quinta-feira, 13 de maio de 2010

Centenas de pessoas tiram as calças em estação de metrô em São Paulo

Por Orlando Olivas

Realizado em São Paulo, o flash mob denominado “NO PANTS” atraiu cerca de 500 participantes.

Para os desentendidos, o “No Pants” é uma mobilização onde os participantes ficam sem calças no metrô e “passeiam” como se fosse algo normal. Tudo faz parte de um movimento descolado que busca a liberdade, o conforto e claro, a diversão.
O evento que acontece todos os anos, já foi praticado em Nova York, Chicago, San Francisco, Toronto, Boston, Lisboa e várias cidades do mundo todo.
A idéia do evento surgiu do fotógrafo americano Chad Nicholson, que segundo ele, prega a liberdade de expressão.
Nicholson é o criador do Improv Everywhere, "improvisar em toda parte", que é um grupo que promove, em todo o mundo, formas inusitadas de espalhar "caos e alegria". "Nós queríamos fazer alguma coisa no metrô porque ele é único para Nova York e todo mundo o usa", disse Nicholson. E foi assim que as pessoas foram parar lá sem calças.
Em São Paulo, os participantes se encontraram no dia 13 de Maio, na saída do metrô “Paraíso” e começaram a brincadeira.
“Foi uma completa zoeira!”, afirma o fotógrafo Henrique Lanute (18), que reside em Ferraz de Vasconcelos. “Como qualquer outro evento de reivindicação, mais da metade vai pra zoar, encher a cara e causar na rua”, completa.
Os participantes entraram na estação e embarcaram no metrô. Então, abaixaram suas calças e seguiram até a estação “Vila Madalena”, onde aguardaram os demais participantes, já que vários vagões chegaram lotados. Logo após uma segunda concentração, embarcaram novamente sentido a estação “Consolação”, em seguida saíram da estação e o evento findou-se no cruzamento da Av. Paulista com a Rua Augusta. Logo após, vestiram suas calças e foram embora.
Foram cerca de 500 pessoas, como no ano anterior. Entre eles, profissionais, estudantes e pessoas de todas as idades e estilos bastaram para atrair a atenção dos usuários do metrô e fazer do movimento uma verdadeira festa.
João Vitor Forni (18), organizador da manifestação, também gostou do evento. “Deu pra curtir bastante, tinha muita gente e deu pra fazer o flash-mob valer mais a pena”, conta.
A divulgação foi atribuída às redes sociais como orkut, twitter, facebook e um site do próprio evento que continha informações do movimento, ministrados por organizadores, visando assim ter o controle da manifestação.
“O difícil é todo o pessoal acatar certas regras, como fazer o “auê”, mas fora isso foi tudo bem”, admite João Vitor. Segundo o Metrô, o evento não prejudicou o serviço, mas agentes de segurança acompanharam os manifestantes por precaução.
Quando questionado sobre a aprovação do evento, o manifestante Henrique Lanute conclui: “Ano que vem estarei lá!”.