto bonito, como o que postei quando completei um ano de Portugal, mas não consigo.
Não quero escrever as considerações finais colocando um ponto final, pois ainda quero voltar e escrever mais histórias sobre o Porto na minha vida... Nesses dois anos, aprendi que colhemos os frutos do que plantamos, mas há coisas que não dependem da gente. Podemos fazer o que pudermos, mas o futuro continua sendo um mistério e tudo pode correr do jeito que esperamos ou não. 
Então me pego ansiando buscar outros ares, talvez me arrisque pra outras "bandas", talvez recue para tentar um salto mais alto... talvez não.
Mas com o fim, um novo começo; e agora a frase passou a fazer sentido na minha vida, pois como diria o poeta: navegar é preciso, viver não é preciso.

Obrigado a todos que viveram comigo esses ultimos (quase) 2 anos em terras lusitanas. Até logo!

Torre dos Clérigos