segunda-feira, 8 de março de 2010

Edição de um texto...

Oito mortes por afogamento em São Paulo, somente essa semana

Desde a última sexta-feira (5), ao menos oito pessoas morreram afogadas quando nadavam em represas, barragens e locais proibidos na grande São Paulo, segundo um levantamento feito pela Agência Record junto aos bombeiros.

Na periferia da cidade a prática, apesar de perigosa, é muito comum especialmente nesta época do ano por causa do forte calor. Segundo o tenente Marcos Palumbo, do Corpo de Bombeiros de São Paulo. “ Essas represas de areia têm uma grande declividade. Em um passo, o garoto pode estar submerso de uma hora para outra.”, afirma.
O tenente Palumbo alerta também para o perigo de tentar salvar uma pessoa que está se afogando. Segundo ele, é comum que, ao tentar ajudar um colega, outro acabe submergindo junto na água.

Em dias de muito calor, é comum que as pessoas se refresquem também em represas como as da Cantareira, Billings e Guarapiranga. Esses locais têm equipes do Corpo de Bombeiros para garantir a segurança dos banhistas, mas ainda assim, todo o cuidado na água é pouco.

Segundo Palumbo, a maior parte dos afogamentos nas represas acontece porque as pessoas estão alcoolizadas. “Álcool e represa não se misturam. Nós temos equipes de plantão, mas não dá para fazer a cobertura da represa inteira e existem áreas onde é proibido nadar.”

Chuva é oportunidade para vendedores ambulantes
As chuvas que atingem o Estado de São Paulo já provocaram 74 mortes, causaram transtorno em 156 cidades e trouxeram diversos prejuízos materiais. Só em janeiro choveu 480,5 mm, um milímetro do recorde histórico para o mês.

Entre os “efeitos colaterais” de tanta chuva, estão a garantia de cheia de reservatórios que devem garantir água por até dois anos na região metropolitana e o aquecimento do mercado de importação, distribuição e venda de guarda-chuvas, sombrinhas e capas protetoras.

Em alguns comércios, a venda desses produtos, a maioria importada da China, mais do que dobrou e reflete até no lucro dos vendedores ambulantes.
Numa das maiores importadoras do produto em São Paulo, a Issam, localizada na região do Brás (centro), a venda mais do que dobrou em janeiro deste ano no comparativo com 2009. Nas duas lojas da empresa, foram vendidos 700 itens em janeiro de 2009. No último janeiro de 2010, foram 1.600 peças.
Há dez anos, Anísio Alexandre Filho, de 54 anos, tem um quiosque que leva o premonitório nome de "Vai chover", em frente à estação de trem Comandante Sampaio, em Osasco. Ele relata que chegou a perder mercadorias por causa dos alagamentos na região, mas o prejuízo foi compensado pelo aumento nas vendas.

“ Se perdi, foi uns 10% da venda da semana. Agora tem dia que, se a chuva dura de três a quatro horas, eu vendo cerca de cem capinhas e mais cem guarda-chuvas.”, relata.
Medo de seca Anísio tampouco diz ter: - Ah, sempre chove. Olha o nome da minha barraquinha!


Por Orlando Olivas