quinta-feira, 11 de junho de 2009

Desatenção...

Quem são essas pessoas que hoje sorriem pra você?
O que elas querem?
Absorver sua energia... te deixar para baixo.
Sempre fui o tipo de pessoa estranha que todos olhavam, hoje talvez por causa das minhas roupas, cabelo, estilo enfim... aparência...
Mas sempre, SEMPRE fui um cara estranho psicologicamente. Sempre me senti diferente de todo o resto. Mas por que?
Será que tem algo de errado comigo?
Provavelmente. Nunca gostei de ser “sociável” com familiares, sempre fui visto como a “ovelhinha negra” da família, aquele chato que em todo natal fazia cara de cú pra’quele bando de pessoas que pra mim não faziam a diferença.
Meus pais nunca me compreenderam. FATO
Nunca tive amigos. Ta, nem tanto... mas pelo que eu me lembro, sempre fui aquele garoto solitário do fundo da sala, que não aceita críticas e é mais feliz sozinho do que com aqueles que sentam junto na sala de aula.
Se não me engano, na sexta série conheci uma pessoa que me fez “abrir” os olhos. E essa amiga me ajudou sem saber o que se passava comigo... e sabe quando é real? Ela não tinha o porquê de ir falar justamente com o garoto estranho que se escondia no fundo da sala.
Neste dia percebi como eu disfarço bem... mas na verdade, acho que mostro eu mesmo. Um eu feliz projetado pra satisfazer a expectativa alheia.
Depois disso, vieram os “amores...”
Ah, os amores, eram pessoas aleatórias que cruzavam meu caminho e me faziam querê-las... e eu as fazia gostar de mim e então eu deixava de gostar. Até hoje é assim... É a mania!
Eu não sou uma pessoa ruim, não me sinto como se fosse, e me sinto mal por ser assim. Não conseguir a me apegar a ninguém... e por mais que a pessoa seja perfeita pra mim, uma hora eu canso e faço merda, ou forjo uma briga, ou traio. (não mais, mas já fiz muito...)
E minha índole? Valores? Eu sou contra essa atitude hedonista mundana estabelecida para os padrões masculinos do século XXI, mas eu estou dentro dele involuntariamente.
Estou condenado a viver uma vida sedenta de atenção, onde me moldo aos outros pra consegui-la. Quando manipulo mentes e forjo situações para aumentar a bosta do meu ego.
Não consigo me focar em algo concreto, tudo o que começo fazer não termino. O que está acontecendo?
Nem mesmo este texto, eu consigo escrever na ordem cronológica que os pensamentos me surgem na mente. Penso algo, e de repente, BUM, ela some...e vem milhares de novas coisas.
Vida injusta... por que eu?
Sempre quis ser como eles, mas não sinto que tenho que mudar por eles. Já basta ter que fazer cara de idiota feliz todas as manhãs como se estivesse satisfeito de mais um dia entre “eles”.
Não quero procurar ajuda psicológica novamente!
Não quero mais me sentir doente só por não ser como eles... eu quero ser eu. Apenas eu. E Fim.
Quem sou eu? O que eu faço? Estou perdido dentro de mim mesmo...