terça-feira, 11 de maio de 2010

Uma pitada de psicologia...

por Orlando Olivas


Estresse no Trabalho




Como combater esse mal que afeta nosso dia a dia

Hoje em dia, com todos os avanços tecnológicos, as pessoas têm na obrigação de se adaptar às novas tecnologias, o que aumenta a tensão do dia-a-dia no trabalho.
Além disso, o mercado está cada vez mais restrito e o número de vagas disponíveis não é compatível com o grande número de trabalhadores que precisam delas. Isso sem falar no tempo e energia gastos em oito, dez ou mais horas de trabalho, dependendo do emprego. Essa nova realidade no nosso cotidiano pode ser, e geralmente é, estressante.

Países com o maior nível de exaustão física e emocional
1 – Japão
2 – Brasil
3 – China
4 – Estados Unidos
5 – Alemanha


Segundo uma pesquisa recente realizada pelo International Stress Management Association (ISMA), o Brasil lidera (em nível mundial) o ranking de horas trabalhadas por semana. São 54 horas contra 41, a média mundial. Além disso, o Brasil fica em segundo lugar no quesito de países com o maior nível de exaustão mental e física.
Esses dados comprovam que, com o passar do tempo, as pessoas estão mais vulneráveis às tensões e as condições de trabalho do país podem gerar um quadro de esgotamento físico e mental conhecido como “estresse”.
O estresse na verdade, não é bom, nem ruim. É um período de agitação desencadeado por fatores que influenciam o humor, sejam eles internos ou externos. Exemplos disso são: ansiedade antes do casamento, reação por ser assaltado, um susto, reação ao saber de uma notícia boa ou ruim, etc. O que acontece é que normalmente as pessoas tendem a voltar para o equilíbrio, ou seja, após esse momento de agitação, retornam ao normal. Entretanto algumas pessoas não conseguem voltar ao estado normal e desenvolvem doenças após esses momentos de estresse, como síndrome do pânico, distúrbios do sono, entre muitas outras.
No trabalho, a doença provocada após o estresse é chamada de Sindrome de Burnout. O termo é uma junção de burn (queimar) com out (exterior). A pessoa com esse tipo de estresse apresenta sintomas como: comportamento agressivo, irritação, avaliação negativa de si mesmo, exaustão emocional, insensibilidade com relação a quase tudo e todos.
“A vida psíquica é, também, um patamar de integração do funcionamento dos diferentes órgãos. Sua desestruturação repercute sobre a saúde física e sobre a saúde mental” Chistophe Dejours
A doença não afeta somente o dia a dia no trabalho, ela acaba afetando também o relacionamento com os familiares, em casa. Além disso, ele cria uma aversão ao ambiente de trabalho, o que torna o cotidiano um verdadeiro inferno. Em casos extremos, o estresse pode ocasionar depressão.


A organização é o remédio!
Prazos, chefes exigentes, burocracias, relatórios, metas, críticas, perseguições, incertezas, falta de reconhecimento, competição, fazem parte da vida profissional de muitas pessoas, mas a principal forma de evitar que tudo isso afete seu corpo e mente, seria uma mudança interna. Este é o princípio que a auxiliar de expediente administrativo da UBC, Débora Carvalho, aplica em seu cotidiano. Segundo ela, a organização do trabalho, dando prioridade às tarefas a serem executadas, é essencial. “Acho difícil eu perder o controle, tenho que estar muito irritada”, afirma a funcionária que, procura manter a mente desocupada no período que passa fora do ambiente de trabalho. “Eu procuro me desligar das coisas que me tirariam do sério”, completa.
Já existem diversas formas de combater esse mal, entre elas, ioga, acupuntura e dedicar um tempo aos seus hobbies. “Gosto de jogos no computador, mas não tenho uma rotina definida. Só para distrair”, acrescenta Débora.