sexta-feira, 19 de junho de 2009

Sobre o amor...

O que a gente chama de amor é apenas o álibi consolador de um perverso com uma puta, é somente o véu rosado que cobre o rosto assustador da Solidão invencível.Vesti uma carapaça de cinismo, meu coração é castrado.Amor, isto é tudo que a gente encontrou para alienar a depressão pós-cópula, para justificar a fornicação, para consolidar o orgasmo.Ele é a quintessência do Belo, do Bem, do Verdadeiro, que remodela a sua cara escrota, que sublima existência mesquinha. Bom, eu, eu o rejeito.
Pratico e louvo o hedonismo mundano, ele me poupa. Ele me poupa das euforias grotescas do primeiro beijo, do primeiro telefonema, de escutar uma dúzia de vezes um simples recado, o mal estar de viver, o porquê de sair todas as noites, a primeira noite, seguida de outras mais, não ter mais nada o que dizer, foder para preencher os vazios, perder até a vontade de foder, se afastar, mas ficando mesmo assim junto,brigar, se reconciliar escondendo que no fundo tudo está morto,ir foder com outros, e depois mais nada.
Sofrer...