sábado, 25 de setembro de 2010

Kosmos

Talvez a coisa mais triste, é a solidão da noite.
Incrível que mesmo estando cercado de pessoas pelos corredores da faculdade, tudo é vazio. Até mesmo as pessoas são vazias... Seus rostos inexpressivos, seus olhos vagos e sem vida, seus sorrisos sem sinceridade, sem verdade, sem vida.
As noites de primavera, quase no verão, quase no fim do ano... As ruas molhadas.
Escuto os meus passos quando ando por elas. O ruído vaga pela minha mente despertando sentimentos que há tempos povoa minhas lembranças.
Ah, solidão. Solidão das noites... Solidão do fim de ano, das festas e do natal.
Logo menos essas ruas molhadas e vazias, estarão refletindo a iluminação dos enfeites de natal. Tanta beleza em vão...
Não sei se queria que fosse diferente. Isso me faz sentir vivo.
Quando estou naqueles meus breves momentos de alegria momentânea, eu me perco. Fico sem foco, sem direção... Meu caminho se distorce em ilusão.
Acho que eu gosto dessa solidão, convivo bem com a tristeza... e esse gostinho de “assim ta bom, obrigado”.
Nostalgia. Até o cheiro da estação é diferente.
A solidão no ar.
Ano após ano a mesma coisa.
Logo estarei de férias, minhas noites de faculdade serão substituídas por noites furtivas em meu próprio planeta, fico afastado da loucura alheia.
Preso nas minhas próprias fantasias.
Não sei mais o que estou escrevendo.
Acho melhor parar por aqui.

Feliz natal!