quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

CID 10 - F60.31

Uma coisa que sempre me intriga é a perguntar quem sou eu...
Quem sou eu?
O que eu visto? O que aparento ser? Minha formação acadêmica? Meu sobrenome e toda educação herediária? Minha carga genética? Carne e espírito? O que eu gosto? O que eu como?
Na verdade não sei.
Sou um paralelo entre todas as definições.
Não sei quem sou, de onde sou.
Não sei quando eu nasci, só sei que chovia naquela estação e fazia frio. Sei que cresci dali tendo olhares à minha direção, e língua, bocas... ordens e culpa.
Sei que fui privado psicologicamente de desenvolver pensamentos que queria, como toda criança. Mas nunca me senti incluso em algum grupo.
Já na adolescência, passei a fingir que tava tudo bem. A fazer cara de idiota pra qualquer assunto, a concordar com a grande massa a ser o que eles queriam, mais um produto da massa.
Depois veio a contra-reforma pessoal. Eu acabei me adaptando à ideologias que iam contra o senso comum. Gostando de coisas mórbidas, me vestindo de preto, me escondendo atraz de roupas e adereços, e poemas do tipo... onde a morte era vista como uma passagem... venerada.
A morte hoje em dia, acredito que é um portal. Pra onde eu não sei... porque são poucos os que seguem até o fim, e morrem porque já chegou a hora.
A vida nos impõe cada coisa louca, você pode sofrer um acidente, morrer de câncer, alguma doença rápida, um ataque cardíaco que seja, e não morrer de velhice.
Mas existem os covardes, pessoas que como eu as vezes tem aquele pensamento, aquela vontade de deixar de enfrentar tudo isso, toda essa pressão... e encurtar a vida por medo e por não suportar mais a existência em vão. A única chance de fazer algo por si próprio...
Culpa que eu sempre senti e continuarei sentindo até o fim da minha existência.
Neste momento estou sentado sobre o colchão do meu irmão na cidade de Cruzeiro/SP ouvindo “Canto dos Malditos na Terra do Nunca” e meu humor não é lá dos melhores.
Fico pensando tanta coisa, que não consigo concluir nenhum pensamento e como sempre posto vagamente sobre idiotices que ninguém vai ler ou se ler, vai guarda pra si. Ou então vai comentar, melhoras pra você...
Não quero ler melhoras, nem nada... ai sei lá o que eu quero.
AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH...
Odeio pensar também que tenho uma doença e fui clinicado por um psicólogo por um termo técnico que me define como pessoa, mas é horrível a sensação da melhor definição sobre sua pessoa estar no Wikipédia...
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_de_personalidade_lim%C3%ADtrofe

Cansei disso, dessa insignificância de ser apenas mais um e não ser normal.
Conversando com amigos em uma roda, pelo menos sei que louco não sou. Não acho que os outros estão errados, eu sei que o problema é comigo, e eu só queria deixar de sentir isso....
Minha mãe entrou no quarto e brincou comigo sobre alguma coisa, e eu já me estressei com ela... acredito que ela seja a pessoa que mais faz tudo por mim e eu não retribuo a altura, não por não querer, mas por não conseguir.
Não consigo nem pensar em mim mesmo, como alguém digno de confiança e atenção quanto mais os outros... não quero perder meus amigos, quero tê-los pra sempre comigo... Mas pra isso eu preciso cuidar de mim.. ai, cansei de escrever .fim
[quando eu ficar melhorzinho, meus textos melhorar de qualidade... ou não!]